Saúde

Entenda como funciona o jejum intermitente e quais são os riscos 

A prática de realizar atividade física em jejum virou febre devido seus benefícios, como a perda de gordura, porém ficar sem se alimentar não é o mais recomendado para todas as pessoas

24 Fev 2024 - 09h16 | Atualizado em 24 Fev 2024 - 09h16
Entenda como funciona o jejum intermitente e quais são os riscos  Lorena Bueri

O jejum intermitente tem se popularizado nos últimos anos por conta dos efeitos gerados no corpo, que incluem desde a perda de gordura até a reparação celular. A ideia da prática, no entando, não surgiu para fins estéticos. Datada dos anos 2000, para estudar atletas muçulmanos de alto desempenho durante o Ramadã, isto é, um período de jejum da aurora ao por do sol que ocorre anualmente. Sua populariazação só veio a ocorrer anos mais tarde com o livro 'O Método da Dieta', de Mónica Katz. 

Sua prática pode ser feita de diversos modos, incluindo o método 5:2, que envolve comer normalmente por cinco dias e jejuar nos outros dois, ou alternar períodos de alimentação e jejum ao longo do dia. Embora estudos sugiram que o jejum intermitente pode ter efeitos positivos na saúde, como a redução da inflamação e melhora de condições como Alzheimer e artrite, é importante considerar a individualidade de cada pessoa ao adotar esse estilo alimentar. 

A qualidade dos alimentos consumidos ao quebrar o jejum também é crucial, pois alimentos ricos em gordura, açúcar ou sódio podem neutralizar os benefícios da prática. Proteínas, fibras e gorduras saudáveis são recomendadas para a alimentação, como legumes, ovos, peixes, nozes e abacate. A supervisão de um nutricionista é aconselhável para garantir que o jejum intermitente seja seguro e eficaz, adaptado às necessidades individuais e objetivos de saúde de cada pessoa.

Efeitos no corpo

A revista Nature Medicine publicou um estudo analisando os benefícios do jejum intermitente, sendo eles a mais eficaz redução do risco de diabetes tipo 2 em comparação com uma dieta de restrição diária de calorias. Foi observado que aqueles que praticaram três dias de jejum não consecutivos, com uma brecha alimentar restrita das 8h às 12h, tiveram maior tolerância à glicose após seis meses do que aqueles que adotaram uma dieta convencional. 

A sensibilidade à insulina também foi maior nos participantes do grupo de jejum intermitente, além de terem experimentado uma redução significativa nos níveis de lipídios no sangue. Outra pesquisa realizada por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego sugeriu que o jejum intermitente pode contribuir para atrasar o aparecimento do Alzheimer. 

Além disso, a importância não apenas dos alimentos consumidos durante a janela de alimentação, mas também dos horários das refeições, é importante para determinar o ganho de peso. Uma pesquisa publicada na revista Cell Metabolism indicou que comer durante o dia, até o final da tarde, pode resultar em perda de peso e melhora na sensibilidade à insulina, em comparação com iniciar a janela alimentar à tarde e encerrá-la à noite. Especialistas recomendam alinhar as janelas de alimentação com o ciclo circadiano natural do corpo, preferencialmente entre as 8h e 12h ou 8h e 16h, para otimizar os benefícios à saúde.


Especialistas recomentam seguir o ciclo arcadiano (Foto: reprodução/Vecteezy)


Cuidados para a prática

Embora haja alguns benefícios atrelados ao jejum intermitente, a maioria dos estudos sobre o tema foi realizada em modelos animais, levantando a necessidade de cautela na interpretação dos resultados em seres humanos devido às diferenças entre os organismos. Especialistas também alertam para a falta de estudos sobre os possíveis riscos dessa prática e questionam sua viabilidade como um estilo de vida sustentável. 

A prática do jejum intermitente pode levar à hipoglicemia, sendo desaconselhada para gestantes, lactantes, crianças, adolescentes, idosos, pacientes com diabetes tipo 1 e pessoas imunocomprometidas. Além disso, sintomas como dores de cabeça, tontura e dificuldade de concentração podem ser observados durante o período de restrição alimentar, evidenciando a importância de uma avaliação individualizada antes de aderir a essa dieta.

Foto destaque: Mesmo com benefícios, o jejum intermitente é desaconselhado para algumas pessoas (Reprodução/Master1305/Freepik/Clínica WA)

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