Desenvolvimento infantil se torna mais lento devido ao tempo de tela

Muitas mães e pais ja deixaram seus filhos assistindo desenhos ou até mesmo jogando para poderem cuidar de seus afazeres, acalmar uma crise de choro, distrair os pequenos, porém, estudo japonês mostra o quanto esse hábito no primeiro ano de vida pode dificultar o avanço da fala da criança dos 2 até os 4 anos de idade.

Estudo foi feito por Universidade japonesa

Um novo estudo, publicado nesta segunda-feira (21/08), na revista científica JAMA Pediátrica, traz dados comprovando o quanto o tempo de exposição de crianças às telas, no primeiro ano de vida, causa um atraso na forma como a comunicação e a resolução de problemas deveriam se desenvolver, entre os 2 e 4 anos. Pesquisadores da Universidade de Tohoki, no Japão, descobriram o fato após analisarem em torno de 7.000 bebês, desde 2013 até 2017.

Responsáveis pelos bebês preencheram um questionário que respondia a quantidade de horas dos filhos frente às telas como,TV, videogames, DVDs, tablets e celulares, tanto em desenhos animados, quanto em jogos de internet. As questões tinham 5 opções de resposta: Nenhuma, menos de uma hora, uma a duas horas, duas a quatro e quatro ou mais horas. 


   Uso excessivo de telas pode prejudicar o desenvolvimento da comunicação de crianças (Foto: Getty Images Via BBC News Brasil)


Dentre as respostas, 48,5% dos pesquisados deixam seus filhos usarem as telas por menos de uma hora, 29,5% entre uma e duas horas, 17,9% deixam entre duas e quatro horas e apenas 4,1% das crianças ficam por mais de quatro horas por dia olhando para telas.

Telas devem ser usadas de forma educativa

Também foram analisados alguns fatores como comunicação, coordenação motora (movimento de braços) e a resolução de problemas, além das habilidades social e pessoal. Assim, os cientistas chegaram a conclusão de haver um atraso na forma como as crianças se comunicam e também na capacidade de resolver problemas, em crianças que passaram muito tempo em contato com as telas.

Os especialistas aconselham que os momentos em que esses dispositivos são utilizados, devam ser, além de divertidos, educacionais e com tempo menor. “Uma meta-análisemostrou que o maior uso da tela foi associado à diminuição das habilidades de linguagem, enquanto o tempo de tela gasto em programas educacionais foi associado ao aumento das habilidades de linguagem. Como é difícil limitar o tempo de tela em geral no mundo atual dos dispositivos eletrônicos, pode ser benéfico identificar e limitar os aspectos do tempo de tela associados a atrasos no desenvolvimento, aproveitando os aspectos educacionais”, dizem os autores do estudo.

Foto destaque: Criança se distrai com tablet. Reprodução/ Pixabay via O Tempo/Victoria Borodinova

65 mil brasileiros estão na fila por órgãos, enquanto 386 aguardam por um coração

Segundo o Ministério da Saúde, no momento, mais de 65 mil indivíduos se encontram aguardando na fila por transplantes de órgãos no Brasil, registrando um dos números mais elevados dos últimos 25 anos. Dentre eles, há 386 pacientes na expectativa por um transplante de coração, conforme os dados mais recentes do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), atualizados em 16 de agosto.

O caso Faustão

A recente piora no estado de saúde do apresentador Fausto Silva, que está hospitalizado por insuficiência cardíaca, acrescenta mais um nome à lista de espera por um coração. O transplante de coração é especialmente delicado devido à escassez desse órgão vital, que só pode ser doado após a morte cerebral de outra pessoa e requer compatibilidade em diversos aspectos, como peso, altura e tipo sanguíneo.


65 mil pessoas emperam por um transplante (Foto: Reprodução/iStock/Uol)


Embora o número de pessoas aguardando por um coração seja menor em comparação com outros órgãos, a urgência é maior, uma vez que o transplante de coração é muitas vezes a última alternativa de tratamento para pacientes em estado crítico. No entanto, o tempo de espera varia de 2 a 18 meses, dependendo da gravidade do paciente e da compatibilidade com um doador.

Lista extensa

A lista de espera por transplantes no Brasil é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e leva em consideração a ordem cronológica, mas também considera prioridades médicas, permitindo que pacientes mais graves avancem na fila. A doação de órgãos é estritamente regulamentada no país, sendo proibida a venda ou compra de órgãos humanos.

De acordo com dados do SNT, após os rins, a fila é mais longa para córneas, fígado, pâncreas e rim combinados, seguido pelo coração. A mortalidade na fila de espera por um transplante de coração é uma preocupação, com 24% dos pacientes no Brasil falecendo antes de receberem o órgão necessário.

A recusa das famílias em permitir a doação de órgãos tem sido um desafio crescente, com uma taxa de recusa atingindo 50% após a pandemia, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Embora a legislação brasileira permita que a decisão de doar órgãos seja da família em caso de morte, essa alta taxa de recusa dificulta a operação dos sistemas de transplante do país, que poderiam salvar vidas. É urgente conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos para lidar com essa crise na saúde pública.

 

Foto destaque: Transplante de orgãos. Reprodução/Medicinasa

Veja o que significa TDI e como é conviver com mais de uma identidade

A sigla TDI refere-se ao Transtorno Dissociativo de Identidade, que nomeia uma condição rara da mente humana, onde a pessoa apresenta várias identidades convivendo dentro de si, com vozes, comportamentos, idades e personalidades distintas.

Neste último domingo (20), o Fantástico apresentou dois depoimentos de pessoas com o transtorno: o de uma mulher com 18 identidades e o de outra com 28, que contaram um pouco como é viver desta forma. Em uma das entrevistas, no final, as identidades começaram a se revezar para conversar com a repórter. As duas mulheres relataram a dificuldade que as pessoas têm em acreditar que é uma condição real que elas vivem, que são chamadas de loucas e de dissimuladas.


Sentimento de invasão (Foto: reprodução/Freepik)


TDI segundo a ciência

Anteriormente chamado de Transtorno de Personalidade Múltiplas, o transtorno dissociativo de identidade/alter ego/estado do eu, não é algo com que se nasce, mas é desenvolvido a partir de traumas opressivos na infância, que leva a pessoa com a condição a apresentar lacunas (período de tempo, geralmente relacionado ao passado) ou lapsos (momentos recentes ou habilidades) de memória diários. O diagnóstico é realizado através da análise da história da pessoa, com o auxílio de hipnose, ou de conversas facilitadas por fármacos. Seu tratamento baseia-se em psicoterapia, e a utilização de fármacos é feita apenas se o paciente apresentar depressão ou ansiedade.

O número de identidades que alguém pode apresentar é variável, algumas podem interagir entre si (em um mundo mental), podem ter consciência de experiências vividas por outras, ou podem ser isoladas, não interagindo ou não sabendo das outras.


Violência infantil (Foto: reprodução/Freepik)


Explorando mais

Não nascemos conscientes de que somos um e nos desenvolvemos a partir de várias experiências. Como já mencionado anteriormente, a causa do TDI está diretamente relacionada a traumas opressivos na infância: abuso crônico (físico, sexual ou emocional); negligência; doenças graves; ou a perda precoce de alguém importante. O desenvolvimento do transtorno também pode ser potencializado pelo que é chamado de trauma por traição, quando responsáveis ou cuidadores apresentam inconstância de comportamento, ora sendo carinhosos e atenciosos, ora sendo abusivos.

Para se autopreservar a criança pode buscar “se distanciar”, encontrar uma forma de fugir daquela situação dentro de sua própria mente, dando assim espaço para que outra identidade surja. As várias situações traumáticas vividas podem dar origem a cada uma das identidades apresentadas.

A dificuldade em se diagnosticar corretamente o transtorno pode estar relacionado ao uso abusivo de álcool, substâncias ilícitas, práticas religiosas e culturais e por se caracterizar como comportamento fantasioso de criança. 


Transtorno de personalidade múltipla (Foto: reprodução/Pixabay)


Sintomas

Além de apresentar lacunas ou lapsos de memória, os pacientes também podem ouvir vozes, alucinações visuais, táteis e gustativas, o que pode levar ao diagnóstico equivocado de esquizofrenia. Também é comum apresentarem quadros de depressão e ansiedade, disfunção sexual, abuso de drogas, autolesão, automutilação e comportamento suicida.

Tipos de TDI

Possessão

É chamada desta forma pelo fato da manifestação da outra identidade ser indesejada, ou involuntariamente, e é acompanhada de aflição e sensação de deficiência. Sua identificação é mais evidente pela alternância brusca de características e comportamento.

Não possessão

Menos evidente, é como se a pessoa estivesse presente o tempo todo em que a outra identidade está dominando seu corpo, como se pudesse se observar “de fora”. Esta forma é caracterizada por amnésia dissociativa.

Desta forma, como para com toda doença mental, o conhecimento profundo da questão é primordial para a convivência com alguém com TDI. A aceitação da condição, paciência e auxílio no tratamento proposto pelo especialista são importantes.

 

Foto destaque: Múltiplas personalidades. Reprodução/Pixabay

STF valida trechos da Lei de Biossegurança, norma que regula transgênicos

O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou pela maioria dos votos validar trechos da Lei de Biossegurança, que regulamenta a fiscalização, produção e pesquisa sobre os transgênicos, alimentos geneticamente modificados. 

A ação foi ajuizada em 2005 pela Procuradoria Geral da República  (PGR), na época o relator era o ministro Celso de Mello, sendo aprovada no mesmo ano estabeleceu normas para a fiscalização para as atividades com transgênicos.   

A norma deu a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) a permissão para avaliar as consequências de uso do transgênicos para o meio ambiente avaliando se causará degradação ambiental a partir de seu uso. As atividades com organismos geneticamente modificados passariam a ser analisadas pela CTNBio somente nos casos onde houver risco de dano ambiental.

Lei de Biossegurança

Um dos trechos questionados na Lei de Biossegurança foi a concessão a CTNBio para avaliar a segurança dos transgênicos pelo viés ambiental. O ministro Gilmar Mendes afirmou que não existe diferença entre o licenciamento ambiental e a concessão da CTNBio. Durante a ação, dez trechos da lei de biossegurança foram contestados pela PGR.


Alimentos transgênicos (Foto:Reprodução/oeco).


Alimentos transgênicos

Os alimentos geneticamente modificados com alteração do código genético, aumentam a produção agrícola ajudando a otimizar o uso de matéria prima. A transgenia permite a transferência de características de interesse agronômico em espécies diferentes, mostrando ao alimento atributos dos quais ele não tinha antes. A comercialização e consumo de alimentos transgênicos é um tema bem divergente, com grupos a favor e outros contra.

A alimentação com esses alimentos pode ter efeitos para a saúde a longo prazo, como aumento de alergias e resistência ao uso de antibióticos reduzindo a eficácia dos remédios no corpo humano. Há também quem defenda os alimentos transgênicos pelos benefícios à agricultura devido ao aumento da produtividade. No Brasil, os alimentos mais cultivados com transgênicos são o milho e a soja.

 

Foto destaque: seringa sendo inserida no tomate. Reprodução/ CanalTech.

O fenômeno “Pré-Covid”: sintomas aparecem dias antes dos testes positivos com a variante Eris

Um número crescente de pessoas está relatando a manifestação de sintomas como dor de cabeça e congestão nasal cerca de uma semana antes de receberem resultados positivos em testes para Covid-19.

Muitos de nós, ao longo da pandemia, podem ter experimentado todos os sintomas típicos da Covid-19, apenas para obter resultados negativos nos testes. Porém, aproximadamente uma semana depois, os sintomas pioram e finalmente o resultado é positivo.

Este fenômeno, apelidado de “pré-Covid”, está surgindo novamente, coincidindo com um novo aumento nas infecções pelo vírus, provavelmente impulsionado pela propagação da variante Eris. De acordo com relatos compilados pelo Dailymail.com, dezenas de pessoas compartilharam suas experiências com o “pré-Covid” nas redes sociais.

Teoria da “/“/pré-Covid”/“/

Existem várias teorias para explicar esse fenômeno. Uma delas sugere que entre o surgimento dos sintomas da infecção e o teste positivo para a Covid, a pessoa pode ter tido uma infecção leve ou até mesmo outro vírus, enfraquecendo seu sistema imunológico e tornando-o mais suscetível à infecção por Covid.

Existe outra possível explicação é que nos estágios iniciais da infecção pelo Sars-CoV-2, a quantidade de vírus no corpo pode ser muito baixa para ser detectada por um teste.


 

Vacina da Covid 19. Foto: (Reprodução/ Fernando Silva /ESTADÃO conteúdos/ Uol)


Segundo o médico Stuart Fischer, especialista em medicina de emergência na cidade de Nova York, os sintomas relatados pelas pessoas podem ser a resposta imunológica ao Covid sendo desencadeada por exposição ou vacinações anteriores. Quando uma pessoa é vacinada, acontece um estímulo da sua resposta imunológica de maneira a criar uma memória. Em outras palavras, se a pessoa for exposta novamente, o corpo se lembrará do que fazer e liberará substâncias químicas para combater a infecção.

De acordo com o especialista, o intervalo entre essa fase e um teste positivo para Covid pode ser de apenas alguns dias. Além disso, algumas pessoas podem ser infectadas, apresentar sintomas, mas nunca testar positivo devido à rápida ação de seu sistema imunológico, especialmente aquelas que estão com suas vacinas em dia e já tiveram infecções anteriores, o que permite que o organismo elimine o vírus antes que ele se estabeleça.

Sintomas que podem ser confundidos com uma gripe

Os sintomas que podem ser experimentados durante o estágio “pré-Covid” incluem dores de cabeça, congestão nasal, espirros, bem como outros sinais como dor de garganta, tosse, perda de olfato, rouquidão na voz, falta de ar e febre.

O médico Thomas Moore, especialista em doenças infecciosas da Universidade do Kansas, observa que todas as doenças têm uma forma subclínica, incluindo pneumonia, dor de dente, gota e hipertensão. Muitas vezes, experimentamos uma versão leve que pode passar despercebida, com sintomas tão sutis que não são reconhecidos. As pessoas podem perceber que algo está levemente errado, mas quando procuram um médico, os sintomas já podem ter desaparecido.

 

Foto destaque: Pessoa de máscara. Reprodução/ iStock/Uol

Pais de filhos autistas também são diagnosticados com TEA

O autismo ou o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são alterações físicas e funcionais do cérebro que comprometem a comunicação e a interação sociais. Na procura de entender sintomas do autismo que filhos apresentam, alguns pais também recebem o mesmo diagnóstico do filho, mesmo depois de anos convivendo com o TEA sem nem mesmo perceber que sua realidade e ações que eram desdobradas a partir desta condição. 

Em entrevista a Veja, Vanessa Mayer conta que por muitos anos teve suas relações afetadas pelo autismo sem nem saber, achando que eram apenas incômodos pontuais. Ela conta que barulhos a deixavam estressada e que cresceu com o rótulo de uma filha de gênio forte, além de ter sofrido bullying na escola. Após o diagnóstico de seu filho de oito anos, Vanessa recebeu também seu próprio diagnóstico, contando que sentia tudo aquilo que são os sintomas do TEA, mas que não sabia que tinha um nome. 


Símbolo do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) (Foto: reprodução/qualicorp)


Aumento de diagnósticos

Com o tempo os estudos sobre o autismo aumentaram e, com isso, o número de diagnósticos também. O TEA possui três níveis diferentes, e as causas ainda não são totalmente conhecidas, mas a predisposição genética é um possibilidade, já que pode haver uma herança genética passada de pai para filho. Em seus primeiros estudos, estima-se que entre 10.000 pessoas menos de 1% tinha Transtorno do Espectro do Autismo. Hoje, porém a estimativa é que a cada 59 pessoas uma tenha TEA.

Descoberta na família 

O diagnóstico de uma criança na família pode ser decisivo não só para os pais, mas também para primos ou tios dessa criança. A descoberta tão perto humaniza a relação das pessoas com o Espectro Autista, assim a família encara o autismo de outra maneira. Em uma família, onde o filho recebeu o diagnóstico de TEA, pai e mais seis parentes descobriram o diagnóstico.

 

Foto destaque: Mãos de uma criança e adulto segurando o símbolo do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Reprodução/senadonotícias. 

Anvisa proíbe a venda de lote específico de atum enlatado da marca Cellier

Nesta sexta-feira (18), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, utilização e distribuição de um lote de atum da marca Cellier. A restrição ocorreu, após identificarem um surto de intoxicação alimentar no interior de São Paulo.

O lote vetado é o 08/05/23, fabricado na mesma data e válido até 08//05/2025. O recolhimento do produto já foi determinado; e a decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (18), por meio da Resolução RE 3.124, de 18 de agosto de 2023.

A agência recebeu a informação sobre os surtos de intoxicação, do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP), que ocorreu nos Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas, no final de julho de 2023. Após o consumo do alimento, os consumidores apresentaram sintomas compatíveis com intoxicação alimentar por histamina.

Um exame laboratorial realizado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), confirmou a contaminação do produto, pois identificou valores de histamina acima dos limites tolerados pela legislação sanitária.


Cellier Alimentos do Brasil LTDA. (Foto:Reprodução/ Cellier)


Sobre a histamina

A substância pode se formar após a morte de pescados, a partir das condições de manuseio e quando o armazenamento do animal é inadequado. Mesmo após o tratamento térmico do pescado (por exemplo, cozimento, esterilização comercial, defumação) e durante a fabricação do produto final (como o atum enlatado), a substância não é eliminada.

É importante ressaltar que os peixes podem conter níveis tóxicos de histamina, e não apresentar sinais como: alteração na consistência, ou na cor e mau cheiro.

Sintomas

O consumo de alimento contaminado pode causar: formigamento, sensação de queimação na boca, dormência, erupções cutâneas no tronco superior, dor de cabeça, queda de pressão, e coceira na pele, podendo evoluir para diarreia, vômito e náusea.

Os sintomas podem desaparecer em poucas horas, e a doença geralmente é leve. Porém, pessoas com problemas de saúde e idosos podem apresentar sintomas mais graves.

 

Foto Destaque: Anvisa proíbe a venda de um lote especifico de atum enlatado contaminado por histamina. Reprodução/Cellier

SBI traz recomendações sobre nova subvariante da Covid-19

Matéria escrita por Lucas Venâncio – InMagazine

Nesta quinta-feira (17), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu nota a respeito da nova subvariante de Covid, da cepa Ômicron, a EG. 5. Essa subvariante foi recentemente apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Variante de Interesse (VOI) devido à sua maior capacidade de transmissão. Com isso, a SBI compartilhou algumas recomendações para identificação dessa subvariante no país e cuidados que devem ser retomados, principalmente para a população de risco, como o uso de máscaras. 

A variante EG. 5

Também conhecida como Éris, a variante foi relatada em um comunicado da OMS em 9 de agosto. O primeiro caso de contaminação pela Éris data de fevereiro deste ano. Até o momento, foram identificados 51 países contendo casos da Variante de Interesse. A preocupação da OMS diz respeito ao alto grau de transmissão de Éris, possibilitando que se torne predominante na maior parte dos países, inclusive no Brasil.


Logotipo da Sociedade Brasileira de Infectologia (Foto: reprodução/ Sociedade Brasileira de Infectologia)


Comunicado da SBI

Por este motivo, a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu uma nota informativa, assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo. No comunicado, são relembradas as informações passadas pela OMS, bem como orientações a serem realizadas no país. 

A SBI comenta que, apesar do alto grau de transmissão da EG. 5, até o momento não constitui risco de saúde pública “uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade da doença” quando comparada às outras variantes. 

Também ressaltam que a variante ainda não foi diagnosticada no Brasil, mas sugere que “é possível que possa já estar circulando no país de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta e análise genômica no Brasil”, ressaltando a importância de intensificar as coletas e identificações das variantes presentes.

Por fim, a SBI traz recomendações a serem adotadas como medidas preventivas:

  • Manter o calendário vacinal atualizado com doses de reforço para Covid-19;
  • Uso de máscaras para população de risco, portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, e indivíduos fumantes (que fazem uso de tabaco, incluindo narguilé), acima de 60 anos, gestantes, puérperas e crianças menores de 5 anos;
  • Testagem de casos com síndrome gripal;
  • Iniciar o tratamento com Nirmatrelvir/ritonavir (NMV/r), disponível por meio do SUS, dentro dos cinco primeiros dias de sintomas.

O comunicado está disponível por meio do site da Sociedade Brasileira de Infectologia.

 

Foto destaque: Imagem ilustrativa de vírus causador da Covid-19. Reprodução/Metrópoles.

Obesidade aumenta em 400 a 700% risco de dislipidemia, hipertensão e diabetes

Pacientes obesos ou com sobrepeso demoram em média seis anos após notar as primeiras dificuldades relacionadas ao peso para procurar ajuda do profissional de saúde; na tabela dos três principais fatores de risco cardiovascular (dislipidemia, hipertensão e diabetes), o sobrepeso é uma parcela importante, aumentando o risco dessas doenças em 400 a 700%. “Cerca de 45% das pessoas diagnosticadas com hipertensão são portadoras da obesidade/sobrepeso, 35% daquelas que têm dislipidemia tem sobrepeso ou obesidade e 90% dos diabéticos estão em sobrepeso ou são obesos. A obesidade também aumenta o risco de doença cardíaca coronariana, doença cerebrovascular e insuficiência cardíaca”, explica a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio De Janeiro (SCMRJ).

Novo tratamento

Por isso, que a médica celebra o anúncio do laboratório Novo Nordisk A/S da semaglutida com 2,4 mg que reduz o risco de eventos cardiovasculares adversos graves em 20% em adultos com sobrepeso ou obesos. O anúncio foi feito pelo laboratório com os principais resultados do estudo de resultados cardiovasculares SELECT. O medicamento Wegovy (semaglutida com 2,4 mg) deve chegar ao Brasil em 2024 e é um agonista do receptor de GLP-1 indicado como adjuvante de uma dieta hipocalórica e aumento da atividade física para controle de peso crônico em adultos com IMC de 30 kg/m2 ou superior (obesidade) e adultos com IMC de 27 kg/m2 ou superior (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso. “As pessoas já usam o Ozempic, que é a semaglutida de 1 mg para tratamento de obesidade, mas em bula, ela só é autorizada para diabético”, diz a endocrinologista. “No geral, essas medicações para obesidade não protegem o coração diretamente”, acrescenta.

Hábitos saudáveis

No ensaio, a semaglutida 2,4 mg pareceu ter um perfil seguro e bem tolerado em linha com os ensaios anteriores de semaglutida 2,4 mg. Os resultados detalhados do SELECT serão apresentados em uma conferência científica no final de 2023.

A médica ressalta que, para vencer a obesidade, além dos medicamentos, é importante mudar hábitos de vida, principalmente com uma dieta equilibrada e diversificada.

Foto Destaque: médico representando saúde cardíaca. Foto/Reprodução

Identificado primeiro caso de Eris no Brasil

A subvariante do coronavírus, denominada Eris, teve seu primeiro caso confirmado no Brasil. A paciente da capital paulista, de 71 anos, teve sintomas no final do mês de julho e procurou um hospital da rede particular. Porém, só realizou o exame no início de agosto, e a confirmação por parte do Ministério da Saúde saiu apenas nesta quinta-feira (17).

Os sitomas relatados foram: febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, disse em nota, o Ministério da Saúde.  

Informações do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) afirmam que a paciente já se encontra recuperada e bem. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a idosa está com o calendário vacinal completo.

Preocupações com a Eris

Segundo a SBI, Secretaria Brasileira de Infectologia, a Eris é “capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante, substituindo a XBB.1.16, atualmente predominante na maior parte dos países”. A subvariante já foi identificada em 51 países, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS).


Vacina contra COVID-19 (Foto: reprodução/Douglas Lopes/Fundação Oswaldo Cruz)


Essa subvariante da Ômicron, variante do Coronavírus, tem suscitado preocupações entre os cientistas e profissionais de saúde, e é essencial notar que o vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, tem mostrado uma capacidade de mutação constante. Eris, assim como outras subvariantes, apresenta mudanças genéticas em sua estrutura viral, afetando características como o aumento da transmissibilidade, gravidade da doença e resposta à imunização.

As autoridades de saúde estão monitorando essa subvariante para avaliar o risco que ela representa para a saúde pública, no entanto, há baixo potêncial do surgimento de casos graves para a doença.

Cuidados a serem tomados 

A mitigação da propagação do vírus ainda é fundamental, independentemente das subvariantes que possam surgir. Medidas como vacinação, uso de máscaras, distanciamento social e higiene adequada continuam sendo formas eficazes de reduzir a transmissão e os impactos da COVID-19, e são orientadas pelo Ministério da Saúde.

 

Foto Destaque: Imagem ilustrativa da Eris. Reprodução/Pixabay