Segundo uma pesquisa produzida pela Consumoteca, mais da metade dos brasileiros concordam que os pets recebam o status de “filhos”. O dado é acompanhado pelo aumento da presença dos animais de estimação nos lares: conforme o Censo Pet, em 2021, o Brasil superou a marca de 149 milhões. Esse cenário faz com que equilibrar a vida dos tutores à dos bichinhos seja uma prioridade, especialmente quando se trata da chegada de bebês.
A preparação e dedicação com esse período são fundamentais para tornar o momento ainda mais especial, tanto para a família quanto para o pet. De acordo com Cléber Santos, especialista em cuidado animal, a atenção deve ser redobrada quando os bichinhos que entrarão em contato com o recém-nascido possuírem distúrbios comportamentais, como agressividade ou agitação demasiada.
Mesmo sem intenção, os pets podem machucar os bebês, o que deve ser considerado na transição (Foto: Reprodução/ Blog Leiturinha)
“Geralmente os pets começam a ficar reprimidos por não poderem mais ter os mesmos comportamentos que tinham antes. A conversa e o contato do animal com a barriga da gestante formam um vínculo incrível, mas é preciso também um treino específico para que ele consiga conviver de forma diferente em seu ambiente e com a família neste novo momento. Ele não pode ser expectador, é preciso prepará-lo também”, destacou o profissional, em entrevista ao portal BNews.
A aproximação do animal com a nova realidade deve acontecer principalmente no período pré-natal, simulando situações que podem ocorrer com a inserção do bebê na família. O ideal é acostumar o pet e aprender a controlar seu comportamento simultaneamente, seja na aceitação de visitas, nas brincadeiras no lar ou na necessidade de fazer silêncio em certos momentos.
Pets podem ter ansiedade e stress caso sejam deixados de lado com a chegada do recém-nascido (Foto: Reprodução/Superinteressante)
Além de treinar o bichinho para circunstâncias específicas, como passeios com o bebê e períodos de amamentação, o tutor também deve investir no autocontrole emocional. Isso porque, segundo Santos, “se os pais estão nervosos e inseguros, isso será transmitido diretamente ao pet, que pode reagir da mesma forma”.
Com a efetiva chegada do recém-nascido, é igualmente necessário não esquecer das necessidades dos animais de estimação. Dessa forma, gastar sua energia e oferecer carinho são cuidados com os pets que precisam aparecer na rotina familiar.
Foto destaque: Bebê e cachorro interagindo entre si. Reprodução/Revista Galileu