Matéria escrita por Lucas Venâncio - InMagazine
Nesta quinta-feira (17), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu nota a respeito da nova subvariante de Covid, da cepa Ômicron, a EG. 5. Essa subvariante foi recentemente apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Variante de Interesse (VOI) devido à sua maior capacidade de transmissão. Com isso, a SBI compartilhou algumas recomendações para identificação dessa subvariante no país e cuidados que devem ser retomados, principalmente para a população de risco, como o uso de máscaras.
A variante EG. 5
Também conhecida como Éris, a variante foi relatada em um comunicado da OMS em 9 de agosto. O primeiro caso de contaminação pela Éris data de fevereiro deste ano. Até o momento, foram identificados 51 países contendo casos da Variante de Interesse. A preocupação da OMS diz respeito ao alto grau de transmissão de Éris, possibilitando que se torne predominante na maior parte dos países, inclusive no Brasil.
Logotipo da Sociedade Brasileira de Infectologia (Foto: reprodução/ Sociedade Brasileira de Infectologia)
Comunicado da SBI
Por este motivo, a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu uma nota informativa, assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo. No comunicado, são relembradas as informações passadas pela OMS, bem como orientações a serem realizadas no país.
A SBI comenta que, apesar do alto grau de transmissão da EG. 5, até o momento não constitui risco de saúde pública “uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade da doença” quando comparada às outras variantes.
Também ressaltam que a variante ainda não foi diagnosticada no Brasil, mas sugere que “é possível que possa já estar circulando no país de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta e análise genômica no Brasil”, ressaltando a importância de intensificar as coletas e identificações das variantes presentes.
Por fim, a SBI traz recomendações a serem adotadas como medidas preventivas:
- Manter o calendário vacinal atualizado com doses de reforço para Covid-19;
- Uso de máscaras para população de risco, portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, e indivíduos fumantes (que fazem uso de tabaco, incluindo narguilé), acima de 60 anos, gestantes, puérperas e crianças menores de 5 anos;
- Testagem de casos com síndrome gripal;
- Iniciar o tratamento com Nirmatrelvir/ritonavir (NMV/r), disponível por meio do SUS, dentro dos cinco primeiros dias de sintomas.
O comunicado está disponível por meio do site da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Foto destaque: Imagem ilustrativa de vírus causador da Covid-19. Reprodução/Metrópoles.