Trump diverge de Netanyahu e diz que fome na Faixa de Gaza é real

Após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarar que não há fome na Faixa de Gaza, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (28), que a escassez de alimentos na região existe e que não é possível dizer o contrário.

A fala do líder dos EUA ocorreu durante um encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, na Escócia. De acordo com Trump, Israel pode fazer muito pelo acesso a alimentos, tendo muita responsabilidade pelo fluxo de colaboração do tema.

Discursos divergentes

Em uma conferência cristã em Jerusalém no último domingo (27), Netanyahu afirmou que a fome em Gaza inexiste, pois Israel concedeu a liberação de ajuda durante os conflitos ocorrentes na região.

Em contrapartida, Donald Trump afirmou, em reunião que participou na Escócia, que o problema da falta de alimentos para a população da região atingida pelos conflitos entre Israel e Hamas existe, e que os EUA trabalharão com outros países para assistir os habitantes do local, com o fornecimento de produtos para consumo e saneamento.


Palestinos lutando contra a fome nas proximidades da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Alshaer/Anadolu via Getty Images Embed)

Confronto extenso

Após o grupo terrorista Hamas ter lançado um ataque contra Israel, em outubro de 2023, os atingidos dessa ofensiva respondem até os dias atuais com intensos ataques. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, até o dia 13 de julho deste ano, cerca de 58 mil pessoas morreram, e outras 138 mil ficaram feridas, em decorrência dos ataques israelenses na região.

Desse número de vítimas, o ministério não faz distinção entre combatentes do Hamas e civis, mas acredita que a maioria sejam mulheres e crianças. Já Israel afirma que ao menos 20 mil eram integrantes do grupo terrorista.

A população de Gaza caiu de 2,2 milhões para 2,1 milhões de habitantes, do início do confronto até os dias atuais, conforme o Escritório Central de Estatísticas da Palestina. Além das mortes, outras 100 mil palestinos se mudaram da região, o que justifica a diminuição de moradores do local em conflito.

Fontes de Israel também se manifestaram, e afirmam que, em decorrência dos confrontos, cerca de 1.650 pessoas, contando israelenses e estrangeiros, foram mortos 1.200 em 7 de outubro de 2023, dia da ofensiva do Hamas que culminou no conflito atual vigente, e outros 446 soldados que vieram a óbito em Gaza ou na fronteira com Israel.

Brasil enfrenta semana decisiva para tentar reverter tarifas dos EUA e proteger exportadores

O governo do presidente Lula enfrenta uma semana crucial para tentar conter os impactos do tarifaço anunciado pela gestão de Donald Trump. A medida norte-americana, que prevê sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros, deve entrar em vigor nesta sexta-feira (1º). Diante da falta de progresso nas negociações diretas com Washington, o governo brasileiro intensifica a formulação de medidas emergenciais para amenizar os prejuízos econômicos causados pelas novas tarifas.

Auxiliares de Lula indicam que o pacote emergencial será finalizado nesta semana. A proposta inclui crédito subsidiado, compras públicas de produtos afetados e a criação de um fundo temporário com recursos privados para socorrer empresas, especialmente as de pequeno porte. A ideia é proteger a produção nacional e preservar empregos em setores-chave como o agronegócio, siderurgia e indústria de transformação, os mais ameaçados pelas novas tarifas.

O plano, que teve seus trabalhos técnicos concluídos na última semana, está sob avaliação política e deve ser validado pelo presidente antes de sexta-feira. A equipe econômica também prevê atualizações semanais sobre as medidas, coordenadas pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Missão parlamentar nos EUA e denúncias na OMC

Além disso, parlamentares brasileiros chegaram a Washington com a missão de dialogar com representantes dos Estados Unidos e buscar formas de evitar que as novas tarifas entrem em vigor. A missão oficial, liderada por Nelsinho Trad, e aprovada por unanimidade no Senado, busca abrir espaço para uma negociação política. Entre os parlamentares presentes estão nomes de diferentes partidos, como Teresa Cristina, Marcos Pontes e Jaques Wagner.

Em outra frente, o governo brasileiro formalizou uma denúncia na Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que a medida viola a soberania econômica do país. O Itamaraty acompanha os desdobramentos e deve apresentar, ainda nesta semana, um relatório com alternativas diplomáticas.

Apesar dos esforços, o cenário segue tenso. A Bloomberg revelou que o governo Trump estuda editar uma nova declaração de emergência nacional para justificar legalmente as tarifas, o que dificultaria ainda mais a reversão do quadro.


Donald Trump (Foto:reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Lula acusa blefe, Haddad responsabiliza bolsonaristas

Em declarações recentes, Lula comparou a estratégia de Trump a um jogo de truco, afirmando que o republicano está “blefando”. “Se ele estiver trucando, vai tomar um seis”, disse o presidente durante evento em Minas Gerais. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro por dificultarem o restabelecimento do diálogo com os EUA. Ele citou nominalmente o deputado Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo como figuras que atuam contra os interesses comerciais do Brasil.



Desde fevereiro no exterior, o deputado Eduardo Bolsonaro tem mantido interlocução com figuras próximas ao ex-presidente Donald Trump e manifestado posicionamentos contrários à atuação de autoridades brasileiras em fóruns internacionais. Segundo ele, qualquer negociação internacional só deveria acontecer após uma “anistia ampla” aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Estima-se que o novo pacote tarifário imposto pelos Estados Unidos poderá atingir diretamente mais de 10 mil companhias brasileiras, colocando em risco aproximadamente 2 milhões de postos de trabalho.

Senadores denunciam em carta abuso de Trump ao Brasil

No cenário geopolítico contemporâneo, as relações entre os Estados Unidos e  Brasil estão em ebulição, impulsionadas por uma série de tarifas que podem mudar o equilíbrio comercial entre as duas nações. Recentemente, senadores democratas norte-americanos emitiram uma carta contundente acusando o presidente Donald Trump de um “claro abuso de poder”. Essa declaração não apenas revela a preocupação com as práticas comerciais, mas também destaca as tensões que permeiam o diálogo entre essas potências.

Preocupação sobre governança e transparência entre EUA e Brasil

A medida de imposição de tarifas por parte da administração Trump, especialmente voltada ao Brasil, tem repercussões que vão além da economia. A carta, subscrita por vários senadores, evidencia não apenas a frustração legislativa, mas também uma inquietação em relação à soberania econômica brasileira. Esses líderes políticos argumentam que as taxas elevadas pode prejudicar as indústrias locais nos EUA, criando um efeito dominó que pode desfavorecer tanto trabalhadores americanos quanto os brasileiros.


Tarifas imposta por Trump gera preocupação para os dois países (Foto: reprodução/OGlobo/NicolasTucat/AFP)

Além das questões econômicas, a carta apresentada pelos senadores também lança luz sobre questões maiores de governança e transparência nas relações internacionais. Se, por um lado, as tarifas são justificadas como um meio de proteger interesses americanos, por outro, surge um questionamento sobre ética dessas práticas. Os senadores advogam que tal postura não são apenas uma afronta à diplomacia, mas uma ameaça aos direitos dos cidadãos e à integridade do mercado global.

Futuro incerto entre Estados Unidos e Brasil

Esta situação crítica demanda uma abordagem meticulosa. A dinâmica bilateral entre EUA e Brasil é rica e complexa, envolvendo não apenas comércio, mas também aspectos culturais, sociais e históricos. Em um mundo cada vez mais interconectado, a esperança é que as lideranças em ambos os países consigam encontrar um terreno comum que transcenda as disputas e fortaleça laços.


Senadores pedem que Trump retirem tarifas (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

É imprescindível que e o diálogo seja mantido e que as vozes de todos os envolvidos possam serem ouvidas. O futuro econômico entre os Estados Unidos e o Brasil ainda se encontra incerto, estes episódios mostram e ressaltam a necessidade de uma cooperação que possa evitar a escalada de desentendimentos e fomente um desenvolvimento sustentável e harmonioso. Em que unirá forças, podendo construir um futuro promissor entre os dois países.

Juíza barra publicação de arquivos do caso Epstein

Uma juíza federal do estado da Flórida, Robin Rosenberg, negou nesta quarta-feira (23) o pedido feito pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos para divulgar os registros secretos do grande júri relacionados ao caso Jeffrey Epstein, investigado entre 2005 e 2007.

A solicitação havia sido motivada por um compromisso assumido pelo então presidente Donald Trump em aumentar a transparência em relação aos supostos vínculos entre Epstein e figuras poderosas. No entanto, segundo o tribunal, a legislação vigente não permite a liberação desses documentos, já que não foram apresentados argumentos que justificassem exceções ao sigilo do grande júri, conforme exigem as normas do 11º Circuito de Apelações dos EUA.


Trump foi visado de sua menção nos arquivos Epstein (Vídeo: reprodução/YouTube/Joven Pan)

Os procuradores haviam argumentado que o interesse público justificava a divulgação dos depoimentos, citando acusações graves de tráfico sexual e pedofilia envolvendo Epstein. A juíza Rosenberg, porém, concluiu que tais alegações não atendem aos critérios legais para quebrar o sigilo. Com isso, os arquivos permanecerão sob restrição judicial. A decisão pode ser contestada pela administração Trump, que ainda tem recurso pendente em tribunais superiores.

Tensão política e nos tribunais

O caso ganhou contornos políticos sensíveis recentemente, à medida que o presidente Trump e sua base chegaram a tentar excluir os arquivos sobre o escândalo Epstein. A divulgação de que o nome de Trump aparece em documentos do Departamento de Justiça aumentou a pressão pública, embora as autoridades afirmem que não há elementos que indiquem crime ou culpa. A Casa Branca classificou os pedidos como descabidos e reforçou que qualquer menção ao ex-presidente trata-se de contexto investigativo, sem implicações criminais.


Trump está na lista Epstein (Vídeo: reprodução/X/@globonews)

Em paralelo, membros do Congresso, especialmente da Câmara, avançaram com uma comissão que já aprovou, por 8 votos a 2, uma convocação de documentos do DOJ relacionados a Epstein, além de notificar Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Epstein, para depor. As resistências internas refletem divisões partidárias em torno da questão, com alguns republicanos apoiando a transparência e outros tratando o tema como campanha política.

Contexto e limites legais

O caso Jeffrey Epstein ganhou enorme repercussão global, e seu fim em 2019 reacendeu debates sobre privilégios e impunidade das pessoas influentes que frequentavam o círculo do magnata. Investigadores apontam que as regras de grande júri, que mantêm sigilo absoluto, só permitem exceções em situações especiais, como risco à vida de informantes ou evidências de má conduta judicial, critérios que, segundo a juíza Rosenberg, não foram atendidos neste caso específico.

Além da Flórida, existem outras solicitações de liberação de documentos pendentes em Nova York, ligadas ao processo que culminou na condenação de Maxwell por tráfico de menores. Analistas jurídicos afirmam que, mesmo que alguns registros sejam liberados, é pouco provável que tragam revelações surpreendentes, já que os grandes júris geralmente concentram-se em acusações iniciais, sem detalhar toda a investigação.

Trump quer blindar os céus dos EUA, mas agora sem Musk

A aliança entre dois dos homens mais poderosos dos Estados Unidos parece ter chegado ao fim, e os efeitos já reverberam nas estrelas. Após o rompimento público entre Donald Trump e Elon Musk, o governo norte-americano iniciou uma reconfiguração urgente no projeto do “Domo de Ouro”, sistema espacial de defesa antimísseis que tem na SpaceX um de seus pilares.

Agora, o Pentágono corre para diversificar os fornecedores do programa, temendo os riscos da centralização tecnológica e dependência política. A palavra de ordem nos bastidores é clara: reduzir o protagonismo de Musk no escudo orbital que pretende proteger os EUA de ameaças balísticas e cibernéticas do futuro.

Da parceria à ruptura

O relacionamento entre Trump e Musk, antes marcado por trocas de elogios públicos e apoio mútuo, azedou após divergências sobre controle estatal, contratos com o governo e posicionamentos pessoais nas redes sociais. O estopim veio com uma série de declarações hostis entre ambos em junho, o que levou a equipe do presidente a reavaliar contratos estratégicos ligados à SpaceX.



Elon musk e Trump em seu último encontro (Foto: reprodução/x/@muskelon3312)


O Domo de Ouro e sua ambição colossal

O “Golden Dome” é descrito como a mais ousada proposta de defesa militar espacial da história americana. Trata-se de uma constelação de satélites e sistemas de interceptação capazes de detectar, rastrear e neutralizar mísseis hipersônicos, drones e ataques cibernéticos em tempo real, a partir do espaço.

O projeto, estimado em mais de US$ 175 bilhões, pretende posicionar os EUA como líder absoluto na chamada “guerra orbital”. No entanto, depender quase exclusivamente da infraestrutura da SpaceX, como os milhares de satélites Starlink e a capacidade de lançamento dos foguetes Falcon, tornou-se um risco geopolítico.

Buscando novos nomes no espaço

A partir de julho, o Departamento de Defesa passou a conversar com novos players do setor aeroespacial. Entre os nomes considerados estão:

Projeto Kuiper (Amazon): em desenvolvimento, com cerca de 80 satélites em órbita e foco inicial em conectividade;

Lockheed Martin, Northrop Grumman e L3Harris: veteranas da indústria de defesa, com histórico de contratos militares;

Startups espaciais como Rocket Lab e Stoke Space: ágeis, inovadoras e dispostas a entregar soluções sob medida.

O plano é construir redundância estratégica e limitar o poder de veto de qualquer fornecedor sobre o sistema como um todo.

E Musk, como reagiu?

Fiel ao seu estilo, Elon Musk usou o X (antigo Twitter) para minimizar a mudança. “A SpaceX nunca quis liderar programas de defesa orbital. Nosso foco é Marte”, escreveu, sugerindo que o distanciamento foi mútuo.

Nos bastidores, porém, fontes indicam que a empresa continua em posição privilegiada para lançamentos e manutenção orbital, pelo menos enquanto nenhum concorrente igualar sua eficiência.

O que está em jogo

Muito além da rivalidade de bilionários, o caso expõe uma questão-chave do século XXI: quem vai dominar o espaço e com que finalidade?

O Golden Dome não é apenas uma muralha invisível sobre os EUA. É um sinal de que a militarização do espaço está em curso, com novas regras, riscos e disputas de poder.

Ao reconfigurar seus contratos, Trump envia dois recados: um para Musk, de que ninguém é insubstituível, e outro para o mundo, de que os EUA pretendem manter seu domínio, mesmo fora da Terra.

Ordem de Donald Trump proíbe atletas trans em disputas femininas

O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) anunciou uma mudança significativa em sua política de segurança de atletas, alinhando-se à ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump no início de 2025. A nova diretriz proíbe a participação de mulheres trans em categorias femininas em competições olímpicas e paralímpicas, sob o argumento de garantir equidade e segurança para atletas cisgênero.

A decisão gerou reações intensas em todo o país. Enquanto uns dizem que a medida protege o esporte feminino, outros enxergam exclusão de pessoas trans e riscos de discriminação. A ordem executiva, intitulada “Keeping Men Out of Women’s Sports”, também afeta o sistema educacional, exigindo que escolas e universidades sigam a mesma diretriz sob risco de perder financiamento federal.

COI é pressionado por mudanças

Além disso, o governo americano pretende impedir a entrada de atletas trans estrangeiras que desejam competir em solo norte-americano, inclusive nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028. O Departamento de Estado foi instruído a pressionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) para revisar suas regras de inclusão de atletas trans, que atualmente permitem participação sob critérios específicos de testosterona e transição de gênero.


Trump tenta barrar direitos trans (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

O Comitê Olímpico Internacional já enfrenta críticas por suas normas atuais de inclusão e pode ser levado a revisar suas diretrizes diante da postura norte-americana. Diversas entidades de defesa dos direitos LGBTQIA+ já se mobilizam para garantir que atletas trans não sejam excluídas por critérios políticos.

Decisão gera reações intensas

Apesar da repercussão, especialistas indicam que o número de atletas trans em competições universitárias e olímpicas é extremamente baixo. Segundo dados recentes, menos de dez atletas trans competem entre os mais de 500 mil vinculados à NCAA, a associação que regula o esporte universitário nos EUA.

A medida reacende o debate sobre inclusão, identidade de gênero e os limites da política esportiva. Grupos de direitos civis já se mobilizam para levar a questão aos tribunais, e o mundo esportivo segue atento ao que pode vir pela frente.

HRW denuncia abusos e superlotação em centros de detenção para imigrantes na Flórida

Um relatório da Human Rights Watch (HRW), publicado nesta terça-feira (22), revelou abusos graves contra imigrantes mantidos em centros de detenção no sul da Flórida. As denúncias envolvem vários fatores considerados degradantes para os direitos humanos. Dentre eles se destacam: superlotação, falta de higiene, negligência médica e outras condições desumanas em instalações sob gestão do governo federal dos Estados Unidos. Imigrantes disseram ter sido forçados a comer com as mãos algemadas atrás das costas, o que classificaram como uma experiência humilhante.

O relatório traz relatos de maus-tratos. Imigrante relata que ele e outros homens foram obrigados a se curvar e comer com a boca diretamente das cadeiras, por estarem algemados. Outro imigrante descreveu a cena como “comer como animais”. Em várias unidades, detidos afirmam dormir no chão de cimento frio, em celas superlotadas, muitas vezes sem roupas de cama ou itens básicos de higiene.

Superlotação no governo Trump

De acordo com o documento, as duras políticas migratórias adotadas durante o governo de Donald Trump, que defende a deportação em massa, impulsionaram o crescimento da população carcerária imigrante, que atualmente soma cerca de 57 mil pessoas. Apesar do discurso oficial afirmar que o foco são criminosos perigosos, os dados federais revelam que a maioria dos detidos não possui antecedentes criminais graves.


Interior de uma unidade prisional (Foto:Reprodução/leezsnow/Getty Images Embed)

Desde a chegada de Trump ao poder, a população em detenção imigratória aumentou significativamente, com alta de 111% nos três centros da Flórida citados pela HRW. O retlatório afirma que as práticas nos centros de detenção violam normas internacionais de direitos humanos e até os próprios protocolos do governo dos EUA. A organização também denuncia a falta de transparência e a ausência de responsabilização por parte das autoridades migratórias.

Negligência médica

A ausência de atendimento médico adequado é outro ponto citado. Detentos com doenças crônicas, como diabetes, HIV e asma, relataram não receber os cuidados necessários durante o período de detenção. A HRW relata que ao menos duas mortes recentes podem estar ligadas à negligência médica.

A divulgação do relatório ocorre pouco tempo após a inauguração da chamada “Alcatraz dos Jacarés”, nova prisão de segurança máxima localizada na região dos Everglades, promovida pelo governador da Flórida, Ron DeSantis, ao lado de Donald Trump. A estrutura tem sido alvo de críticas por parte de ativistas, que a classificam como um símbolo de repressão e crueldade institucionalizada contra imigrantes. Procurado, o ICE ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.

Messi transforma Inter Miami em potência global após dois anos de sua chegada

Dois anos após começar a vestir a camisa do Inter Miami, Lionel Messi já não é apenas um elemento do elenco, tornou-se imediatamente o motor da evolução esportiva, comercial e midiática do clube e da liga. Além de pegar uma equipe que figurava nas últimas posições da Conferência Leste da MLS e levou ela a protagonista dos Estados Unidos, com isso o clube de David Beckham vive um novo patamar.

Esse efeito mostra nos números, pois desde sua estreia em julho de 2023, Messi disputou 68 jogos pelo Inter Miami, com 58 gols e 26 assistências. Esse aproveitamento lhe rendeu artilharia e o prêmio de MVP da última temporada regular da MLS.

Origem da virada

Quando chegou, Messi encontrou um time sem tradição, lutando nos fundos da tabela da Conferência Leste. Em menos de um ano, já levou o clube ao primeiro título relevante, a Leagues Cup (2023), seguida da Supporters’ Shield (2024), concedida ao melhor da temporada regular.

Muito dessa virada veio de Messi, que atraiu antigos companheiros de Barcelona, como Sergio Busquets, Jordi Alba e Luis Suárez, que chegaram a Miami, elevando o padrão técnico do elenco e resgatando o estilo que marcou o craque.

Impacto comercial dentro e fora de campo

A chegada de Messi impulsionou as finanças do clube, estudos da Sportico e da Sports Value apontam crescimento de 131% na receita anual, alcançando US$190 milhões em 2024, isso foi o maior valor da MLS. A liga também se beneficiou trazendo o faturamento com patrocínios saltou 13%, para US$665 milhões, segundo dados da SponsorUnited.


Messi em sua apresentação no Inter Miami(Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)

O fenômeno que Messi gerou extrapola o futebol, criando a ideia do projeto Freedom Park e negócios como a exposição “The Messi Experience”, uma mostra imersiva que passou por Los Angeles, Miami, Buenos Aires e desembarcou em São Paulo.

Chegada ao Mundial de Clubes

O Inter Miami comparece ao Mundial de Clubes FIFA de 2025 não mais como coadjuvante, mas como representante dos EUA. Mas não só com o status de competir, mas sim como uma das estrelas da competição, principalmente quando o argentino reencontrou os desafios de elite, como o duelo com o PSG nas oitavas, isso mostrou que mesmo fora da Europa, Messi ainda consegui disputar em alto nível.

A presença de Messi no Inter Miami fez uma metamorfose completa, transformando o clube que virou protagonista esportivo e referência de gestão nos Estados Unidos. E com a participação no Mundial de Clubes como anfitrião, a equipe não apenas foi um coadjuvante e sim a representação da personificando do futebol americano em suas ambições de trazer visibilidade ao futebol em seu país.

Eduardo Bolsonaro revela participação em reuniões e sanções dos EUA contra autoridades brasileiras

Nesta terça-feira (22), Eduardo Bolsonaro declarou em live com o jornalista Paulo Figueiredo que os dois participaram de algumas conversas entre governantes dos EUA pouco antes do anúncio da taxação sobre produtos brasileiros. Segundo Paulo, o jornalista e Eduardo teriam se reunido com Trump e sugerido aplicação de sanções contra autoridades brasileiras, mas que o presidente americano teria preferido o “tarifaço”.

Sanções a Alexandre de Moraes e outros governantes

Ainda na live, o jornalista disse que as reuniões nos Estados Unidos teriam começado há três anos, após as eleições de meio de mandato e ascensão do partido de Donald Trump na Câmara.

Quando Paulo citou os encontros com o presidente americano, afirmou que no início das discussões ele e Eduardo teriam levantado a ideia de sanções sobre governantes brasileiros, mas que Trump preferiu o aumento de tarifas sobre exportações do Brasil, entendida por Paulo e o deputado licenciado como não sendo a melhor escolha.


Jornalista Paulo Figueiredo (Foto: reprodução/Mandel Ngan/Getty Images Embed)

“Nós não determinamos o que o governo americano faz. Na nossa opinião, esta medida não era a melhor medida a ser aplicada nesse momento. Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura. Essa era a nossa opinião”, declarou o jornalista.

Sobre as sanções, Eduardo Bolsonaro ainda disse que uma de suas principais proposta eram medidas individuais a Alexandre de Moraes, ministro do STF, e também afirmou que caso a sanção não tivesse repercussão, estenderia a penalidade a outras autoridades.


Eduardo Bolsonaro e o presidente americano Donald Trump (Foto: reprodução/Joyce N. Boghosian/Casa Branca)

“Depois, caso isso daí não surtisse efeito, seguir adiante em todas as demais autoridades que dão suporte para esse regime, porque o Alexandre de Mores, ele não age sozinho, ele age com o amparo de outras autoridades brasileiras., disse Eduardo.

Tarifas sobre o Brasil

Mesmo afirmando que o “tarifaço” não fosse a “melhor arma” contra os supostos abusos de poder por parte do Supremo Tribunal Federal inicialmente, em suas redes sociais e em entrevista à TV Globo na última quarta-feira (16), o deputado licenciado concordou com a medida adotada pelo presidente americano,  e declarou que, em sua visão, a taxação em mais de 40 % sobre exportações brasileiras seria uma alavanca para outras medidas de retaliação contra as determinações do ministro Alexandre de Moraes.

 

 

Ibovespa volta a subir e dólar fecha em queda nesta segunda-feira

A semana começou com um respiro para o mercado brasileiro, que fechou a bolsa nesta segunda-feira (21) com uma alta de 0,59% e uma pontuação de 134.166. Após duas semanas de queda, com um acúmulo de 2% de perda nos últimos sete dias, o Ibovespa ensaiou uma recuperação. 

Já o dólar encerrou o pregão desta segunda com uma queda de 0,40%, cotado a R$5,565. Esse recuo frente ao real acompanhou o cenário internacional, onde a moeda norte-americana também operou em queda. As atenções do mercado estavam voltadas para o resultado das eleições no Japão e para as incertezas frente a guerra tarifária travada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. 

Guerra tarifária 

Em entrevista à rádio de notícias CBN nesta segunda-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá insistir em uma negociação comercial com Washington, mas não descartou a possibilidade das medidas tarifárias entrarem em vigor no dia um de agosto, em razão da falta de resposta das autoridades americanas. 

A possível taxação de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos e os seus desdobramentos vêm sendo monitorados com cautela pelos agentes do mercado, que controlaram os ânimos frente à alta do Ibovespa.


Entrevista de Fernando Haddad à CBN (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio CBN)

Alta no Ibovespa 

A recuperação do principal indicador de desempenho das ações negociadas na bolsa brasileira foi impulsionada pelas ações da mineradora Vale, que chegaram a valorizar 4% durante a tarde e finalizaram o dia 21 com um avanço de 2,7%.

O Ibovespa acompanhou o mercado exterior. Em Nova Iorque, os índices S&P 500 e Nasdaq alcançaram novos recordes, com altas de, respectivamente, 0,14% e 0,38%. Ambos indicadores estão em recuperação, dado o acúmulo de duas quedas nos primeiros meses do governo Trump. 

A alta em Wall Street foi impulsionada pelas empresas de tecnologia, como Alphabet e Tesla, que irão divulgar os balanços corporativos do segundo semestre nesta quarta-feira (23).

Investidores apostam em possíveis acordos comerciais para amenizar os danos econômicos do tarifaço global de Donald Trump.