Estudo associa consumo de alimentos ultraprocessados a doenças crônicas

Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (13) pela revista The Lancet alerta sobre os perigos do consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, associando a um maior risco de desenvolver múltiplas condições crônicas, incluindo diabete, doenças cardíacas e câncer. Financiado pelo World Cancer Research Fund International, o estudo destaca especialmente o impacto negativo de produtos de origem animal e bebidas açucaradas, e indica que limitar o consumo desses alimentos é fundamental para preservar a saúde.

A pesquisa

O estudo reuniu dados dietéticos de 266.666 indivíduos de sete países europeus entre 1992 e 2000. Durante 11 anos, pesquisadores monitoraram os participantes para identificar o surgimento de diversas condições crônicas, como o câncer.

Ao ingressar na pesquisa, foi solicitado a cada participante recordar sua alimentação habitual nos últimos 12 meses. Os pesquisadores utilizaram o sistema de classificação NOVA, que vai além dos nutrientes e avalia a produção dos alimentos, para categorizar as escolhas alimentares.

Reynalda Córdova, principal autora do estudo, enfatizou que grupos de alimentos como produtos de origem animal e bebidas com açúcar ou adoçadas artificialmente se associam a um maior risco no desenvolvimento de doenças crônicas, ao contrário de alimentos como pães e cereais ultraprocessados ou produtos alternativos à base de plantas.


Alimentos frescos (à esquerda) e alimentos processados (Foto: reprodução/Dinachi Food & Nutrition)


Qualidade de vida

Embora o estudo não prove conclusivamente que alimentos ultraprocessados são os causadores diretos das doenças, ele destaca a importância de escolhas alimentares saudáveis. Além disso, levanta preocupações, uma vez que na Europa, mais da metade do consumo diário de alimentos consiste em produtos ultraprocessados, como destaca Heinz Freisling, coautor e cientista de nutrição e metabolismo.

Quanto aos alimentos ultraprocessados, estes contêm ingredientes “nunca ou raramente utilizados nas cozinhas“, e incluem diversas classes de aditivos destinados a melhorar o sabor ou tornar o produto final mais atraente, conforme esclarece a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Esta lista de aditivos em alimentos ultraprocessados inclui: conservantes, para evitar mofo e bactérias; corantes, incluindo artificiais, para melhorar a aparência; substâncias para aumentar o volume; emulsificantes, para misturar ingredientes incompatíveis; branqueadores; e adição ou modificação de açúcar, sal e gorduras, para realçar sabor e atratividade. 

Neste sentido, com mais da metade da ingestão diária de alimentos na Europa sendo ultraprocessada, especialistas enfatizam a necessidade de priorizar alimentos frescos ou pouco processados prevenir as condições crônicas.

Foto Destaque: alimentos ultraprocessados (Reprodução/Meer)

Dia Mundial da Diabetes: Desvendando os mistérios por trás da condição

No dia 14 de novembro, o mundo se une para conscientizar sobre o diabetes, uma doença que afeta milhões de pessoas globalmente. O Dia Mundial do Diabetes busca informar e promover a compreensão desta condição que impacta a saúde pública em diversos países.

O que é a Doença

O diabetes é uma condição crônica que ocorre quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou não consegue utilizar eficazmente a insulina que produz. A insulina é um hormônio vital que regula o nível de glicose (açúcar) no sangue, permitindo que as células do corpo utilizem essa glicose para obter energia.

Existem dois principais tipos de diabetes: Tipo 1 e Tipo 2.

Diabetes Tipo 1:

  • Geralmente diagnosticado em crianças e jovens adultos.

  • É uma condição autoimune, onde o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas.

  • Requer tratamento com insulina para controlar os níveis de glicose.

Diabetes Tipo 2:

  • Geralmente ocorre em adultos, mas também pode afetar crianças e adolescentes.

  • Ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la eficazmente.

  • Pode ser gerenciado com mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, insulina.

Sintomas

Os sintomas do diabetes podem variar, mas alguns dos mais comuns incluem aumento da sede, aumento da fome, perda de peso inexplicada, fadiga, visão turva e feridas que cicatrizam lentamente. No entanto, muitas pessoas com diabetes podem não apresentar sintomas iniciais.


Cerca de 12,3 milhões de brasileiros vivem com a doença, de acordo com o Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/CNN)


Fatores de Risco

Diversos fatores aumentam o risco de desenvolver diabetes, incluindo histórico familiar, estilo de vida sedentário, excesso de peso e idade avançada.

Prevenção e Controle

A prevenção e o controle do diabetes envolvem uma abordagem holística. Isso inclui a adoção de uma dieta equilibrada, a prática regular de atividade física, a manutenção de um peso saudável e o monitoramento regular dos níveis de glicose.

O Dia Mundial do Diabetes é uma oportunidade para educar a comunidade sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e do apoio contínuo para aqueles que vivem com essa condição. Ao compreender o diabetes, podemos trabalhar juntos para reduzir a prevalência da doença e melhorar a qualidade de vida daqueles que a enfrentam diariamente.

 

 

Foto Destaque: Dia Mundial de Diabetes (Reprodução/G1)

Temperaturas nas alturas: saiba como se cuidar nesse tempo quente

As altas temperaturas têm feito diversos Estados brasileiros ficarem em alerta com o calorão. Nesta segunda-feira (13), a capital paulista atingiu seus 37 °C no período da tarde. Em Cuiabá, a temperatura foi à 40 °C. No Rio, os cariocas tiveram a sensação térmica nos 50 °C. 

A previsão para os próximos dias é que essa onda de calor continue sem dar trégua e que continue a atingir novos recordes de temperaturas por todo o Brasil. 


O Brasil registrou novos recordes de temperatura nesta segunda-feira (13) (Foto: reprodução/ Veja São Paulo)


Essa exposição a tanto calor pode trazer algumas consequências para a saúde como a queda de pressão, desmaios, além de situações mais graves como o melanoma – um tipo de câncer que se desencadeia na pele. 

Manter alguns cuidados e principalmente hidratado, pode ajudar na precaução destas situações. Em entrevista à “CNN Brasil”, o cardiologista, Sérgio Timerman, reforçou algumas dicas simples, mas que podem ajudar no dia a dia. 

Cuidados simples, mas que fazem a diferença:

Hidratação 

O cardiologista explica que, quando uma pessoa apresenta sede, isso significa que ela já está desidratada, por isso, é importante não esperar sentir sede para tomar água. 

Para se lembrar de beber água, o médico ainda sugere que as pessoas mantenham uma garrafa por perto e que beba ao longo do dia. Além disso, o especialista reforça a importância de ingerir ao menos 2 litros de água por dia. 

As vias nasais também apresentam a falta de hidratação quando ficam mais secas. Utilizar soro fisiológico pode ajudar no processo. 

Todas as formas de ajudar com que as pessoas se mantenham mais frescas e hidratadas como piscinas, fontes em lugares públicos, sprays e bebedouros são também ótimas opções. 

Protetor solar

Os protetores solares são fundamentais para a proteção da pele e do corpo. Utilizar antes de sair de casa, pode ajudar na redução de doenças mais graves como o câncer de pele. 

Horários de exposição ao sol

Evitar sair em horários mais quentes também é importante. O pico do calor acontece entre 13h e 14h, mas desde às 10h até às 16h00, o calor fica mais elevado. 

Não se expor a esse horário pode ajudar com que pessoas não tenham tanto mal estar ou até mesmo queda de pressão. 

Exercícios ao ar livre

É importante ter cuidado com os exercícios em excesso e também em lugares abertos. Segundo o especialista, se exercitar durante os picos de calor, pode causar desmaios. 

Alimentação é importante 

Alimentos pesados e mais gordurosos são um grande problema. Manter uma ingestão de alimentos mais leves, com uma concentração maior de água e em tempos curtos, pode ajudar na hidratação no dia a dia. 

As altas temperaturas

As altas temperaturas podem ser explicadas pelo fenômeno natural “El Niño” que afeta as condições climáticas do mundo todo. 


As altas temperaturas podem ser explicadas pelo fenômeno “El Niño” (Foto: reprodução/ Estadão)


Segundo a meteorologista Maria Clara Sassaki, os oceanos são grandes causadores do aquecimento, já que eles são responsáveis por trazer energia para a atmosfera, o que explica as altas temperaturas. 

Foto destaque: altas temperaturas no Brasil (Reprodução/ iG Tecnologia)

Saúde mental na gravidez e puerpério: tema ainda é um desafio para saúde pública

A gravidez é um período que vêm acompanhado de mudanças na vida da mulher e que gera preocupações e expectativas. Todas as variáveis e oscilações emocionais deste período trazem uma sobrecarga, que pode impactar a saúde mental da mulher, trazendo um grande desafio para saúde pública no mundo ainda pouco discutido e tratado, tanto na atenção pré-natal como no pós-parto.  

Estigmas que dificultam um avanço social 

A psicóloga da Amparo Saúde Sabrina Abreu destaca dois pontos que, associados, tornam a gestante mais suscetível ao desenvolvimento de doenças mentais e representam um atraso no desenvolvimento de políticas públicas que tratem sobre o problema. Estes pontos são: a romantização da maternidade ao longo da história, repercutida com a falsa ideia da mulher que é uma “heroína”, idealizada socialmente, e o fato de que, com isso, a saúde mental dessa mulher é negligenciada durante o pré-natal. Isso faz com que muitas mulheres se sintam sozinhas durante esse período, lidando com as emoções contraditórias que ele traz.

É necessário, portanto, ainda segundo a psicóloga, que esses paradigmas sejam rompidos e que espaços sejam criados para que a mulher possoa se expressar, possibilitando a elas serem enxergadas como reais, humanas e únicas no seu modo de viver a maternidade.

Para completar, “entre o terceiro e o décimo quinto dia pós parto, a mulher apresenta sintomas muito semelhantes a depressão, mas que na maioria das vezes são passageiros. É a persistência desses sintomas e a sua intensidade que podem sinalizar um acometimento psíquico”, explica a psicóloga. 

Programa de acolhimento

Pensando na necessidade de trazer à tona a questão e criar um espaço de acolhimento, escuta e apoio às suas colaboradoras, o Sabin Diagnóstico e Saúde incluiu há 3 anos o tema em seu Programa Gestação, que acompanha suas colaboradoras da descoberta da gravidez ao retorno às atividades de trabalho. Numa empresa onde 77% dos mais de 7000 colaboradores são mulheres, o programa, criado em 2014, conta com encontros mensais entre as gestantes de norte a sul do Brasil e cada encontro tem um eixo temático específico dentro do universo da gestação e puerpério. 

A gente percebe a importância do tema pela participação durante o encontro e pelas conversas que realizamos no privado com algumas delas. São momentos de troca, apoio, de olhar para si, perceber que não está só em suas angústias e medos, aprender com a experiência de uma outra colega, poder contribuir com alguém que está mais fragilizado, tudo isso gera uma rede de apoio incrível que promove entre outras coisas o fortalecimento dessas mulheres no espaço de trabalho”, destaca a gerente de pessoas do Sabin, Mariana Bittar.

Grupo Sabin | Referência em saúde, destaque em gestão de pessoas e liderança feminina, integra um portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo.

Foto destaque: gestante no trabalho. (Foto/Reprodução)

Acne da Mulher Adulta tem se tornado mais frequente nos últimos anos

Nos últimos anos tem aumentado entre as mulheres adultas o aparecimento de acnes e em alguns casos, em pessoas que não enfrentaram esse tipo de condição na adolescência, onde geralmente é mais comum devido a alterações hormonais por conta da puberdade. Essa doença, teoricamente é chamada de doença, segundo dados de 2019 publicados no Journal of American Academy of Dermatology, 54% das mulheres que passaram dos 25 anos de idade possuíam Acne facial.

Essa condição é explicada pela medicina por conta de alguns fatores como hormonais, dietas desiquilibradas e ricas em açúcar, stress, exposição a poluição, dentre outros. Além de serem doloridas e muitas vezes incômodas, essa condição afeta a autoestima, podendo causar alguns transtornos mentais, como a depressão.

Acne da Mulher Adulta

Pela medicina, essa condição é considerada uma doença e é tratada pelos especialistas em dermatologia e é considerada tão séria que ganhou um nome específico, Acne da Mulher adulta, AMA, pois ela possui características distintas da acne comum, e está relacionada a histórico familiar, hábitos, tipo da pele, alterações genéticas e alterações hormonais importantes da vida adulta da mulher.

Por que em mulheres

Um estudo conduzido de 2019 conduzido pelo médico dermatologista Marco Rocha, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com mulheres entre 26 e 44 anos, demonstrou que a acne nessas pacientes se deu devido a importantes alterações genéticas, nas glândulas sebáceas que estão presentes na pele e possuem receptores que se conectam a alguns tipos de microrganismos e nas mulheres nessa faixa de idade, tem maiores possibilidades destes se interligarem com as bactérias causadoras da Acne, as Cutibacterium acnes, que proporcionam condições mais graves em mulheres adultas.


A Acne da Mulher Adulta é considerada doença pela medicina e deve ser tratada (Foto: reprodução/Ron Lach/ Pexels)


Principais causas

A contemporaneidade aliada aos avanços tecnológicos ajuda a explicar o aumento dos casos dessa condição em mulheres adultas. Fatores como o aumento da poluição e a sua exposição excessiva, alimentos ricos em gorduras e açucares, estresse, longa exposição ao sol, são alguns agentes para o aparecimento da Acne na Mulher Adulta. Doenças hormonais, endócrinas, também podem contribuir para o seu aparecimento.

O tratamento

Os médicos alertam que a doença não deve ser tratada com preocupação excessiva, porém é preciso cuidar da pele para que não haja complicações. Especialistas mostram que existe uma forma de se precaver dessa condição, que são por exemplo, evitar o cigarro; ter uma dieta bastante equilibrada, evitando alimentos ricos em açucares, preferindo alimentos naturais que possuem ômega-3, vitamina E, e betacarotenos como cenoura, rúcula, beterraba entre outros; fazer atividades físicas para controle de peso; evitar o uso de medicações sem acompanhamento médico; e sempre que possível fazer consultas a ginecologista para avaliar a condição hormonal e ginecológica.

Cuidados importantes

Apesar da Acne da Mulher Adulta não possuir cura, determinadas cautelas devem ser adotadas para minimizar seus impactos, e manter a doença sobre controle. Lavar a área afetada pelo menos duas vezes ao dia com sabonetes específicos para o tratamento, usar diariamente protetor solar próprios para peles oleosas e hidratantes também, em relação a maquiagens, os médicos recomendam o uso de produtos especiais para sua pele e que por fim, que se vite ao máximo espremer e mexer nessas espinhas que venham a aparecer, pois isso aumenta a oleosidade e pode piorar as mesmas, causando inflamações e podendo acarretar em problemas mais sérios.

 

Foto Destaque: a Acne da Mulher Adulta ou AMA, é considerada pela medicina uma doença e tem aumentado ano após ano a sua incidência. (Reprodução/Polina Tankilevitch/Pexels)

Veja os motivos em que o autocontrole pode fazer mal a saúde mental das pessoas

Quando se fala em autocontrole, normalmente as pessoas imaginam que é algo extremamente positivo, principalmente quando relacionado a questão de habilidades, para muitos essa característica é o que pode ser a chave para o sucesso, ainda mais quando citado em algo relacionado ao trabalho ou algo que é colocado como foco na vida.

De acordo com o professor Thomas Lynch, quando em 2018 ele fez uma sugestão, em que dizia que quando a pessoa passava a pensar que elevar o autocontrole poderia ser algo positivo na vida dela, poderia nem sempre ser favorável, que para muitos isso poderia apresentar grandes problemas de saúde, principalmente quando relacionamos a saúde mental.


Criança prestes a pegar um cookie no prato (Foto: reprodução/ G1)


Dando continuidade a teoria em que o professor Thomas Lynch publicou, cada pessoa irá sempre para um lado, seja ele um “subcontrole” ou um “supercontrole”. Isso dependerá de várias situações, por exemplo, pode-se dizer questões genéticas, questões voltadas para o que o outro vai dizer em relação à pessoa, experiências de vida e como é levado a vida das pessoas no dia a dia. Pode-se dizer que ambos, seja o super ou o subcontrole, não é nem bom e nem ruim para a vida das pessoas, mesmo que cada uma delas simbolize um perfil de como a pessoa se comporta, principalmente porque o ser humano é capaz de se adaptar a diferentes situações e comportamentos. A pessoa ter um subcontrole ou ela ser alguém que tem um grande controle na vida, pode se tornar algo extremamente perigoso, problemático.

Preocupação do subcontrole

O subcontrole é algo que não é muito de conhecimento das pessoas, infelizmente é um assunto que por vezes é desconhecido ou nunca é abordado entre elas, principalmente quando existe um excesso de controle entre elas, como por exemplo, as questões de fazer planos e ter que cumpri-los de uma forma perfeita, ter a vida perfeita, são sentimentos e ações que as pessoas buscam ter em sua vida e pelo fato de não ser algo bastante abordado, não sabem que esse excesso pode ser algo negativo em suas vida. Ainda mais que, elas possuem uma extrema dificuldade em fazer modificações em sua rotina, ainda mais por serem extremamente controladas e por não se adaptarem às novas experiências.

Tratamento contra o excesso de controle

Além da teoria do professor Lynch, ele apresentou uma terapia que pode ser relacionada a pessoas que apresentam um grau muito grande de controle. Ela é conhecida como terapia comportamental dialética radicalmente aberta. Em suas pesquisas relacionadas apresentam que a terapia tem grandes chances de acertos, e que podem controlar o excesso de autocontrole que as pessoas relacionadas apresentam.

O que é apresentado a essas pessoas é que elas são capazes de administrar o seu controle e que elas não necessariamente precisam estar à frente de tudo. Mas, para que a pessoa possa receber essa ajuda, para que ela consiga obter o direito à terapia, ela precisa primeiro passar pelo processo de identificação. A abordagem atual é um processo grande e que por vezes é demorado.

 

Foto Destaque: pessoa meditando ao ar livre (Reprodução/Freepik)

Mudanças climáticas favorecem aumento doenças infecciosas no mundo todo

Não são apenas as catástrofes ambientais, como tempestades, alagamentos e deslizamentos de terra, as consequências das mudanças no clima no planeta. O aumento exacerbado da temperatura, além das mortes causadas pelo próprio calor, também favorece a proliferação de inúmeros vírus, assim como a alteração de sua própria genética, segundo cientistas.

Incontroláveis

O acúmulo de água parada, desleixo do próprio homem e, que leva a proliferação de vários mosquitos responsáveis por doenças, já é um problema que se tenta controlar há muito tempo, principalmente no verão, normalmente a época mais quente do ano. Porém, essa afirmação de “época mais quente do ano” não cabe mais. Com as questões climáticas sérias que o planeta vem enfrentando, as estações do ano já não são mais base para a definição do clima.

O chamado “calor fora de época” vem sendo cada vez mais comum com o passar dos tempos. E assim, passamos ou por longos períodos de seca, ou por longos períodos de chuvas que, em algumas regiões, quase “dilúvios”, levando a impossibilidade de controlar os focos de águas paradas, dependendo, muitas vezes, do próprio clima para resolver a questão. 

Outra questão, além do volume de água, é o aumento de sua temperatura, que propicia um ambiente mais favorável a proliferação de microrganismos, responsáveis por inúmeras doenças.


Mosquito da malária (Foto: reprodução/Pixabay)


Doenças que preocupam

Desta forma, doenças como a dengue, por exemplo, causada pelo mosquito que se reproduz através da proliferação de suas larvas justamente em água parada, aumenta de uma forma quase incontrolável.

Segundo números levantados pelos órgãos responsáveis, o aumento de focos do mosquito da dengue chegou a 94% dos municípios do Rio Grande do Sul – que sofre com inúmeros alagamentos devidos às tempestades que assolam o estado e elevam muito o volume das chuvas. Assim como em países onde quase não se ouvia falar em dengue como Itália, França e Espanha, que já contam com casos de infecção na própria região, autóctones.

Nos Estados Unidos, é a disseminação da malária, dentro do próprio território, que preocupa os pesquisadores, que afirmam isso nunca ter ocorrido antes. Segundo os estudiosos, antes, os casos da doença que ocorriam no país se davam devido à transmissão por pessoas que haviam viajado para fora, a países onde era comum a malária. Hoje não, hoje, os focos da doença se dão dentro do próprio território.

Alteração genética

Segundo pesquisadores do Laboratório de Virologia da USP, já são evidentes as alterações na cadeia genética de vírus como o da gripe, por exemplo, causadas pelas mudanças climáticas. Determinados vírus tinham maior incidência em determinadas épocas do ano, como é o caso do RSV, responsável pela bronquiolite, porém, agora, isso deixou de ser regra, levando a possibilidade de casos da doença o ano todo, segundo Edison Luiz Durigon, chefe do laboratório, em entrevista para o Jornal Nacional, da Rede Globo.

Solução

Infelizmente, a “luz no fim do túnel” parece cada vez mais longe, afinal, a situação só está como está por conta da irresponsabilidade do homem que, mesmo com todos os avisos da classe científica, continuou a depredar o planeta. Segundo Durigon, mais que políticas públicas, campanhas de conscientização, é preciso realmente que o ser humano tenha “bom senso” e entenda, que só ele pode remediar a situação, porque reverter, impedir, isso já não é mais possível. A conta já começou a chegar, e não está nem perto do fim, só deve cada vez mais aumentar se nada for feito hoje.

 

Foto Destaque: planeta Terra doente (Reprodução/Pixabay)

Veja o que considerar na escolha de um cirurgião plástico

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) estima que mais de 2 milhões de procedimentos cirúrgicos sejam realizados até o fim deste ano. De acordo com a Dra Cláudia Francisco Oliveira, Cirurgiã plástica a frente da Clínica Vanité, em São Paulo, um bom planejamento antes de realizar o procedimento e checar todas as informações sobre o médico que te acompanha são os primeiros passos a serem tomados.

Com isso, foram listadas razões crucias para levar em conta na hora da escolha.

Especialista titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Antes de realizar um procedimento ou cirurgia plástica, exija experiência e atualização técnica. “Receber uma indicação de outro médico também vale muito, pois aumenta a credibilidade do profissional”, sugere a Dra. Cláudia Francisco Oliveira.

Local em que será realizada a cirurgia

Para o cirurgião-plástico Luiz Victor Carneiro Jr, esse deve ser um dos primeiros pontos a se atentar na hora da tomada de escolha. “O bom médico só opera em hospitais de referência. Nada de clínicas baratinhas sem os melhores recursos”, sinaliza o membro eleito da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica.

Período de recuperação

O profissional precisa ser claro com o paciente ao passar todas as informações sobre o procedimento, inclusive do pós-cirúrgico. “O período de recuperação sempre é mais delicado no primeiro mês. Porém, os seis meses seguintes também fazem parte desse processo. Exigem cuidados menores, mas ainda ocorrem modificações do corpo, como redução do inchaço, clareamento das cicatrizes, redução de assimetrias e fibroses”, comenta a Dra. Cláudia Francisco Oliveira. 

Objetividade

Toda cirurgia deve ser planejada antes de realizada. Por isso, o cirurgião precisa ser realista e objetivo com o paciente. “Aquele que promete ‘mundos e fundos’ não serve”, alerta o Dr. Luiz Victor Carneiro Jr.

Equipe de apoio

A equipe de apoio tem que ser cinco estrelas. Os meus pacientes precisam ser acompanhados por uma enfermeira na primeira noite. Também conto com uma profissional de drenagem que só termina a sessão depois de o resultado estar visível ao paciente, sem olhar o relógio”, explica o médico que atuou durante 14 anos na Clínica Ivo Pitanguy e é co-editor do livro Cirurgia Plástica para Formação do Especialista.

Clareza com os cuidados do pós-operatótio

Segundo o Dr. Luiz Victor Carneiro Jr., depois de realizada a cirurgia, o médico acompanha o processo de cicatrização em dias alternados para troca de curativo e sessões de laser cicatrizante. “O paciente precisa saber que o banho completo, no chuveiro, leva alguns dias porque se o curativo ficar úmido retarda o processo de cicatrização”, diz.

Planejamento cirúrgico

A Dra. Cláudia Francisco Oliveira esclarece que: “inicialmente, além da consulta e exame físico, é preciso decidir as áreas a serem operadas, entre outros detalhes. Também, a melhor indicação conforme a queixa da paciente, o peso, a idade e as condições clínicas através dos exames pré-operatórios. Para completar essa programação, deve-se avaliar como será o operatório conforme o tipo de atividade profissional, férias, exposição solar, entre outras particularidades”.

Cuidados com a alimentação

A SBCP orienta evitar, durante esse período, o consumo de produtos ricos em gordura saturada e açúcar refinado, assim como de embutidos, enlatados e industrializados. Esse tipo de alimento pode interferir no processo de cicatrização e comprometer o sistema imunológico. Além disso, a ingestão de sal deve ser moderada, pois o sódio é responsável pela retenção de líquido, o que pode aumentar o inchaço.

Foto destaque: médido se preparando para operação. (Reprodução/Freepik/rawpixel)

Saiba o que é Lipedema, doença que vitimou Luana Andrade

Luana Andrade (29), conhecida por seu trabalho como assistente de palco do SBT e participação no reality Power Couple, faleceu recentemente em decorrência de uma embolia pulmonar maciça, complicação surgida após uma lipoaspiração no joelho. A tragédia revelou que Luana sofria de lipedema, uma condição reconhecida apenas em 2022, caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura, frequentemente nas pernas e quadris.


Tipos de Lipedema. (Imagem/Reprodução/Instituto Lipedema Brasil)


Brenda Paixão, amiga próxima de Luana, compartilhou nas redes sociais que a dançarina enfrentava “muitas inseguranças” relacionadas à aparência de suas pernas devido ao lipedema. A assistente de palco expressava o desejo de realizar a cirurgia há algum tempo, buscando alívio para suas preocupações estéticas. Brenda, ao abordar a situação, destacou a importância de não julgar, enfatizando a intensa dor que a perda de Luana trouxe para seus entes queridos.

O namorado, João Hadad também desabafou no Instagram sobre a perda da parceira: “Do meu coração pra você, minha princesa! Sempre te amarei, daqui até a eternidade!! Você foi a pessoa mais incrível que eu conheci na minha vida, obrigado por tudo!! Foram os 2 anos mais intensos e felizes da minha vida! Nossa história foi e continua sendo linda, tenho muito orgulho de tudo que construímos juntos. Me guia aí de cima, vou realizar tudo aquilo que sonhamos juntos e tenho certeza que vocês estará mais que presente comigo!”, disse ele.

Doença de difícil diagnóstico 

O lipedema é uma condição desafiadora de diagnosticar, o que pode explicar porque a condição de Luana foi reconhecida apenas em 2022. Caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, a doença muitas vezes leva a complicações emocionais, afetando a autoestima e o bem-estar mental dos pacientes.

Cirurgia deve ser última alternativa 

A lipoaspiração, embora mencionada como parte do tratamento em alguns casos de lipedema, é considerada uma abordagem extrema e é indicada apenas quando outras opções não são eficazes. Especialistas destacam que a cirurgia deve ser a última alternativa, ressaltando a importância de abordagens menos invasivas, como terapias físicas e mudanças no estilo de vida.

 

Foto Destaque: Luana Andrade (Reprodução/Instagram/@luandrandel)

Álcool e exercício físico: veja como essa combinação pode prejudicar o organismo

A questão de se é benéfico ou prejudicial praticar exercícios no dia seguinte ao consumo de álcool tem sido motivo de discussão entre atletas e entusiastas da atividade física. Alguns acreditam que a transpiração resultante do exercício pode ajudar a eliminar as toxinas do álcool, enquanto outros acreditam que o álcool e o exercício não se misturam bem. O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo esclarece sobre o tema.

Efeitos do álcool no desempenho físico

A ingestão de álcool antes ou depois do exercício pode afetar o desempenho físico de várias maneiras. Alguns dos efeitos incluem desidratação, o álcool é um diurético, o que significa que aumenta a produção de urina. A perda de líquidos pode levar a cãibras musculares, fadiga precoce e até mesmo insolação. O álcool também pode afetar a forma como seu corpo metaboliza os carboidratos, resultando em uma queda nos níveis de glicogênio, que é a principal fonte de energia durante o exercício de resistência. Impacto no sistema cardiovascular, causando alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial, o que pode ser prejudicial durante o exercício, especialmente para pessoas com problemas cardíacos, além de prejuízos na coordenação e função neuromuscular e na recuperação pós-exercício.

Recuperação do corpo pós exercício

Após o exercício, o corpo inicia um processo de recuperação, no qual ocorre a síntese de proteínas e restauração dos estoques de glicogênio (principal carboidrato armazenado nos músculos). A síntese de proteínas é responsável pela reconstrução e reconstrução das fibras musculares danificadas. Já a restauração do glicogênio é fundamental para “reabastecer” os músculos de energias. 

O consumo de álcool após o treino atrasa a recuperação completa dos músculos, deixando-os mais vulneráveis a futuras lesões. Também reduz os ganhos de força, hipertrofia e condicionamento que poderiam ser obtidos com o exercício”, destaca o Dr. Ronan Araujo.

O álcool pode interferir nesses processos de várias formas, o fígado prioriza o metabolismo do álcool em vez da síntese de proteínas, atrasando o processo de reconstrução muscular. O álcool consome as reservas de água no corpo, prejudicando a hidratação adequada necessária para a recuperação e aumenta a produção de cortisol, hormônio do estresse que causa degradação muscular.

Dr. Ronan Araujo:

Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).

Foto destaque: homem praticando exercícios. (Foto/Reprodução)