Brasil detecta a nova variante XFG da Covid-19

Cepa XFG da Covid-19 em crescimento global foi detectada no Brasil sem indícios de maior gravidade ou escape vacinal, vacinação segue sendo essencial

08 jul, 2025
Injeção durante testes de vacina | Reprodução/David Greedy/Getty Images Embed
Injeção durante testes de vacina | Reprodução/David Greedy/Getty Images Embed

O Brasil registrou os primeiros oito casos da variante XFG da Covid-19, sendo seis no Ceará e dois em São Paulo. Essa nova cepa está se tornando mais comum em todo o mundo. As informações disponíveis até o momento não sugerem que a XFG cause quadros mais graves da doença do que outras variantes já em circulação.

O Ministério da Saúde informou que está monitorando continuamente o vírus SARS-CoV-2. Em relação aos casos da XFG, não houve registro de óbitos entre os pacientes infectados. A pasta reforça que a vacinação continua sendo a principal ferramenta para prevenir casos graves e mortes por Covid-19.

O que se sabe sobre a XFG no Brasil

A XFG é uma das sete variantes classificadas como “sob monitoramento” (VUM) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa classificação é dada a cepas que apresentam mudanças genéticas significativas, indicando um potencial de crescimento maior, mas cujo impacto continua sendo investigado.


Uma visão microscópica do coronavírus no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em Atlanta, Geórgia (Foto: reprodução/CDC/Getty Images Embed)

A OMS explica que a XFG surgiu da combinação de duas versões anteriores do vírus. A apresentação clínica da doença aparentemente não mudou, com sintomas como coriza, dor de garganta e mal-estar, geralmente limitados a infecções respiratórias superiores, sem a mesma capacidade de invasão pulmonar vista em outras fases da pandemia.

Crescimento global e o papel da vacinação

A variante XFG mostra crescimento global significativo, atingindo 22,7% dos casos sequenciados em junho, um aumento de 7,4% em quatro semanas, e com alta prevalência nas Américas e EUA. Apesar disso, a OMS avalia o risco à saúde pública como baixo, pois não há indícios de maior gravidade ou escape vacinal.

No Brasil, a vacinação permanece essencial para grupos prioritários como gestantes, idosos e crianças, com doses indicadas permanentemente ou em esquema de reforço anual/semestral. Casos de Covid-19 no país seguem em patamares baixos, com queda expressiva em relação ao ano anterior.

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