Conforme dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), somente em 2018 foram realizadas 63.969 cirurgias bariátricas no país, 4,38% maior do que no ano anterior.
A indicação clássica para que um paciente passe pelo procedimento é quando o mesmo tenha o IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40. Para o cálculo, divide-se o peso pela altura ao quadrado. Além disso, o paciente em questão tentou emagrecer pelo período de dois anos com medidas clínicas, tendo ajuda de um endócrino e um nutricionista, sem sucesso.
“O tempo é comprovado com a carta de um endocrinologista” explica o Dr. Wanderson Gonçalves. “Esse paciente tentou emagrecer com remédio, atividade física e alimentação regrada, porém, não conseguiu. Sendo assim, tem a indicação da bariátrica.” acrescenta.
A segunda indicação é para pacientes com IMC entre 35 e 39, porém, que tenham alguma comorbidade associada, seja ela diabetes, pressão alta, doenças articulares, doenças do coração, apneia do sono, dentre outras.
Benefícios da cirurgia
Além de reduzir o peso, o procedimento pode resultar no controle dessas patologias associadas, principalmente as doenças vasculares, como a hipertensão e o diabetes.
“Há casos em que pacientes deixam até de usar remédio para hipertensão. A sobrecarga que ele tinha é diminuída. No caso do diabético, ao emagrecer, o tratamento com a insulina cai gradativamente e ele passa a ser um dependente apenas por via oral.” esclarece o Dr. Wanderson.
Quanto às doenças articulares, caso a pessoa já tenha tido uma lesão, essa perda não tem melhora. Contudo, a diminuição de peso impede que tal lesão progrida.
Uma vida mais saudável
O ganho que o paciente tem após a cirurgia bariátrica não é somente com a diminuição do peso, mas principalmente em relação ao aumento da sua qualidade de vida. Ele passa a andar mais, subir escadas e inclusive amarrar os sapatos, situação essa que muito o incomodava, já que não conseguia se agachar.
Acompanhamento pós-cirúrgico é essencial
Quando o paciente faz a cirurgia e não tem adesão aos novos hábitos saudáveis, como a prática de atividade física, alimentação balanceada, o mesmo pode voltar a engordar.
“Conta-se cinco anos para início da estabilização do peso do paciente logo após a cirurgia. Se o paciente, durante esse período, mantiver uma dieta saudável, continuará com o peso ideal para o resto da vida. Porém, nesse meio tempo, se ele ficou quebrando a dieta o tempo todo, a chance de ganhar quilos é maior do que quem seguiu a dieta adequadamente.” confere o médico.
Refazendo a cirurgia
Há como refazer a cirurgia bariátrica. Ela é denominada cirurgia bariátrica revisional. Porém, os casos são muito bem selecionados.
“Temos pacientes que estagnam seu peso e não conseguem emagrecer mais. Contudo, os mesmos têm acompanhamento endócrino adequado, fazem todas as dietas, exercícios físicos. Esse é um dos motivos que os levam a partir para uma revisional aumentando o desvio do intestino, por exemplo.” exemplifica o Doutor Wanderson.
O procedimento revisional também é indicado ao o paciente fez a cirurgia ‘Sleeve’, porém, não perdeu o tanto de peso necessário.
“O paciente precisa de um acompanhamento psicológico e com o endocrinologista antes de pensar na cirurgia de novo.” finaliza o Dr. Wanderson Gonçalves.
Dr. Wanderson Gonçalves - CRM 175640
O Dr. Wanderson Gonçalves é médico especialista em cirurgias minimamente invasivas, um dos médicos mais reconhecidos que atuam em cirurgia do aparelho digestivo em SP, aplicando cirurgias videolaparoscópicas do aparelho gastrointestinal, incluindo cirurgias oncológicas.
Acesse o site: www.wgacirurgiageral.com.br
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