Indústria automotiva da China tem revolução que desafia o Ocidente

País avançou da era da bicicleta para carros elétricos, autônomos e voadores, impondo sua liderança em mobilidade do futuro

25 ago, 2025
Lançamentos na China | Reprodução/VCG/Getty Images Embed
Lançamentos na China | Reprodução/VCG/Getty Images Embed

Em poucas décadas, a China escalou da era da bicicleta para a vanguarda tecnológica de veículos elétricos e voadores. Hoje, as ruas são ocupadas por carros autônomos e, em breve, os céus serão cortados por veículos elétricos de decolagem vertical, os famosos eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical). A promessa é cortar tempos de deslocamento em trajetos urbanos e intermunicipais curtos, sobretudo onde a malha viária já opera no limite.

Da bicicleta às ruas elétricas

Há ainda não muito tempo, a bicicleta era o principal meio de transporte nas cidades chinesas. Durante décadas, a imagem urbana chinesa foi moldada por avenidas tomadas de bicicletas. Em poucos anos, essa paisagem mudou. Atualmente, as ruas estão repletas de carros elétricos, muitos operando sem motorista. Esses veículos surgiram como parte de uma estratégia nacional para reduzir emissões, otimizar fluxos urbanos e consolidar a indústria automotiva local.


chineses montando carros

Uma das indústrias automotivas da China (Foto: reprodução/VCG/Getty Images Embed)


Autonomia começa a decolar

O passo seguinte acontece nos céus. Veículos voadores elétricos com decolagem vertical já passaram de protótipos a testes práticos. Podem funcionar como táxis aéreos, entregadores ou carros familiares. Algumas cidades estão investindo pesado em infraestrutura, vertiportos, redes de controle aéreo e regulamentações são prioridade. Esses carros voadores são parte de um sistema inteligente de transporte tridimensional. Graças à inteligência artificial, 5G e mobilidade elétrica, se espera que sejam 80% mais rápidos do que veículos terrestres convencionais em trajetos curtos. A promessa é combinar conveniência, velocidade e inovação num modelo futurista de mobilidade.

Ocidente em alerta

Enquanto a China avança em ritmo acelerado, o Ocidente observa com preocupação. Há um misto de admiração e receio, diante da possibilidade de ser ultrapassado num dos setores mais promissores do século XXI. A despeito de desafios como segurança e aceitação pública, a mobilidade do futuro começa a tomar forma, em um contexto cultural e tecnológico liderado pela China. A concorrência não é só de preço: envolve velocidade de inovação, integração digital e capacidade de escalar produção.

Mais notícias