Bem Estar

Retirada de implantes nos seios aumenta diante de doença autoimune

A busca pela retirada de próteses nos seios tem aumentado cada vez mais com o surgimento de uma doença autoimune causada por eles e de movimentos de aceitação corporal.

28 Out 2021 - 13h47 | Atualizado em 28 Out 2021 - 13h47
Retirada de implantes nos seios aumenta diante de doença autoimune Lorena Bueri

Cada vez mais, é possível ver nas redes sociais, mídias e na própria sociedade o movimento body positive, ou seja, de aceitação corporal. Corpos diversos, com mamas de todos os tipos e tamanhos, têm sido celebrados, em oposição à pressão pela beleza que comprovadamente causa inúmeros problemas de saúde mental. Com isso, aumenta cada vez mais a busca pela retirada de implantes mamários; porém, essa não é a única causa para essa procura. Os médicos também têm identificado uma nova doença autoimune causada pelas próteses nos seios.


Paciente da Síndrome Asia. (Foto: Reprodução/Danielle Barreiros/VEJA Rio)


Trata-se da ASIA (Autoimmune Syndrome Induced by Adjuvants, ou, em português, Síndrome Autoimune Induzida por Adjvantes), doença rara causada por, entre outros motivos, uma resposta inflamatória do corpo à presença do silicone. São mais de 40 sintomas, entre eles: dores nas mamas e nas articulações, cansaço, problemas relacionados ao sono, perda de memória, febre e boca seca. O primeiro registro feito na literatura sobre a síndrome é relativamente recente em comparação ao tempo de existência da colocação das próteses; foi feito em 2011.

A jornalista Mayra Santos foi uma das pessoas que sofreram da síndrome, conforme relata em vídeo postado no Instagram.


Mayra relatando sua experiência com a síndrome. (Vídeo: Reprodução/Instagram)


Mayra, que fez cinco aplicações de silicone desde 1990, relata que os problemas foram inúmeros, como cansaço extremo, perda de memória, formigamentos, queda e ressecamento do cabelo, unhas fracas, zumbidos no ouvido, erupções na pele e dificuldade para respirar. Contudo, houve uma demora para que recebesse o diagnóstico, porque seus exames sempre mostravam resultados normais. Os especialistas diziam que seus sintomas eram consequência de problemas emocionais, até que um deles mostrou para ela uma lista com os sintomas da síndrome.

 

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Foi quando, ao pesquisar mais afundo, ela ficou sabendo que o modelo que foi utilizado na última aplicação havia sido reprovado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que analisa a segurança de produtos comercializados no Brasil. Ela resolveu, então, retirar os implantes e conta que se sente cada vez melhor.

Para quem decidir retirar as próteses, seja por conta da busca pela aparência natural de seu corpo, seja para prevenir a ocorrência, além de outras complicações, da ASIA, há as opções da lipoenxertia ou lipofiling das mamas para compensar total ou parcialmente o volume que será perdido com a retirada. É importante lembrar também que o diagnóstico deve ser feito por um mastologista, médico especialista em mamas, e não pela própria pessoa.

 

Foto Destaque: Silicones mamários. Reprodução/Shutterstock

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