Trump diz que ajuda a argentina depende do resultado das eleições

Donald Trump comentou que a ajuda financeira para Argentina vai depender do resultado das eleições no país no próximo dia 26 de outubro. Ele afirmou que apoia Milei e que sua filosofia está correta e que confia em sua vitória, mas caso Milei tenha uma derrota, ele estará fora. E que o futuro político de Milei e o apoio dos EUA à economia argentina estão ligados.

O presidente dos Estados Unidos afirmou que “se Milei não ganhar, não seremos generosos”.

Scott Bessent, secretário do tesouro norte-americano, afirmou que Milei é a melhor chance de sucesso para a Argentina, que ele representa esperança para o povo argentino. Ele também comentou que o país sul-americano era um dos países mais ricos do mundo e passaram a ser uma dívida enorme, mas que com a ajuda dos EUA e políticas fortes, a Argentina pode se tornar grande novamente.

Corrida eleitoral na Argentina

As eleições legislativas na Argentina serão dia 26 de outubro, e para o futuro do governo de Milei será essencial ganhar esse apoio.

Nessas eleições será renovado um terço da Câmara e metade do Senado. O grande desafio de Milei será conseguir pelo menos um terço de todas as cadeiras do parlamento, formando o que os analistas locais chamam de “escudo legislativo”.

Caso consiga, Milei terá como impedir que seus vetos presidenciais sejam derrubados e poderá avançar com as reformas trabalhistas e tributárias, que foram prometidas em sua campanha eleitoral.

Trump disse que os números que Milei nas pesquisas são bons e que ela acha que vai melhorar. Porém, essa fala do presidente dos EUA contraria as principais pesquisas que circulam na Argentina. Elas antecipam um resultado negativo para Milei nas principais províncias como Buenos Aires, onde estão cerca de um terço do eleitorado nacional, Córdoba, Santa Fe e Entre Rios.

Fontes do governo argentino dizem que Trump se confundiu e pensou que as eleições no país seriam presidenciais e não legislativas. Mas essa declaração perde força quando fontes dizem que um dos principais pedidos do governo americano aos argentinos é garantir a governabilidade de Milei no país.


Milei e Trump em reunião na Casa Branca (Foto: reprodução /Kevin Dietsch/Getty Images Embed)

Resposta de Milei

O presidente argentino agradeceu o apoio recebido pela Casa Branca e disse que essa ajuda é necessária por conta da crise cambial que ele considera um “ataque político” de seus opositores. Ele e seu ministro da economia, Luis “Toto” Caputo, acusaram a oposição do governo de ter tentado dar um golpe de mercado para obrigar a desvalorização do peso argentino, obrigando o Banco Central da República Argentina (BCRA) e o tesouro nacional a fazerem intervenções permanentes.

O encontro deixou várias dúvidas, não foi informado quando nem como será implantada a ajuda ao país sul-americano, podendo gerar uma nova corrida cambial, principalmente após as eleições do dia 26. Sem essa ajuda externa, a Argentina não terá recursos para cobrir suas necessidades financeiras nos próximos meses.

Trump cita boa relação com Lula durante encontro com Milei

Durante o encontro de Donald Trump com o presidente da Argentina, Javier Milei, para discutir a ajuda financeira que a Argentina irá receber dos EUA, o presidente americano, depois do almoço, conversou com jornalistas e comentou sobre a relação dos países da América do Sul com os EUA. Trump citou que os países da América do Sul estão se aproximando do pais norte-americano, e, logo após, citou como exemplo seu encontro com Lula nas Nações Unidas. Trump, ainda acrescentou que a conversa, apesar de rápida, foi boa. Lula e Milei são grandes adversários políticos. 

Donald Trump, por outro lado, criticou o BRICS, grupo econômico formado por vários países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e afirmou que o bloco representa uma tentativa de enfraquecer o domínio do dólar no comércio global e que não vê problema em colocar tarifas sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos. 

Relação Brasil X EUA 

Lula e Trump conversaram durante 30 minutos por telefone no dia 6 de outubro, o tema do telefonema foi a economia e as tarifas de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. 

O Governo brasileiro afirmou que Lula pediu a Trump para rever as tarifas e as sanções impostas às autoridades brasileiras em consequência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump, no mesmo dia da ligação, falou que pretende visitar o Brasil em breve, chamou Lula de “homem bom” e disse que os dois irão fechar acordos comerciais. 

O tom do telefonema foi completamente o oposto do que se estava sendo usando em meio a recente crise entre os dois países, após o anúncio da taxação de produtos brasileiros. Trump criticou o Brasil pelo que ele chamou de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro. Lula respondeu que o presidente dos Estados Unidos queria ser o “imperador do mundo” e criticou as sanções aplicadas ao país, nomeando elas como um ataque à soberania. 

O ponto de mudança dessa relação foi o breve encontro entre os dois presidentes na Assembleia da ONU, em setembro. Espera-se que eles se encontrem presencialmente em breve. 


Donald Trump e Javier Milei após reunião na Casa Branca (Foto: reprodução/ Kevin Dietsch/ Getty Images Embed)

Ajuda à Argentina

A reunião desta terça-feira na Casa Branca, ocorreu uma semana após os Estados Unidos concordarem com a ajuda financeira à Argentina de US$20 bilhões. Segundo Scott Bessent, secretário do tesouro dos EUA, o apoio ao país argentino virá por um acordo de swap cambial com o banco central argentino. Esse movimento é visto como atípico, mas a Casa Branca afirma que faz parte de um acordo estratégico para estabilizar um aliado-chave na América do Sul. 

Trump citou que os EUA não precisam ajudar os países  da América do Sul, mas escolheu fazer porque considera importante para o continente e ainda acrescentou que “se a Argentina for bem, os outros países vão seguir o exemplo”.

Apesar das críticas vinda dos agricultores americanos, Trump comentou que não descarta a possibilidade de um acordo de livre comércio com a Argentina.

Líderes mundiais assinam cessar-fogo em Gaza após influência de Donald Trump

Líderes de diversos países do mundo se reuniram nesta segunda-feira (13), em Sharm El-Sheik, no Egito, para assinarem o acordo de cessar-fogo do conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Sugerido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o encontro não contou com representantes das duas partes envolvidas na guerra.

Cúpula da paz em Gaza

O encontro ocorrido nesta segunda-feira, no Egito, teve como objetivo, colher assinaturas de líderes de diversos países ao redor do mundo pelo cessar-fogo da guerra entre Israel e Hamas. Além de Donald Trump, o documento foi assinado pelos presidentes Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, e Abdul al-Sisi, do Egito, além do emir Tamim bin Hamad Al Thani, do Catar, que atuaram mediando as tratativas.

Representantes de outras nações estiveram presentes, como o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; a Primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o premier do Reino Unido, Keir Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Apesar do interesse direto na cúpula, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não participou do encontro. Embora tenha confirmado sua presença anteriormente, o líder de Israel alegou que a data da cúpula era próxima de um feriado judaico.

Antes da cúpula, tanto Netanyahu, quanto Trump discursaram no parlamento israelense. O norte-americano chegou a afirmar que “a era de terror” no Oriente Médio havia chegado ao fim, e que esta segunda-feira é um dia histórico. O líder de Israel, por sua vez, se disse comprometido com a paz.

Trump afirmou que a primeira fase do acordo está concluída.  Na segunda etapa, o republicano pretende discutir a respeito da reconstrução de Gaza.


Donald Trump mostra assinatura de documento por cessar-fogo em Gaza (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

Reféns libertados

No mesmo dia da “cúpula da paz em Gaza”, 20 reféns israelenses que estavam presos foram libertos pelo grupo terrorista após mais de dois anos de cativeiro. A ação é parte de um acordo de paz assinado por Israel e Hamas.

O grupo terrorista ainda pediu um tempo para localizar os outros que acabaram morrendo. A Turquia chegou a anunciar uma força tarefa para encontrar as vítimas junto ao Hamas.

Palestinos retornam ao norte de Gaza após cessar-fogo

Milhares de palestinos começaram a voltar para o norte da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10), após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas. A trégua foi ratificada durante a madrugada pelo governo israelense e marca o início da retirada parcial das tropas do território, encerrando dois anos de conflito.

Um grande número de pessoas foi visto caminhando em meio à poeira em direção à Cidade de Gaza, principal centro urbano da região, que sofreu fortes bombardeios nos últimos dias. A maior parte da população havia se deslocado para o sul durante as ofensivas militares israelenses. 

Cessar-fogo e libertação de reféns

O Exército israelense confirmou que o cessar-fogo começou ao meio-dia, no horário local, e que as tropas estão se posicionando ao longo das novas linhas de implantação. O acordo prevê a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas em até 72 horas, em troca da soltura de centenas de prisioneiros palestinos.

Na primeira fase do plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prevista a retirada das tropas israelenses de regiões urbanas estratégicas da Faixa de Gaza, ainda que mais da metade do território permaneça sob domínio de Israel.

Com o início da implementação do acordo, comboios com alimentos e suprimentos médicos devem entrar na região para atender a população civil, que em grande parte vive em tendas após a destruição de cidades inteiras pelos bombardeios israelenses.



Retirada e tensões persistentes

As tropas israelenses recuaram e agora ocupam cerca de 53% do território palestino, uma redução em relação aos 75% controlados antes do cessar-fogo. Cidades como Khan Younis e a própria Cidade de Gaza foram desocupadas, mas continuam sob vigilância militar.

Em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que as forças permanecerão prontas para agir e reafirmou o compromisso de “cercar e desarmar o Hamas”, ainda que “pela maneira difícil”.

Apesar do anúncio de trégua, a agência Reuters registrou bombardeios na faixa central de Gaza cerca de uma hora após o início do cessar-fogo. Vídeos mostram colunas de fumaça no céu, mas ainda não há informações sobre vítimas. Até o momento, o governo de Israel não se pronunciou sobre o assunto.

Procuradora-geral de Nova York é investigada por fraude bancária após processar Trump

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, conhecida mundialmente por ter liderado o processo civil contra o ex-presidente Donald Trump, está sendo investigada por suspeita de fraude bancária. De acordo com informações divulgadas pelo governo federal dos Estados Unidos, a promotora teria se envolvido em operações financeiras irregulares, o que pode colocar em xeque sua credibilidade e afetar os desdobramentos de casos em que atuou nos últimos anos.

Investigação aponta movimentações suspeitas

Segundo as autoridades americanas, a investigação foi aberta após a detecção de possíveis inconsistências em relatórios financeiros ligados à procuradora. Há suspeitas de que ela tenha participado de movimentações de valores que não teriam sido devidamente declarados, utilizando intermediários ou contas paralelas para mascarar a origem do dinheiro. A apuração ainda é preliminar, mas fontes próximas ao caso afirmam que os indícios são considerados sérios o suficiente para justificar o aprofundamento das investigações.

Repercussão política e impacto sobre o caso Trump

Letitia James ganhou destaque nacional ao conduzir o processo contra Donald Trump e sua organização, acusando o ex-presidente de inflar o valor de seus ativos para obter benefícios financeiros. Agora, o cenário se inverte: críticos do Partido Republicano apontam contradição e ironia na situação, afirmando que a promotora enfrenta acusações semelhantes às que ela mesma apresentou contra o ex-presidente. Por outro lado, aliados democratas pedem cautela e destacam que nenhuma condenação foi formalizada até o momento.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/ Spencer Platt / Getty Images Embed)

Autoridade sob pressão e próximos passos

A acusação gerou forte repercussão no meio político e jurídico de Nova York. Especialistas em direito afirmam que, caso as suspeitas sejam comprovadas, James poderá ser afastada do cargo e responder criminalmente por fraude financeira, crime que pode levar a penas severas nos Estados Unidos. A procuradora ainda não se manifestou oficialmente, mas pessoas ligadas ao seu gabinete afirmam que ela nega qualquer envolvimento com irregularidades e se diz vítima de uma tentativa de retaliação política.

Contexto e histórico profissional

Formada em Direito pela Universidade Howard, Letitia James é a primeira mulher negra a ocupar o cargo de procuradora-geral do estado de Nova York. Sua atuação firme contra grandes corporações e figuras públicas a transformou em um dos nomes mais conhecidos do sistema jurídico americano. A investigação atual, no entanto, representa um dos maiores desafios de sua carreira e pode influenciar diretamente a percepção pública sobre a imparcialidade do sistema judicial dos Estados Unidos.

Trump intensifica pressão por acordo de paz em Gaza

Nesta segunda-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou os esforços diplomáticos para avançar nas conversações de paz em Gaza. Enquanto equipes internacionais se encontram no Egito, a Casa Branca acredita que a rápida liberação dos reféns pode facilitar a implementação do plano de paz de 20 pontos sugerido por Washington e favorecer um cessar-fogo duradouro na área.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt declarou que a administração americana considera fundamental a liberação imediata dos reféns, visando criar um ambiente político que beneficie o progresso das negociações. “Desejamos agir rapidamente, e o presidente está ansioso para ver os reféns libertados o mais rápido possível”, comentou.

Negociações em andamento no Egito

As conversas estão ocorrendo no Cairo, contando com a presença do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e do conselheiro Jared Kushner, que é genro de Trump. As equipes técnicas estão focadas em esclarecer os aspectos logísticos da troca de reféns e prisioneiros políticos, além de analisar listas de detidos e as condições de segurança necessárias para as operações.

A Casa Branca informou que Trump está constantemente atualizado sobre o progresso das negociações e acompanha de perto as decisões tomadas. A expectativa é que a libertação dos reféns ofereça o ímpeto necessário para o progresso do acordo, que é considerado essencial para estabilizar Gaza e diminuir as tensões entre Israel e os grupos palestinos.

EUA reforçam seu papel diplomático no Oriente Médio


Reféns em Gaza (Foto: reprodução/Ahmad Gharabli/Getty Images Embed)

Com o novo plano, Washington busca reafirmar seu papel de liderança diplomática no Oriente Médio. O governo americano acredita que a consolidação de um cessar-fogo e a libertação dos reféns podem fortalecer sua influência regional e demonstrar a capacidade dos Estados Unidos de intermediar soluções políticas em áreas de conflito.

Além da questão humanitária, o plano de Trump inclui medidas de reconstrução em Gaza, o fortalecimento da segurança israelense e o compromisso de longo prazo com a estabilidade regional. A Casa Branca avalia que um acordo bem-sucedido poderia marcar um ponto de virada nas relações entre israelenses e palestinos e reduzir o risco de novas escaladas de violência.

Trump confirma conversa com Lula e acredita em boa relação entre Brasil e EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, se mostrou satisfeito com a conversa que teve com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorreu por meio de uma ligação telefônica, nesta segunda-feira (6).

Em uma publicação realizada na rede Truth Social, Trump afirmou que a conversa com Lula foi “muito boa” e acredita na boa relação entre Brasil e EUA.

Uma boa conversa

Em seu perfil nas redes sociais, o presidente norte-americano confirmou que conversou com o chefe de Estado do Brasil por cerca de trinta minutos. A ligação, segundo Trump, teve como tema as relações econômicas e comerciais entre os dois países.

O republicano ainda escreveu que novas discussões poderão ocorrer, e que uma reunião em um futuro próximo é possível, seja no Brasil ou nos EUA. “Nossos países irão muito bem juntos”, disse Trump.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU (Foto: reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)

Pedidos e possível reunião

Em comunicado emitido na manhã desta segunda-feira, o Palácio do Planalto também confirmou a ligação entre Lula e Trump, seguido com a informação que o presidente brasileiro havia solicitado para o republicano a retirada de 40% de sobretaxa sobre produtos brasileiros, impostas pelo governo americano, além da retirada de sanções contra autoridades judiciais do Brasil.

Na conversa, Lula teria mencionado que o Brasil é um dos três países do G20 que os EUA possui melhor superávit na balança de bens e serviços.

O comunicado do Planalto ainda informou que os líderes mantiveram o mesmo tom amigável que tiveram no encontro presencial na Assembleia Geral da ONU, que ocorreu em Nova York, há duas semanas.

Os líderes de Brasil e EUA ainda discutiram sobre a possibilidade de um encontro presencial ocorrer. Lula teria sugerido que esse encontro pudesse ocorrer na Cúpula da Asean, na Malásia; ou na COP30, que acontecerá em Belém-PA em novembro, convidando Trump para o evento, o que seria a primeira vez que o republicano estaria em solo brasileiro como presidente. O chefe de Estado brasileiro ainda se dispôs a viajar aos EUA.

Haddad fala sobre conversa entre Lula e Trump

Os presidentes Lula e Donald Trump tiveram a aguardada conversa desse ano nesta segunda-feira (6). O bate-papo, que foi anunciado mês passado durante a Assembleia da ONU, foi realizado através de uma ligação telefônica às 10:30 da manhã. Haddad esteve acompanhado com o presidente do Brasil na conversa com o americano, no Palácio da Alvorada. Junto deles, também estavam o vice-presidente, Geraldo Alckmin e Mauro Vieira e Sidônio Palmeira, esses dois, ministros das Relações Internacionais e Secom, respectivamente.

O que era a conversa

O encontro ocorre num momento delicado nas relações Brasil-EUA. Na agenda recente, Trump impôs tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, o que gerou preocupação nas exportações nacionais e esse foi o principal motivo da conversa. O diálogo virtual foi uma resposta diplomática imediata, buscando desanuviar as tensões e sinalizar reaproximação. Além dessa tema discutido, estavam também em pauta: cooperação econômica e possibilidades de aproximação institucional entre Brasil e EUA.


 Lula publicando sobre a conversa com o Trump (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Posicionamento oficial

Após o término da videoconferência, Haddad afirmou que o Palácio do Planalto divulgará em breve uma nota com os pontos acordados. “Foi positivo e vai sair uma nota do Palácio dando os detalhes que foram pactuados”, disse o ministro à imprensa.

Expectativas para os próximos passos

Com a videoconferência já consumada, o foco agora passa a ser os encaminhamentos. Espera-se que a nota a ser publicada traga compromissos práticos, além de acenos para negociações comerciais e cooperação em outras áreas. Alguns analistas já especulam que Lula pode realizar visita aos EUA ou receber Trump no Brasil.

Sobre o Tarifaço

O tarifaço imposto por Donald Trump foi devido ao caso recente do agora condenado, Jair Bolsonaro, como uma forma de pressão no atual governo, mas não houve algum efeito em cima do STF. Trump determinou o tarifaço em agosto desse ano e não há data prévia da remoção dessa ação.

Hamas diz precisar de mais tempo para avaliar plano de paz de Trump

Nesta sexta-feira (3), o Hamas afirmou que precisa de mais tempo para analisar o plano de paz proposto por Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos deu um ultimato de “três ou quatro dias” para o grupo palestino aceitar o acordo, que pretende acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

Um alto comandante do grupo palestino disse à agência AFP, sob condição de anonimato, que o plano ainda está em debate e que essas discussões exigem mais tempo. Segundo uma fonte próxima à liderança, o grupo espera ajustar trechos relacionados ao desarmamento e à expulsão de seus integrantes.

Anteriormente, Mohamad Nazal, integrante do comitê político do grupo, declarou que o plano contém aspectos preocupantes: “Estamos em contato com os mediadores e com as partes árabes e islâmicas, e levamos muito a sério a possibilidade de alcançar um acordo. Em breve anunciaremos nossa posição”.

Trump dá ultimato ao Hamas

O presidente dos Estados Unidos afirmou, em postagem na rede social Truth Social, que o Hamas tem até domingo à noite, às 18h (horário de Washington, DC), para aceitar o acordo. Caso isso não ocorra, alertou que “inferno total” cairá sobre o grupo.

Ele afirmou que seu plano de paz para encerrar o conflito na Faixa de Gaza representa a última chance para os militantes do grupo palestino, que há anos ameaçam o Oriente Médio, e relembrou o ataque a civis israelenses em 7 de outubro de 2023.

“Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Liberte os reféns, todos eles, incluindo os corpos daqueles que estão mortos. Todos os países assinaram. Se este acordo de última chance não for firmado, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas. Haverá paz no oriente médio de uma forma ou de outra”, declarou.

Trump ainda pediu que todos os palestinos inocentes deixem imediatamente uma área de alto risco e se desloquem para regiões mais seguras da Faixa de Gaza.


Trump apresentou nesta segunda-feira sua proposta de paz para a Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Entenda o plano de paz

O plano de paz é composto por 20 pontos e prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados. Membros do Hamas poderiam receber anistia caso entreguem suas armas e se comprometam em conviver pacificamente.

Se implementado, Gaza seria governada por um comitê de palestinos tecnocratas e especialistas internacionais, sob supervisão de um órgão chamado “Conselho da Paz”, presidido por Trump, embora a participação de Israel nesse conselho não esteja definida.

De acordo com a Casa Branca, após a aceitação do plano, o Hamas teria 72 horas para liberar todos os reféns mantidos desde o início da guerra. A proposta também prevê a liberação de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel e a distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, coordenada pela ONU e pelo Crescente Vermelho.

Enquanto a comunidade internacional recebeu a proposta positivamente, moradores de Gaza expressaram medo e desesperança diante da situação.

EUA apresenta plano de paz para Israel e faixa de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou na última segunda-feira (29) um plano para encerrar a guerra na faixa de Gaza. Trump propõe que seja feito um conselho internacional para gerenciar a guerra e que dará anistia a integrantes do Hamas para entregarem as armas e uma possibilidade da criação de um Estado palestino no futuro.

Trump deixou claro, que se o plano não for aceito pelo grupo Hamas, irá apoiar Israel para eliminar o grupo terrorista.

Proposta dos EUA

O presidente americano deu o prazo de até 72 horas para que o grupo Hamas possa libertar todos os reféns israelenses mantidos presos em Gaza; o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já disse que aceitou os termos do acordo.

Segundo o acordo, a faixa de Gaza se tornará uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território passará por transformações e reconstruções com apoio palestino e especialistas internacionais. Autoridades do Hamas disseram que não receberam detalhes do plano. O plano apresentado por Trump teve apoio da comunidade internacional.


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Plano de Trump para Gaza recebe apoio internacional (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan)

Desafios enfrentados por Trump

O órgão internacional será presidido por Trump e se chamará “Conselho da Paz”, e também contará como membro o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Não ficou claro se Israel participará diretamente do conselho.

Trump afirmou que se encontrar resistência de forma negativa diante do grupo Hamas, não hesitará em apoiar Israel e usar forças militares para eliminar o grupo terrorista, o ministro de Israel também concordou com a sugestão. Detalhes do acordo ainda incluem ajuda humanitária, a entrada de alimentos, o total cessar-fogo entre ambas as partes, libertação dos prisioneiros, e devolução de todos os reféns em 72 horas pelo grupo Hamas.

O futuro da faixa de Gaza seria a pacificação do local e um possível caminho para a institucionalização do Estado da Palestina. Uma força tarefa interligada com países árabes será usada juntamente com o governo americano: “Os Estados Unidos trabalharão com parceiros árabes e internacionais para desenvolver uma Força Internacional de Estabilização (ISF), a ser imediatamente implantada em Gaza. A ISF treinará e dará suporte a forças policiais palestinas verificadas em Gaza, em consulta com Jordânia e Egito, que têm vasta experiência nessa área”, segundo o documento.

Trump já havia discutido alguns detalhes com líderes árabes em Nova York, antes da assembleia-geral da ONU na última semana. A resposta do Hamas à proposta americana ainda não está clara, e se os termos não interessarem o grupo e não responder aos interesses palestinos, o grupo não aceitaria nenhum plano que não garantisse a retirada de Israel de Gaza.