SUS oferecerá implante contraceptivo Implanon a partir do segundo semestre
Implante contraceptivo de longa duração será incorporado ao SUS; o governo federal planeja distribuir 1,8 milhão de unidades gratuitamente até o ano de 2026

O Ministério da Saúde confirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, ainda no segundo semestre de 2025, o Implanon, implante hormonal contraceptivo com eficácia de até três anos. A iniciativa foi aprovada após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e representa um avanço nas políticas públicas voltadas ao planejamento reprodutivo e à saúde da mulher.
Implante oferece proteção de longa duração e retorno rápido da fertilidade
O Implanon é um bastão fino, flexível e discreto, com cerca de 4 cm de comprimento, que é inserido sob a pele do braço por profissionais capacitados. Ele contém 68 mg de etonogestrel, um hormônio que atua impedindo a ovulação e tornando o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides. O método proporciona uma proteção contínua contra a gravidez por até três anos.
Entre as vantagens estão a alta eficácia, comparável à da laqueadura, a praticidade, por dispensar o uso diário, e a reversibilidade: a fertilidade costuma retornar rapidamente após a retirada. Segundo o Ministério da Saúde, mulheres que pretendem engravidar após a utilização do Implanon não terão problemas no processo de concepção.
Meta é ampliar acesso e autonomia reprodutiva das mulheres
A previsão é de que 500 mil unidades sejam distribuídas ainda este ano, com um total de 1,8 milhão até 2026. O investimento federal previsto é de R$ 245 milhões, considerando que cada unidade do implante custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
SUS começa a disponibilizar implante contraceptivo hormonal gratuitamente (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Atualmente, o único método de longa duração disponível na rede pública é o DIU de cobre. A inclusão do Implanon no SUS amplia o leque de métodos contraceptivos oferecidos gratuitamente, que já inclui anticoncepcionais orais e injetáveis, preservativos, laqueadura e vasectomia. Para a secretária Ana Luiza Caldas, a medida representa mais um passo na construção de políticas de saúde que respeitam a autonomia das mulheres e suas decisões sobre o próprio corpo.