Eduardo Bolsonaro faz críticas ao parlamentar Paulinho da Força e menciona a chance de aplicação de punições

Nas redes sociais, o deputado reforçou que não existe espaço para discutir uma anistia total. Ele destacou que o tema não está em pauta de forma absoluta. Segundo ele, a proposta não contempla concessões irrestritas.

A manifestação de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou nesta sexta-feira (19) a respeito das declarações de Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que foi designado como relator do Projeto de Lei da Anistia na Câmara.

Nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a anistia ampla, geral e irrestrita não está em pauta. Ele chamou o acordo sugerido de “vergonhoso e desonroso” e aconselhou Paulinho da Força a agir com prudência para não ser visto como “parceiro de um regime de exceção” associado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).


Reunião de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos (Foto: reprodução/ Instagram/ @bolsonarosp)


Moraes, que conduz no Supremo o processo referente à tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, foi sancionado pelos Estados Unidos em julho deste ano com base na Lei Magnitsky.

“Deputado Paulinho da Força, devolvo o conselho que me deu sobre pensar com calma. Tenha claro de uma vez por todas: não deixei minha vida no Brasil nem arrisquei tudo para lutar por justiça e liberdade para o meu povo em troca de um acordo desonroso e vergonhoso como o que está sugerindo”, afirmou Eduardo.

Segundo informações, Paulinho, que vai relatar uma versão considerada mais suave do projeto que pretende perdoar os participantes dos atos de 8 de janeiro, sinalizou que deve apresentar um relatório focado na redução de penas, em vez de conceder uma anistia ampla e irrestrita.

“Um conselho de amigo: tenha cuidado para não ser visto como aliado de um regime de exceção, alguém indicado por [Alexandre de] Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. Como previsto na lei, qualquer colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos está sujeito às mesmas sanções”, afirmou o deputado.

Líder do PL intensifica críticas em novo confronto com Eduardo Bolsonaro.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse que Eduardo Bolsonaro, deputado federal do partido, não tem apoio popular e não respeita o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, também filiado à sigla. As declarações aumentam a tensão de um conflito público iniciado na manhã desta sexta-feira (19).

No primeiro embate de declarações, Valdemar disse que Eduardo poderia “comprometer o próprio pai” caso insistisse em contestar a possível indicação de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como candidato da direita à presidência em 2026. A declaração foi dada em entrevista a um jornal.

“Ele [Eduardo] tem que seguir, porque os votos que tem são por causa do pai, não dele […] Não consigo acreditar que vá brigar com o próprio pai… Vai acabar prejudicando o pai de vez? Olha a situação que o Bolsonaro está passando… Nossa Senhora”, afirmou o presidente do PL.

Mais tarde, Eduardo respondeu e definiu como “canalhice” a avaliação política feita pelo presidente de seu próprio partido. “Dizer que um filho prejudicaria o pai se não aceitasse as pressões que até seus aliados mais próximos fazem, é uma canalhice que eu não esperava de você, Valdemar“, afirmou em entrevista ao jornal. Ele ainda disse esperar um pedido de desculpas do colega de sigla.

Valdemar, entretanto, manteve a posição e elevou o tom. “Canalhice é xingar o próprio pai e achar que tem votos próprios. Os votos são dele, não seus. Mas, se seu pai te escolher, terá o apoio do partido. Diferente de você, eu respeito muito seu pai“, afirmou sobre a reação de Eduardo. A declaração do presidente do PL também foi publicada pelo jornal.

Eduardo tem indicado que pode deixar o PL se a sigla optar por apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) como o “substituto” de Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem. A expectativa é de que ele dispute por outro partido, enfrentando o governador de São Paulo, mesmo com o apoio de Tarcísio pelo ex-presidente.

Aliados de Bolsonaro buscam incluir anistia em projeto de redução de penas

Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro articulam intensamente uma estratégia para viabilizar sua anistia. Segundo a base governista na Câmara dos Deputados, os bolsonaristas pretendem alterar o texto da PL proposta por Paulinho da Força (Solidariedade-SP) durante a votação em plenário, aproveitando brechas no processo legislativo para incluir o benefício ao ex-presidente.

A manobra é possível porque, na votação, os deputados analisam inicialmente o parecer apresentado pelo relator, o chamado texto-base, e em seguida apreciam destaques e emendas sugeridos por diferentes partidos. É nesse momento, ao discutir alterações específicas, que os aliados de Bolsonaro vislumbram a chance de aprovar a anistia.

Segundo Paulinho, a PL da Dosimetria tem foco na redução de penas, não na absolvição. O parlamentar defende o que chama de “projeto da dosimetria”, alegando que o texto busca apenas equilibrar condenações relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro.

O PL da Dosimetria

Apresentado por Paulinho da Força, o projeto pretende revisar a dosimetria das penas aplicadas aos envolvidos nos ataques antidemocráticos. A ideia seria corrigir o que alguns parlamentares consideram punições excessivas.



Divergências no Congresso

Enquanto setores do Centrão apoiam a proposta, destacando que não se trata de anistia, os aliados diretos de Bolsonaro reagem com desconfiança. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), por exemplo, classificou a iniciativa como “patifaria”, deixando claro o incômodo com o texto.

Diante disso, a bancada bolsonarista sinaliza que tentará modificar o projeto de Paulinho da Força quando este for levado ao plenário, insistindo em emendas que abram espaço para a anistia.

O risco de reduzir crimes contra a democracia

Outro ponto polêmico é a possibilidade de o projeto resultar na redução das penas para crimes contra a democracia. Circula nos bastidores uma minuta que prevê mudanças significativas: a pena para golpe de Estado cairia de 4 a 12 anos para 2 a 8, enquanto a de abolição violenta do Estado Democrático de Direito passaria de 4 a 8 anos para 2 a 6.

Se confirmada, a alteração tornaria esses crimes menos graves, do ponto de vista penal, do que o roubo de celular, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão.

Lula afirma que vetaria anistia a Bolsonaro

Em entrevista concedida à BBC na manhã da última quarta-feira (17), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso um pedido de anistia a Bolsonaro chegue para sanção presidencial, será vetado integralmente imediatamente. O veto ainda pode ser derrubado pelo Congresso, porém a medida deve passar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que deve julgar inconstitucionalidade do projeto.

Ao longo da entrevista, o presidente ainda falou sobre uma possível concorrência com Bolsonaro em futuras eleições e a relação com Trump após tarifaço.

Para Lula, Bolsonaro teve comportamento irregular

Durante a entrevista, Lula respondeu pergunta sobre estar feliz ou ter comemorado a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e o mesmo afirmou que não festejou porque gostaria que ninguém tivesse cometido crime, mas já que houve crime de Bolsonaro e seus aliados eles deveriam ser punidos e cumprir a pena.

O presidente ainda completou afirmando que bolsonaristas foram pessoas que fizeram muito mal ao Brasil enquanto estiveram no poder e que articulou a morte dele, de Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, além de um ataque a bomba ao Aeroporto de Brasília e que o julgamento de todos os envolvidos na trama golpista é feito pelas provas e com amplo direito a defesa.


Lula mantém posicionamento contrário a anistia (Vídeo: Reprodução/X/@bbcbrasil)

Ao ser perguntado sobre a comparação com a sua condenação em 2016, que foi anulada posteriormente pelo STF por falta de provas, Lula afirmou que diferente dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, o presidente não teve direito a ampla defesa e foi condenado por um chamado fato indeterminado que até hoje não foram encontradas provas de que ocorreu.

Lula diz não temer enfrentar Bolsonaro em eleição

Ao ser perguntado sobre o posicionamento de aliados de Bolsonaro ser semelhante ao de seus aliados nas eleições de 2018, Lula afirmou que os dois casos são diferentes.

Lula afirma que sua ausência no pleito de 2018 foi fruto da irresponsabilidade do juiz do caso e atualmente senador Sérgio Moro e do promotor e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, sem que tivesse nenhuma prova contra ele.

Ainda disse que teve autorização por duas vezes da ONU para concorrer ao pleito de 2018, que foi rejeitada pelo governo brasileiro da época.


Lula durante discurso da vitória na eleição de 2022 (Vídeo: Reprodução/X/@gabrieldread)

No caso de Bolsonaro, há diversos crimes comprovados contra ele e, inclusive, está inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores em julho de 2022, quando questionou a legitimidade das urnas eletrônicas. Além disso, com a condenação pela trama golpista, Bolsonaro só deve estar apto a se candidatar para qualquer cargo público em 2062.

Por fim, Lula afirmou que ganhou do ex-presidente em 2022 enquanto ele estava no poder e, que mesmo utilizando todos os meios possíveis para o derrotar, inclusive usando a Polícia Rodoviária Federal para bloquear estradas no interior do Nordeste e 60 bilhões de reais do orçamento da União, Lula saiu vencedor.

Lula diz que não existe relação com Trump

Ainda na entrevista, Lula foi perguntado sobre sua relação com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que taxou os produtos brasileiros exportados para os EUA em 50% em julho.

Segundo Lula, não há qualquer relação entre ele e Trump porque o presidente estadunidense não quer conversar e negociar, apesar dos esforços dele mesmo e de vários ministros do governo. Mesmo sendo a melhor alternativa para resolver conflitos e problemas, os dois lados precisam estar dispostos a negociar.

Trump publicou as tarifas de 50% ao Brasil em sua rede social e o governo afirma só ter tido ciência da mesma por meio de perguntas dos jornalistas, o que mostra que Trump nunca esteve disposto a negociar.

Por fim, Lula concluiu que as tarifas vem por conta do processo que culminou na condenação de Bolsonaro por cinco crimes na trama golpista que resultaram em uma pena de 27 anos e três meses de prisão e não na relação econômica, afinal os EUA tem superávit na relação comercial com o Brasil.

O presidente ainda afirmou que os Estados Unidos querem manter o unilateralismo nas relações internacionais ao invés do multilateralismo defendido pelo Brasil.

Jair Bolsonaro apresenta quadro de pré-síncope; entenda o termo

A defesa de Bolsonaro informou ao STF que o ex-presidente apresentou quadro de pré-síncope, também conhecido como quase-síncope. Trata-se da sensação de que se vai desmaiar, mas sem que ocorra, de fato, a perda de consciência.

Nesta quarta-feira (17), também foi confirmado o quadro de câncer de pele de Jair Bolsonaro. De acordo com Cláudio Birolli, médico responsável pela equipe cirúrgica, diversas lesões foram removidas do ex-presidente.

Pré-sincope é um alerta

Trata-se de um alerta importante do corpo de que há algo errado, geralmente relacionado à diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. Esse quadro costuma durar de alguns segundos a poucos minutos e pode vir acompanhado de sintomas como fraqueza, suor excessivo, náuseas, palpitações, dor abdominal, visão turva ou a presença de pontos escuros na visão.

Embora a pessoa não chegue a desmaiar, a sensação é bastante desconfortável e pode ser um sinal de alerta para condições mais sérias, especialmente se ocorrer com frequência. Identificar os sinais precoces da pré-síncope é essencial para evitar complicações e buscar atendimento médico quando necessário.


Entenda o que é a pré-sincope (Vídeo: reprodução/YouTube/@Professor Emerson Marques)

A principal causa da pré-síncope é a queda repentina da pressão arterial, que compromete a irrigação sanguínea no cérebro. Situações como ansiedade intensa, medo, estresse emocional, desidratação e o uso de certos medicamentos para pressão podem desencadear o episódio.

Alguns fatores de risco aumentam a chance de uma pessoa apresentar pré-síncope. Entre os principais estão a hipertensão, o diabete, histórico de uso de produtos com tabaco, episódios anteriores de pré-síncope e o fato de ser do sexo feminino.

Síncope é diferente da pré-sincope

Apesar da pré-sincope os sintomas trazerem escurecimento da visão, fraqueza e sensação de desmaio, na síncope o paciente chaga a de fato desmaiar, quando o fluxo sanguíneo do cérebro cai, causando o desmaio.


Médico explica sobre diagnóstico de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/@UOL)

Especialistas relatam que a queda da pressão pode ser provocada por diversos fatores, entre os mais comuns estão a desidratação, o uso de medicamentos, sangramentos ou infecções graves, além da chamada hipotensão postural, que ocorre quando a pressão cai ao se levantar de forma abrupta.

Após se sentir mal e ser internado, Bolsonaro recebe alta hospitalar

O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira (17) em Brasília, depois de ter sido internado na terça-feira (16) em um hospital privado da cidade. Ele deu entrada com sintomas de vômitos, tontura e pressão baixa. Durante a internação, recebeu hidratação e medicamentos por via endovenosa e apresentou melhora dos sintomas e da função dos rins. Com a alta, Bolsonaro volta para a prisão domiciliar, onde continuará recebendo acompanhamento médico.

Para ir ao hospital, a defesa dele precisou informar à Justiça os motivos da saída. Segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro pode ir ao hospital em casos de emergência, desde que comprove o motivo em até 24 horas.

Lesões na pele e diagnóstico

No domingo (14), Bolsonaro passou por cirurgia para remover oito manchas na pele. O exame mostrou que duas delas eram câncer de pele, chamado carcinoma de células escamosas, localizado apenas na camada superficial. Esse tipo de câncer não é agressivo e não se espalhou para outras partes do corpo, por isso não será preciso fazer outra cirurgia. Mesmo assim, ele seguirá sendo acompanhado periodicamente pelos médicos para garantir que tudo esteja bem.

O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro, explicou que o carcinoma de células escamosas é comum e geralmente aparece por causa do sol. Ele também destacou que esse tipo de câncer tem baixo risco de se espalhar, diferente do melanoma, que é mais perigoso.


Bolsonaro saindo do hospital (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina)

Cuidados futuros e acompanhamento

Com a melhora do quadro, Bolsonaro continuará em prisão domiciliar, com acompanhamento médico regular. Os cuidados incluem monitorar a função dos rins e verificar periodicamente as lesões de pele. A equipe médica afirmou que, apesar do diagnóstico de câncer, o ex-presidente está estável e não precisa de novos procedimentos por enquanto.

O caso mostra a importância de acompanhar a saúde da pele e de tratar rapidamente qualquer lesão, principalmente para quem já teve exposição prolongada ao sol, como Bolsonaro.

Jair Bolsonaro tem câncer de pele confirmado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o diagnóstico de câncer de pele, conforme informou nesta quarta-feira (17) o médico responsável pela equipe cirúrgica, Cláudio Birolli, durante uma coletiva de imprensa. Conforme o especialista, foram removidas oito lesões. Entre elas, sete apresentavam suspeitas de câncer de pele.

Após a análise, duas confirmaram tratar-se de carcinoma de células escamosas, um tipo de tumor considerado intermediário em termos de agressividade. Com isso, trata-se, de fato, de uma forma de câncer de pele.

De acordo com Birolli, este câncer consiste em lesões que, neste momento, precisam apenas de avaliações e acompanhamentos, pois continuam em uma fase precoce. O médico ainda informou que há muitas lesões de pele e que não é possível retirá-las de uma vez. Algumas delas são ceratoses, ou seja, alterações na pele que precisam de vigilância, pois se não houver cuidado e tratamento, podem evoluir para câncer. Mas no momento não é necessário fazer cirurgia.

O Hospital DF Star também divulgou um boletim médico detalhando a situação do câncer de pele de Bolsonaro: “O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo (14/9) mostrou a presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’, em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico.”


Carlos Bolsonaro fala sobre a saúde do pai (Vídeo: reprodução/YouTube/@Metrópoles)

Carcinoma de células escamosas

O carcinoma de células escamosas é um tipo de câncer de pele que se desenvolve nas camadas mais externas da pele, geralmente em áreas do corpo constantemente expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços e pernas. Também chamado de carcinoma espinocelular ou epidermoide, esse tumor pode ser apresentado como uma lesão avermelhada ou amarronzada, de superfície áspera, que não cicatriza. O tratamento varia de acordo com fatores como o tamanho e a profundidade do tumor, sua localização, além da idade e do estado geral de saúde do paciente.

Entenda a pré-sincope apresentada por Bolsonaro

Há menos de 48 horas, o ex-presidente já havia comparecido ao hospital, entretanto, precisou voltar após o quadro de vômitos, soluços e pré-sincope. Esse quadro é uma sensação de quase desmaio, ou seja, você tem a sensação de que irá desmaiar, mas o fato não ocorre. Pode ser apresentado também um quadro de perda de consciência, além de fraqueza, suor, estômago embrulhado, palpitações cardíacas e visão turva.


Flávio Bolsonaro atualiza estado de saúde de Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/@Record News)

Causa da pré-sincope

A causa deste quadro pode ser associada à falta de fluxo sanguíneo para o cérebro, principalmente associada à queda de pressão. As principais causas podem ser ansiedade, eventos traumáticos ou perturbadores, medo, desidratação e até medicamentos para pressão, problemas cardíacos e outras condições.

O diagnóstico depende de uma análise clínica detalhada, medição da pressão em diferentes posições e exames como o eletrocardiograma. O tratamento envolve medidas simples como hidratação e uso de meias de compressão, até intervenções médicas específicas quando há suspeita de doenças.

Carlos Bolsonaro detalha sintomas de Jair Bolsonaro e menciona possível câncer

A saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a preocupar após sua internação em Brasília no último domingo (14). Ele passou por um procedimento para a retirada de oito lesões na pele e foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro, além de ter tido pneumonia recentemente.

Além disso, ele enfrenta vômitos frequentes, crises de soluço e dificuldade para se alimentar, sintomas que levantam suspeitas sobre possíveis complicações mais graves, incluindo câncer e uma nova hérnia abdominal.

Carlos expõe preocupações em live

Durante uma transmissão nas redes sociais, Carlos Bolsonaro (PL-RJ) relatou que o pai vem apresentando sintomas preocupantes. Segundo o vereador, Jair Bolsonaro sofre com vômitos constantes e crises de soluço, até mesmo durante o sono. “Tiraram sete pedaços profundos de pele nele para averiguar a possibilidade de um câncer. É uma situação agoniante”, afirmou o vereador.

No último domingo (14), Bolsonaro foi submetido à remoção de oito lesões na pele, que foram encaminhadas para biópsia. A operação, considerada complexa pela equipe médica, reforçou a necessidade de exames adicionais. A hipótese de câncer ainda não foi descartada. Os resultados preliminares devem sair nos próximos dias.


Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)

Anemia e novas complicações

Além das lesões, o ex-presidente foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro e pneumonia recente. Carlos Bolsonaro também mencionou a suspeita de uma nova hérnia abdominal, ainda em estágio inicial, que pode exigir tratamento específico caso seja confirmada.

De acordo com relatos da família, Bolsonaro tem enfrentado dificuldades crescentes para se alimentar, o que agrava o quadro clínico. A perda de apetite, somada aos episódios de vômito e à baixa de ferro, preocupa médicos e aliados políticos.

Impacto político em debate

Caso os exames confirmem um problema mais grave, a condição de saúde pode repercutir no cenário político. Aliados avaliam que uma eventual limitação física de Bolsonaro abriria espaço para disputas de liderança entre herdeiros e apoiadores, em um momento estratégico para a oposição, que busca se reorganizar com foco nas eleições de 2026.

Segundo a equipe médica, Bolsonaro deve permanecer internado pelo menos até quarta-feira (17), quando novos exames indicarão o andamento do tratamento e confirmarão ou descartarão as suspeitas levantadas.

Bolsonaro: médico segue para Brasília após ex-presidente apresentar mal-estar

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado às pressas na tarde desta terça-fera (16), após ter um mal-estar. Bolsonaro apresentou crise de pressão, vômitos e soluços. A ida ao hospital teve de ser autorizada por um médico, pois ele se encontra em prisão domiciliar e só permite que ele vá ao hospital em caso de emergência. Mas determina que o ex-presidente comprove o motivo médico da saída em até 24h.

Bolsonaro passou por cirurgia no domingo

Bolsonaro precisou passar por um pequeno procedimento hospitalar para retirar lesões da pele e fazer uma biópsia, em um hospital no DF Star, em Brasília. Segundo os resultados de seus exames, o ex-presidente apresentou anemia, e a tomografia revelou vestígios de uma pneumonia recente.

Alexandre de Moraes liberou a ida de Bolsonaro ao hospital, mas exigiu da defesa que fosse dado a ele um atestado a ele do momento em que Bolsonaro saiu de casa ao hospital, e do momento que deixou o hospital e chegou em casa. Moraes ainda exigiu explicações da defesa pela demora da entrega do atestado de Bolsonaro e da volta para casa no domingo, após a saída do hospital, o ex-presidente encontrou jornalistas e apoiadores com bandeiras dos Estados Unidos e do Brasil na porta do hospital, e foi questionado sobre o seu estado de saúde, mas optou por manter o silêncio.

O médico de Bolsonaro que o atendeu no domingo disse que os procedimentos não tiveram intercorrências e que ele seguiria para casa. A situação da saúde de Bolsonaro segue em acompanhamento até a chegada de seu médico Cláudio Birolini, diretor de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), no hospital em que ele está internado.


Bolsonaro deixa prisão domiciliar para ir a hospital, após passar mal, queda de pressão e vômitos ( Vídeo: reprodução/ Youtube/ Uol)

Prisão domiciliar

Bolsonaro segue em prisão domiciliar, mesmo após a decisão do Supremo Tribunal Federal de condená-lo a 27 anos e 3 meses, por golpe de Estado e mais quatro crimes na última quinta-feira, (11/09).

A Defesa do ex-presidente irá apresentar recursos no STF  para dar uma possível redução da pena, ou a garantia de benefícios maiores, pois como Bolsonaro já tem uma idade avançada, ele também irá precisar de mais atenção e de cuidados, por conta seus problemas de saúde, e de suas recentes cirurgias.

Defesa de Bolsonaro apresenta atestado médico ao STF

Nesta terça-feira (16), a defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a documentação médica que atesta o comparecimento do mesmo ao hospital no último domingo (14).

Bolsonaro recebeu autorização de Moraes para se ausentar da prisão domiciliar e se deslocar até o hospital onde realizou exames.

Está foi a primeira vez que o ex-presidente deixou sua residência após a condenação. No local, ele se limitou a apenas interagir com sorrisos discretos, sem nenhuma interação verbal.

Exigência do atestado

A comprovação do comparecimento de Bolsonaro ao hospital é uma exigência de Alexandre de Moraes à defesa do ex-presidente.

Jair Bolsonaro deu entrada no local às 8h da manhã e foi liberado por volta das 14h. No entanto, na segunda-feira (15), Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal apresentasse justificativa dentro de 24 horas sobre o porquê do retorno do ex-presidente não ter sido feito imediatamente após a alta médica.

Às 13h55, após alta, Bolsonaro e sua equipe médica permaneceram na porta do hospital enquanto jornalistas perguntavam sobre seu quadro de saúde. O ex-presidente ficou aproximadamente seis minutos acompanhando a entrevista dos médicos em frente às câmeras.

Durante todo trajeto entre sua residência e o hospital, Bolsonaro foi escoltado pelo total de 12 veículos da Polícia Penal entre motos e carros. Esta também foi uma determinação de Alexandre de Moraes.


Bolsonaro deixa hospital após exames (Vídeo: reprodução/youtube/@metropoles)

Relatório médico

Ao chegar no hospital acompanhado por seu filhos Carlos e Jair Renan, Jair Bolsonaro foi recebido por cerca de 50 apoiadores, além de jornalistas e viaturas da polícia militar que atuavam no reforço da segurança local.

De acordo com o boletim médico apresentado, Bolsonaro tem um quadro de anemia provocado por deficiência de ferro e, conforme exames de imagem, há um residual de uma pneumonia recente que foi adquirida por broncoaspiração.

Houve também a remoção cirúrgica de lesões na pele, onde algumas passarão por biópsia e o resultado será apresentado por sua equipe médica responsável nos próximos dias.

No mais, o atestado informa que Bolsonaro deverá seguir com seu tratamento para hipertensão arterial, refluxo gástrico e seguir as medidas preventivas de broncoaspiração.

Liderança da câmara freia anistia ampla a Bolsonaro após condenação

Após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, restou o debate sobre uma possível anistia, mas a proposta enfrenta barreiras no Congresso Nacional. Fontes próximas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), indicam que a iniciativa não tem o apoio político necessário, sendo vista como impopular pela sociedade. Interlocutores avaliam não haver votos para um “perdão geral”, embora haja chances de avançar uma alternativa mais branda, que não inclua a recuperação da elegibilidade de Bolsonaro.

Obstáculos para a ampla anistia no parlamento

Em um almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, Hugo Motta recebeu um reforço da posição do governista para que o projeto não seja pautado. A dificuldade em aprovar o projeto também foi sinalizada pelo próprio Motta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vinha intensificando as articulações em favor do ex-presidente Bolsonaro. Motta deixou claro que não pretende levar adiante uma medida que possa ser interpretada como um confronto direto com o Judiciário. A oposição, contudo, mantém o cronograma para viabilizar a anistia, mesmo diante da forte rejeição popular, com um levantamento Datafolha indicando que 54% dos brasileiros são contra a ideia.

Alternativas mais viáveis do que a ampla anistia

Enquanto a anistia total enfrenta resistências, outras frentes estão em debate. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União–AP), articula uma proposta que altera o Código Penal para diminuir as penas dos envolvidos no 8 de janeiro, mas sem conceder um perdão amplo. A versão de Alcolumbre não trataria da situação de Bolsonaro e poderia ter mais chances de prosperar se houver consenso entre o Congresso e o STF.

Divisões internas entre bolsonaristas

Paralelamente, o movimento pró-Bolsonaro enfrenta turbulências internas. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, gerou um mal-estar na base ao admitir a existência de um “planejamento de golpe”, embora tenha recuado da declaração posteriormente. A fala, no entanto, ampliou a insatisfação de uma ala do bolsonarismo que já era distante do dirigente. Figuras como o ex-ministro Ricardo Salles e Fabio Wajngarten criticaram publicamente a declaração, indicando uma falta de coesão na estratégia.


Hugo Motta troca relator da “PEC da Blindagem” (Reprodução/X/@analise2025)

Outra estratégia em jogo

Caso o projeto de anistia não avance, outras medidas estão sendo avaliadas pela cúpula do Congresso. Uma delas é a possibilidade de “desenterrar” a PEC da Blindagem, que busca limitar investigações contra parlamentares. A manobra é vista como uma forma de o Legislativo enviar um recado ao Judiciário, especialmente em um momento no qual diversos congressistas são alvos de investigações.