O 'Instituto Pet Brasil' (IPB) divulgou sua pesquisa 'Censo Pet' referente ao ano de 2021, que busca analisar a fundo o mercado e os números relacionados a criação de animais de estimação no Brasil, e apontou um crescimento significativo na indústria durante o ano.
Segundo o Censo Pet, o mercado registrou uma receita de R$51,7 bilhões ao longo de 2021, o que representa um aumento de 27% em relação ao mesmo período em 2020. O aumento é significativo e superou a expectativa do Instituto, que tinha uma estimativa de um crescimento de 22%.
Além disso, o IPB aponta que o Brasil superou a marca de 149 milhões de animais de estimação, registrando um aumento de mais de 5 milhões em relação a 2020 e de aproximadamente 10 milhões em comparação com 2018. Indo a fundo nos números, o IPB observa que cães continuam liderando o ranking, representando 58,1 milhões, seguidos pelas aves canoras, contabilizando 41 milhões.
Números do Censo Pet 2021 em comparação com anos anteriores. (Foto: Reprodução/Instituto Pet Brasil)
Número de gatos como pets apresenta maior crescimento de 2021
A pesquisa aponta que gatos registraram um aumento maior que cães pelo segundo ano consecutivo, com um aumento de 6% em relação a 2020. "Um dos principais motivos é que o gato é um animal que não demanda tanta atenção como os cães", aponta o presidente do Conselho Consultivo da IPB, Nelo Marraccini. O fator financeiro também é decisivo para o crescimento.
A estimativa do Censo Pet sobre o custo mensal da criação de animais de estimação em 2021 aponta que cães continuam sendo mais caros, observando uma média de gastos mensais por volta de R$299,60 para cães de porte pequeno (até 10kg), R$327,00 para cães de médio porte (11kg a 25kg) e R$ 533,60 para cães de grande porte (acima de 25kg). Em comparação, o custo mensal de gatos é estimado em cerca de R$197,00.
Por que o número de pets cresceu tanto?
A tendência é observada ao redor do mundo desde o início da pandemia, tendo a quarentena como principal fator. No Brasil, a busca por adoção de animais durante junho de 2020 registrou um aumento de 73% em relação ao mesmo período em 2019.
Esse crescimento foi registrado ao longo da pandemia de maneira significativa, chegando a registrar em um ano um crescimento próximo ao registrado de 2013 a 2018, com um aumento de 5 milhões de pets de 2020 para 2021 e 6,9 milhões entre os anos de 2013 e 2018.
Expectativa para 2022
Se o crescimento registrado em 2021 já foi surpreendente, a projeção do IPB para o ano de 2022 demonstra ainda mais otimismo, com a estimativa de um crescimento de 14%, podendo chegar a uma receita de R$58,9 bilhões. Segundo o IPB, é esperado que a expansão do mercado pet e dos números de adoção de animais no Brasil torne-se a tendência para os próximos anos.
Foto destaque: Animal de estimação. Reprodução/PIXNIO
