Acidente no Pantanal mata Kongjian Yu, criador das ‘cidades-esponja’

O arquiteto, paisagista e urbanista chinês Kongjian Yu, de 62 anos, morreu na noite desta terça-feira (23) em um acidente aéreo no Pantanal, região de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. Reconhecido internacionalmente por sua contribuição pioneira ao urbanismo sustentável, ele foi o criador do conceito de cidades-esponja, modelo que transformou a forma como áreas urbanas enfrentam enchentes e crises hídricas.

Yu deixou um legado marcado pela defesa da infraestrutura verde e pela integração da natureza às cidades, tendo influenciado políticas públicas em dezenas de países.

Pioneiro em soluções baseadas na natureza

Considerado um dos nomes mais influentes da arquitetura paisagística contemporânea, Kongjian Yu foi responsável por desenvolver o conceito das “cidades-esponja”, adotado como política nacional na China desde 2013. A proposta busca transformar áreas urbanas em espaços capazes de absorver grandes volumes de água, utilizando infraestrutura verde, lagos, parques e pavimentos permeáveis para reduzir enchentes e a dependência de sistemas tradicionais de drenagem.


“Cidade-esponja” por Kongjian Yu (Foto: Reprodução/Instagram @kongjianyu_turenscape)


Professor da Universidade de Pequim e diretor do escritório Turenscape, um dos maiores do mundo, Yu atuava também como consultor do governo chinês. Seus projetos, premiados internacionalmente, foram implementados em mais de 70 cidades, mostrando a eficácia de soluções que trabalham junto à natureza para lidar com desafios ambientais cada vez mais frequentes.

Carreira internacional e legado acadêmico

Conhecido por propor soluções inovadoras em planejamento urbano, Kongjian Yu desenvolveu o conceito das “cidades-esponja”, política nacional na China desde 2013. A ideia consiste em criar áreas alagáveis, como lagos e parques, e adotar pavimentos permeáveis, reduzindo a dependência dos sistemas tradicionais de drenagem.

A abordagem, adotada em mais de 70 cidades chinesas, tornou-se referência global para lidar com enchentes em regiões densamente povoadas. Yu defendia que a arquitetura deveria aprender com a natureza e devolver a água ao meio ambiente de forma segura e sustentável, em vez de expulsá-la com rapidez das áreas urbanas.

O acidente no Pantanal

Segundo a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, a aeronave em que Yu estava caiu na noite de terça-feira (23) na região da fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, a cerca de 140 km de Campo Grande. Após a queda, o avião teria pegado fogo. As causas ainda estão sendo investigadas.

Além de Yu, morreram no acidente o piloto Marcelo Pereira de Barros, o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr.

Ajustes de Leonardo Jardim garantem virada do Cruzeiro sobre o RB Bragantino

Mais uma vez, Leonardo Jardim foi determinante para o Cruzeiro somar três pontos no Campeonato Brasileiro. Com mudanças táticas decisivas, o treinador ajudou a Raposa a vencer o RB Bragantino por 2 a 1 neste domingo (21), no Mineirão, pela 24ª rodada. O resultado deixou o time mineiro com 50 pontos, em segundo lugar na tabela, a apenas um ponto do líder Flamengo, que empatou com o Vasco. Já o Massa Bruta permaneceu com 31 pontos, em nono lugar.

Mudanças no posicionamento mudaram o rumo do jogo

O Cruzeiro começou a partida com dificuldades diante da forte marcação do Bragantino. Apesar de ter maior posse de bola, a equipe mineira pouco criou e sofreu o primeiro gol aos 25 minutos, quando Jhon Jhon acertou um chute preciso de fora da área. No entanto, Leonardo Jardim fez ajustes que mudaram a dinâmica: deslocou Christian para a esquerda e Wanderson para a direita, o que trouxe equilíbrio ao time.

A alteração surtiu efeito ainda no fim da primeira etapa. Aos 45+1 minutos, Lucas Silva avançou pela intermediária e acertou um belo chute, empatando a partida. A postura ofensiva continuou após o intervalo, e a Raposa passou a pressionar o adversário com intensidade.


Lucas Silva e Kaiki durante o jogo contra o RB Bragantino (Foto: Reprodução/Instagram @ggaleixo)

Substituições ofensivas consolidaram a vitória

Na segunda etapa, Jardim lançou Matheus Henrique e Gabigol nos lugares de Romero e Wanderson. A entrada de Gabigol pelo lado direito foi pouco usual na temporada, mas permitiu que o camisa 9 dividisse espaço com Kaio Jorge e Matheus Pereira, fortalecendo o ataque celeste. O treinador comemorou a possibilidade de escalar os três juntos, destacando como isso aumentou o poder de criação e finalização da equipe.

Com as alterações, o Cruzeiro ganhou volume ofensivo e chegou ao gol da virada, consolidando a vitória que coloca o time definitivamente na briga pelo título brasileiro.

Lula reage à PEC da Blindagem e diz que Congresso ignora prioridades do povo

A aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados gerou reação imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante evento nesta quinta-feira (18), em que anunciou investimentos do Novo PAC Seleções para obras de drenagem e contenção de encostas, Lula classificou a medida como “não séria” e afirmou que o Congresso deveria concentrar esforços em melhorar a vida da população. A proposta, apresentada em 2021, foi aprovada em dois turnos nesta semana e ainda precisa ser analisada pelo Senado.

PEC amplia imunidade e prevê voto secreto em casos de prisão

Conhecida como PEC da Blindagem, a Proposta de Emenda à Constituição nº 3/2021 retoma a chamada “licença prévia”, dispositivo que dá à Câmara e ao Senado o poder de barrar a abertura de processos criminais contra seus integrantes. O texto também amplia o foro privilegiado para presidentes de partidos com representação no Congresso, além de prever que pedidos de prisão contra parlamentares sejam analisados em votação secreta.

Aprovada na última terça-feira (16) por 344 votos a favor e 133 contrários, a medida foi defendida por setores do Centrão e por grupos bolsonaristas. Deputados de diferentes legendas, tanto da base governista quanto da oposição, apoiaram o voto secreto. Se confirmada no Senado, a mudança limitará a atuação do Supremo Tribunal Federal em processos contra parlamentares, tornando indispensável o aval do Legislativo para que ações criminais avancem.


Lula critica aprovação da PEC da Blindagem. (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Lula cobra prioridades e critica privilégio a políticos

Para Lula, a PEC não atende ao que a população mais necessita. “O que precisa ser sério é garantir prerrogativa de vida para o povo brasileiro, prerrogativa de trabalho, de educação. É isso que estamos precisando dar uma lição nesse país”, declarou. O presidente destacou ainda que ficou “muito chateado” com a aprovação e voltou a criticar a imunidade concedida até a presidentes de partido.

Senado será palco da próxima disputa

O texto agora segue para análise dos senadores, onde deve enfrentar resistência de parte da Casa, mas também conta com defensores da proposta, sobretudo parlamentares ligados ao Centrão. A votação no Senado será decisiva para determinar se a PEC da Blindagem vai de fato se tornar realidade, num momento em que cresce a pressão social por mais transparência no Legislativo.

Carlos Bolsonaro detalha sintomas de Jair Bolsonaro e menciona possível câncer

A saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a preocupar após sua internação em Brasília no último domingo (14). Ele passou por um procedimento para a retirada de oito lesões na pele e foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro, além de ter tido pneumonia recentemente.

Além disso, ele enfrenta vômitos frequentes, crises de soluço e dificuldade para se alimentar, sintomas que levantam suspeitas sobre possíveis complicações mais graves, incluindo câncer e uma nova hérnia abdominal.

Carlos expõe preocupações em live

Durante uma transmissão nas redes sociais, Carlos Bolsonaro (PL-RJ) relatou que o pai vem apresentando sintomas preocupantes. Segundo o vereador, Jair Bolsonaro sofre com vômitos constantes e crises de soluço, até mesmo durante o sono. “Tiraram sete pedaços profundos de pele nele para averiguar a possibilidade de um câncer. É uma situação agoniante”, afirmou o vereador.

No último domingo (14), Bolsonaro foi submetido à remoção de oito lesões na pele, que foram encaminhadas para biópsia. A operação, considerada complexa pela equipe médica, reforçou a necessidade de exames adicionais. A hipótese de câncer ainda não foi descartada. Os resultados preliminares devem sair nos próximos dias.


Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)

Anemia e novas complicações

Além das lesões, o ex-presidente foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro e pneumonia recente. Carlos Bolsonaro também mencionou a suspeita de uma nova hérnia abdominal, ainda em estágio inicial, que pode exigir tratamento específico caso seja confirmada.

De acordo com relatos da família, Bolsonaro tem enfrentado dificuldades crescentes para se alimentar, o que agrava o quadro clínico. A perda de apetite, somada aos episódios de vômito e à baixa de ferro, preocupa médicos e aliados políticos.

Impacto político em debate

Caso os exames confirmem um problema mais grave, a condição de saúde pode repercutir no cenário político. Aliados avaliam que uma eventual limitação física de Bolsonaro abriria espaço para disputas de liderança entre herdeiros e apoiadores, em um momento estratégico para a oposição, que busca se reorganizar com foco nas eleições de 2026.

Segundo a equipe médica, Bolsonaro deve permanecer internado pelo menos até quarta-feira (17), quando novos exames indicarão o andamento do tratamento e confirmarão ou descartarão as suspeitas levantadas.

Ceará arranca empate com o Vasco e Léo Condé valoriza ponto fora de casa

Jogando em São Januário, o Ceará empatou por 2 a 2 com o Vasco pela 23ª rodada da Série A. Após o duelo, o técnico Léo Condé destacou a importância do resultado, elogiou o empenho do elenco e projetou o próximo confronto diante do Bahia.

Resultado valorizado pelo treinador

O Ceará conquistou um empate por 2 a 2 diante do Vasco, no último domingo (14), fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. Para o técnico Léo Condé, o ponto somado em São Januário deve ser visto de forma positiva, especialmente pela dificuldade do adversário e pelo equilíbrio da competição.

Equilíbrio no Brasileirão

Na avaliação do comandante, os jogos da Série A exigem máxima concentração. “O Campeonato Brasileiro é muito equilibrado e todos os confrontos são de alto nível. Sempre buscamos a vitória, mas diante das circunstâncias, levar um ponto fora é importante”, afirmou Condé após a partida.


Léo Conde técnico do Ceara (Foto: reprodução/Marlon Costa)

Com o empate, o Ceará já volta as atenções para o próximo compromisso. No sábado (20), às 18h30 (de Brasília), o time recebe o Bahia em duelo válido pela 24ª rodada. Para Condé, será mais uma oportunidade de mostrar evolução. “É um adversário qualificado, muito bem treinado, mas temos condições de fazer um jogo forte e buscar o resultado em casa”, projetou.

Expulsão pesa no confronto

Um dos lances marcantes da partida foi a expulsão do meia Rodriguinho, aos 28 minutos do segundo tempo. O jogador, que havia entrado na etapa final, recebeu cartão vermelho após dividir bola com o volante Barros, do Vasco. Condé considerou a decisão da arbitragem correta, mas fez questão de defender o atleta: “Rodriguinho é muito dedicado nos treinos e segue sendo importante para o grupo”, comentou.

A expulsão teve impacto direto no jogo, já que o Vasco aproveitou a superioridade numérica para retomar a vantagem logo em seguida. Este foi o primeiro cartão vermelho recebido pelo Ceará na atual edição do Campeonato Brasileiro.

Júlio Fidelis dá resposta positiva em derrota e reforça futuro no Fluminense

Mesmo com o revés por 1 a 0 para o Corinthians, no Maracanã, o lateral-direito Júlio Fidelis, de apenas 18 anos, se destacou com maturidade e segurança, mostrando que pode se tornar uma peça fundamental no elenco tricolor nos próximos anos.

Promessa que começa a se consolidar

Aos 18 anos, Júlio Fidelis vem ganhando espaço no time principal do Fluminense. Titular pela segunda vez, o lateral-direito aproveitou bem a oportunidade em um clássico contra o Corinthians, válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Embora o Tricolor tenha saído de campo derrotado por 1 a 0, a atuação do jovem foi um dos poucos pontos positivos da noite.

Maturidade em jogo grande

Encarar o Corinthians em um Maracanã lotado poderia intimidar qualquer atleta em início de carreira, mas Fidelis mostrou personalidade. Defensivamente, foi firme nos duelos, mantendo o setor direito protegido. Sua postura transmitiu confiança e chamou a atenção pela solidez diante de atacantes experientes.


Julio Fidelis durante o jogo contra o Corinthians (Foto: Reprodução/Instagram/@juliofidelis06)

Duelos individuais bem-sucedidos

Os embates diretos com adversários rápidos foram um dos destaques do lateral. Fidelis conseguiu neutralizar investidas que poderiam gerar perigo e mostrou boa leitura de jogo, antecipando jogadas e dificultando a criação ofensiva do rival.

Além da parte defensiva, Júlio se destacou pela calma ao construir jogadas. Sem arriscar passes desnecessários, priorizou a objetividade e ajudou o Fluminense a manter a posse em momentos de pressão. Também foi participativo no ataque, buscando explorar os espaços deixados pela defesa corintiana.

Lance decisivo não mancha atuação

A falta que originou o gol do Corinthians poderia pesar contra o lateral, mas, analisada com cuidado, foi uma escolha para evitar um lance ainda mais perigoso. O episódio não diminuiu a consistência apresentada ao longo dos 90 minutos.

Apesar da derrota, Júlio Fidelis saiu valorizado. Em um período de ajustes e indefinições no elenco, o jovem se apresenta como alternativa real e promissora. Sua atuação mostra que o Fluminense pode contar não apenas com um talento em formação, mas com um jogador pronto para contribuir já no presente.

Defesa de Bolsonaro reage com indignação após condenação do STF a 27 anos de prisão

A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro (PL) provocou reação imediata de sua defesa, que manifestou “profunda indignação” com a sentença de 27 anos e 3 meses de prisão. Enquanto os advogados contestam a condução do processo e defendem que não houve tempo suficiente para analisar as provas, o caso reacende debates sobre limites da atuação judicial em processos envolvendo ex-presidentes e sobre a interpretação do que configura atentado contra o Estado Democrático de Direito.

Condenação e acusações

O ex-presidente foi condenado por diversos crimes graves, incluindo golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena atribuída a Bolsonaro é a mais alta entre os oito réus do processo, que investigou sua suposta participação na trama que culminou nos atos de 8 de janeiro.

Defesa manifesta discordância

Em nota oficial, os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno afirmaram que receberam a decisão “com respeito”, mas destacaram que discordam veementemente do resultado. Segundo eles, Bolsonaro “jamais participou de qualquer plano e muito menos dos atos ocorridos em 8 de janeiro”, reforçando a posição de que a condenação não condiz com os fatos.


Ex presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Alan Santos/PR)

Controvérsias processuais

A defesa também questionou o julgamento conduzido pela Primeira Turma do STF, alegando que o ex-presidente deveria ter sido avaliado em primeira instância ou pelo plenário do tribunal. Além disso, ressaltaram que a análise das provas foi prejudicada pela falta de tempo hábil, o que teria comprometido a atuação da defesa de forma definitiva.

Próximos passos da defesa

Após a publicação do acórdão, os advogados afirmaram que irão apresentar todos os recursos cabíveis, inclusive em instâncias internacionais. Enquanto isso, o caso mantém grande repercussão política e jurídica, com atenção voltada para os desdobramentos que podem influenciar o futuro de Bolsonaro e de outros réus no processo.

Bolsonaro pode cumprir pena em sala da PF

A eventual prisão de Jair Bolsonaro (PL) tem gerado movimentações discretas, mas estratégicas, nos bastidores do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal. Para se antecipar a qualquer decisão judicial, a corporação organizou um espaço exclusivo em Brasília, preparado para receber o ex-presidente com segurança e privacidade. A medida evidência o cuidado das autoridades em lidar com figuras públicas de grande projeção, enquanto o destino de Bolsonaro ainda depende da análise de recursos apresentados pelas defesas.

Uma cela fora do comum

A sala reservada foi montada na Superintendência da PF no Distrito Federal e difere completamente das celas comuns do sistema prisional. O espaço inclui cama, cadeira, televisão e banheiro privativo, garantindo condições mais seguras e controladas para um ex-chefe de Estado. Fontes ligadas à corporação destacam que a adaptação segue protocolos já aplicados a autoridades de grande projeção pública.

O precedente histórico

A medida não é inédita. Em 2018, Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu parte de sua pena em uma instalação semelhante na sede da PF em Curitiba. À época, o argumento foi o mesmo: preservar a integridade do preso, evitar tumultos em presídios convencionais e minimizar riscos à segurança. Agora, a estratégia se repete, com a expectativa de que Bolsonaro, caso condenado em definitivo, receba tratamento parecido.


 

Ex-presidente Jair Bolsonaro no STF (Foto:Reprodução/Ton Molina/STF)

Papuda como alternativa

Embora a cela da PF esteja pronta, não está descartado que Bolsonaro seja encaminhado à Penitenciária da Papuda, em Brasília. Nesse cenário, ele ocuparia uma ala reservada, já utilizada anteriormente para políticos envolvidos no escândalo do mensalão e, mais recentemente, para parte dos acusados de participação nos atos de 8 de janeiro. Essa possibilidade, no entanto, divide opiniões: enquanto alguns defendem a necessidade de um espaço em presídio oficial, outros avaliam que a permanência sob custódia da PF oferece maior controle.

Recursos ainda em curso

Por enquanto, não há prazo definido para a execução de eventual pena. As defesas dos investigados ainda têm direito a apresentar recursos, incluindo pedidos de prisão domiciliar. Esses questionamentos serão analisados pela Primeira Turma do STF, e apenas após o julgamento é que poderá ser determinada a prisão. Ou seja, mesmo com toda a preparação, a decisão final pode levar tempo para sair.

Um gesto de antecipação

O simples fato de a PF ter organizado a sala já é interpretado como um movimento de antecipação. Mais do que preparar um espaço físico, trata-se de uma sinalização política e institucional: a de que, se houver ordem judicial, não haverá improviso. O episódio também reacende discussões sobre privilégios concedidos a ex-presidentes e a maneira como o Brasil lida com lideranças políticas após o fim do mandato.

Trump nega envolvimento em ataque israelense ao Catar

O recente bombardeio de Israel contra o Catar, em meio às negociações por um cessar-fogo em Gaza, desencadeou uma onda de reações internacionais e abriu uma nova frente de tensão diplomática. A ofensiva surpreendeu aliados estratégicos e gerou críticas de líderes globais, colocando ainda mais pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu e expondo divergências entre Israel, Estados Unidos e União Europeia quanto aos rumos do conflito.

Trump é informado em cima da hora e nega envolvimento

Autoridades dos EUA confirmaram que Donald Trump só soube da operação pouco antes de sua execução, informado pelo general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto. Logo em seguida, o então presidente solicitou a Steve Witkoff, enviado especial da Casa Branca e interlocutor próximo ao governo do Catar, que alertasse Doha sobre a ofensiva iminente.

Em coletiva, Trump procurou se afastar da responsabilidade pelo ataque e direcionou críticas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Não vejo essa situação como positiva. Queremos os reféns de volta, mas não concordamos com a forma como tudo foi conduzido”, afirmou.

Netanyahu justifica ataque, Hamas fala em sabotagem

Israel alegou que a operação foi uma resposta ao atentado em Jerusalém, ocorrido na véspera, que matou seis israelenses e foi reivindicado pelo Hamas. Netanyahu reforçou que a guerra poderia terminar “imediatamente” caso o grupo aceitasse a proposta de cessar-fogo apresentada por Trump.

O Hamas reagiu com dureza, acusando o governo israelense de inviabilizar a negociação: “Atacar os negociadores justamente quando discutiam a proposta de trégua confirma que Netanyahu não deseja chegar a nenhum acordo e busca deliberadamente fracassar os esforços internacionais, sem se importar com a vida de seus prisioneiros.”, afirmou o grupo em comunicado.


Explosões na capital de Doha, Catar, devido a ataque israelense contra autoridades do Hamas na cidade (Foto: reprodução/Jacqueline Penney/AFP)

Casa Branca e Catar criticam ação unilateral

O Catar, anfitrião de diversas rodadas de diálogo para uma trégua em Gaza, considerou o ataque uma violação de sua soberania. Washington também reagiu de forma contundente. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que “bombardear unilateralmente uma nação soberana e aliada próxima dos EUA, que atua corajosamente na busca da paz, não promove os objetivos de Israel nem dos Estados Unidos.”, disse Karoline.

Repercussão internacional

A resposta de Israel gerou indignação em várias capitais. A Turquia acusou Netanyahu de transformar o terrorismo em política de Estado, enquanto a Rússia classificou a ação como uma séria violação da Carta da ONU. O Reino Unido também se posicionou contra o ataque, destacando o risco de implosão das negociações em andamento.

Na União Europeia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que apresentará uma proposta de sanções contra membros do governo israelense de linha dura e poderá rever parcialmente o acordo de associação com Israel. A iniciativa, motivada pelo agravamento da crise humanitária em Gaza, ainda enfrenta resistência de alguns países, mas reflete uma mudança de postura da UE em relação ao governo Netanyahu.

Chris Ramos se recupera de lesão e reforça o Botafogo

Após cumprir o protocolo de concussão, Chris Ramos voltou ao Botafogo e pronto para reforçar o ataque alvinegro. O centroavante espanhol concedeu entrevista à rádio “Canal Sur” e destacou a influência do técnico Davide Ancelotti na sua decisão de atuar no Brasil.

Motivação para vir ao Brasil

Chris revelou que a chegada ao Botafogo foi motivada pela confiança no treinador italiano. Segundo ele, não há dúvidas de que Davide é um treinador fantástico, alguém que desde o primeiro contato demonstra profundo conhecimento do jogo. Também destacou a abordagem apaixonada do técnico, descrevendo-o como um verdadeiro fanático por futebol, e ressaltou a felicidade de poder trabalhar sob seu comando.

O jogador ainda enfatizou que Davide Ancelotti já conhecia seu futebol da Espanha, o que aumentou a segurança na decisão de se transferir. “Ele sabia sobre mim, minhas características e qualidades. Desde o início, me passou confiança. Sou totalmente grato a ele”, completou.


Chris Ramos se recupera de concussão (Foto: reprodução/Vitor Silva/Botafogo)

Retorno para a Copa do Brasil

O Botafogo segue em preparação para enfrentar o Vasco no jogo de volta, nesta quinta-feira, no Nilton Santos. Após o empate em 1 a 1 na ida, cresce a expectativa pela volta de Ramos entre os titulares.

Com sua força física e experiência, o centroavante espanhol reforça um setor ofensivo que precisava de mais opções. A comissão técnica acredita que sua presença será decisiva para criar chances e conferir profundidade ao ataque alvinegro.

Dupla ofensiva promissora

Chris Ramos chegou por empréstimo junto ao Cádiz, com opção de compra, e soma dois gols em dois jogos pelo Botafogo. Ele se junta a Arthur Cabral, outro reforço recente, e os dois podem atuar juntos, conforme o entendimento do técnico Ancelotti.

O atacante reforça a ideia de que o planejamento do treinador vai além de ajustes táticos: sua liderança e experiência servem também de referência para os companheiros mais jovens, fortalecendo o elenco para o restante da temporada.