Conheça os sintomas mais comuns do câncer de apêndice, que matou o ator Adan Canto

Conhecido pelos trabalhos em séries famosas, como “Designated survivor” e “Narcos”, e pelo filme X-Men: Dias de um futuro esquecido”, o ator Adan Canto, de 42 anos, morreu na última segunda-feira (9), em decorrência de um câncer de apêndice.

O ator não anunciou o diagnóstico da enfermidade, que só foi revelada após a sua morte. A doença que tirou a vida de Canto é rara e cresce a partir de células que constituem o apêndice, que é uma pequena bolsa de tecido no abdômen, conectada ao intestino grosso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Apesar da doença aparecer mais em pessoas de 50 e 55 anos, esse tipo de câncer pode atingir qualquer idade e pode se espalhar para outras partes do abdômen diretamente do apêndice, normalmente quando ele se rompe.

Saiba quais são os sintomas

Vale ressaltar que pessoas portadoras da doença não apresentam nenhum sintoma. No entanto, os sintomas mais comuns são: inchaço abdominal, massas ovarianas, dor abdominal crônica ou intensa, desconforto inespecífico no abdômen inferior direito, alterações na função intestinal, hérnia, ascite – líquido no abdômen e apendicite.

Em relação ao tratamento para esse tipo raro de câncer, entre as opções está a cirurgia para remover o apêndice e outros órgãos que possam ser afetados, além da quimioterapia. O tratamento varia de acordo com o paciente e o tipo de tumor.


Ator teve trabalhou em papéis importantes nos Estados Unidos (Foto: reprodução/@BBC)


Fatores de risco para o surgimento da doença

Esse tipo de tumor é mais comum aparecer em pessoas com 50 anos ou mais. As mulheres têm maior probabilidade de desenvolver a doença, tabagismo, além de histórico médico de gastrite atrófica ou anemia perniciosa, podem aumentar o risco para o surgimento desse tipo de câncer.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência de 5 anos para o câncer de apêndice mais avançado ou que se espalhou para outros órgãos é muito menor em relação a outros tumores.

Foto destaque: ator Adan Canto morre devido a doença rara (Reprodução/Variety)

Aprenda a reaplicar o protetor solar sem estragar a maquiagem

Para quem não vive sem maquiagem, reaplicar o protetor solar pode ser uma tarefa desafiadora – mas deixar de fazer isso definitivamente não é uma opção. “O primeiro passo para conseguir reaplicar o protetor por cima da maquiagem é combinar a textura e a fórmula dos produtos”, explica a Dra. Lilian.

Dicas

Segundo a médica, o ideal é escolher a mesma textura de protetor solar e de base de maquiagem ou BB Cream, para permitir que o filtro consiga fazer várias camadas sem “craquelar” na pele.

Geralmente, a fórmula cremosa da base e do protetor é a mais vantajosa. Outra dica importante é optar por um protetor solar “oil-free”, que tenha um acabamento seco com efeito matte. Assim, o acúmulo de protetor ao longo do dia não vai deixar aquela sensação gordurosa na pele do rosto”, sugere. “Os protetores solares com cor também oferecem boa cobertura e podem ajudar a substituir a base”, indica.

Remover a oleosidade

Na hora da aplicação, a médica nos passa algumas dicas para prejudicar o mínimo a make.

Na pele maquiada, remova a oleosidade e o brilho da pele através de leves batidinhas com o papel toalha. Certifique-se de remover bem nos cantinhos dos olhos e do nariz. Se você tem a pele muito oleosa, o ideal é utilizar lencinhos demaquilantes para remover a make; basta remover apenas a base, deixando a maquiagem dos olhos e o batom intactos. Em seguida, aplique o protetor solar em todo o rosto, de preferência com uma esponjinha que auxiliará na hora de aplicar o produto com aquelas ‘batidinhas’”, destaca.

Outra boa forma de reaplicar o filtro solar é através do uso de filtros solares em pó que não requerem a retirada do filtro aplicado mais cedo.

Por fim, é importante lembrar que o protetor solar não deve ser negligenciado, pois previne o envelhecimento precoce da pele, além de minimizar a chance de diversos outros problemas – incluindo o câncer de pele. 

DRA LILIAN BRASILEIRO: Médica especialista em Dermatologia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Foto destaque: reaplicação do protetor (Foto/reprodução)

Descubra como equilibrar os níveis hormonais e melhorar a saúde

Os hormônios são substâncias essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. Eles são responsáveis por regular diversas funções vitais, como o crescimento, metabolismo, fertilidade, humor e muito mais. No entanto, quando esses hormônios estão em desequilíbrio, podem causar uma série de sintomas e problemas de saúde. Para tratar essas condições, uma das opções disponíveis é o uso de implantes hormonais, uma técnica utilizada por especialistas para repor os hormônios e restabelecer o equilíbrio do corpo.

Implantes hormonais

O médico especialista em medicina integrativa, Dr. Francisco Saracuza, explica que, eles são pequenas cápsulas contendo hormônios sintéticos que são inseridas sob a pele e liberados gradualmente ao longo do tempo. Esses implantes podem ser utilizados para tratar uma variedade de condições, como menopausa, desequilíbrios hormonais e até mesmo para melhorar a saúde geral e o bem-estar.

Porém, é importante ressaltar que o uso de implantes hormonais deve ser sempre avaliado e prescrito por um médico especialista, após uma análise completa do histórico e dos níveis hormonais do paciente.

Indicações

Existem diversas condições em que esse tratamento pode ser indicado, mas as mais comuns incluem problemas relacionados à menopausa, tais como ondas de calor, alterações de humor e fadiga; desequilíbrios hormonais, como deficiência de testosterona ou estrogênio; e outras condições de saúde, como osteoporose.

É importante destacar que os implantes hormonais não são indicados apenas para tratar sintomas e condições específicas. Eles também podem ser utilizados para melhorar a saúde geral e o bem-estar de pacientes que não apresentam problemas hormonais específicos, mas que desejam otimizar sua saúde e qualidade de vida. Essa técnica pode ser uma opção interessante para quem busca uma abordagem mais natural e de longo prazo para o tratamento de desequilíbrios hormonais”, destaca o Dr. Francisco Saracuza.

Além da presença de sintomas e condições específicas, outros fatores importantes a serem considerados incluem a idade do paciente e os níveis hormonais no sangue. Além disso, é importante que o paciente não tenha histórico de doenças que possam ser agravadas pelo uso de hormônios sintéticos, como câncer de mama ou problemas cardíacos.

Por isso, é fundamental sempre consultar para avaliar sua elegibilidade para o tratamento com implantes hormonais.

Vantagens

Os implantes têm a vantagem de liberar uma quantidade controlada e constante de hormônios sintéticos no corpo, o que pode proporcionar um equilíbrio mais efetivo nos níveis hormonais. Além disso, eles são uma opção de tratamento de longo prazo, pois os implantes podem durar de 3 a 6 meses, dependendo do tipo utilizado. 

Outro ponto importante a ser destacado é a conveniência dos implantes hormonais. Ao contrário de outras formas de terapia hormonal, eles não exigem a lembrança diária de tomar uma medicação ou trocar um adesivo regularmente. Além disso, podem ser mais eficazes no tratamento de certas condições, graças à liberação contínua de hormônios. No entanto, é importante lembrar que os implantes hormonais não são a única opção de terapia hormonal disponível e cabe ao especialista avaliar qual tratamento é mais adequado para cada paciente individualmente.

Foto destaque: jovem senhora (reprodução)

Veja as consequências das provas de resistência do BBB para a saúde da coluna

Começou o BBB24 e com ele as famosas discussões, polêmicas e provas de resistência. Após quase 19 horas de duração da primeira prova do líder, muitos participantes se queixaram de dores e frio. A grande maioria não queria ter desistido, mas as dores fizeram que não conseguissem continuar na disputa que valia a liderança e um carro zero quilômetro.

Ficar em pé por muitas horas pode ter impactos negativos na saúde, especialmente se não houver pausas para descanso e movimento. “Ficar em pé por muitas horas é extremamente prejudicial. Quando você fica em pé por um longo período, sua pélvis geralmente é empurrada para trás, aumentando a curva da região lombar.

Isso aumenta a pressão sobre os tecidos moles ao redor da coluna, fazendo com que os músculos da parte inferior das costas se contraiam ou mesmo espasmos, resultando em dor nas articulações e nos nervos da coluna, ou seja, ocorre um desgaste da musculatura e das articulações. Pé, tornozelo, joelho, quadril e lombar são as regiões mais afetadas”, explica o ortopedista Maurício Martelletto.

Consequências das provas 

O especialista Maurício Martelletto explica que permanecer em pé por longos períodos pode levar à fadiga muscular, causando desconforto e cansaço nas pernas e costas. A postura inadequada ao ficar em pé por muito tempo pode contribuir para problemas na coluna, como dores nas costas e rigidez.

A pressão contínua nas pernas pode levar a inchaço, varizes e, em casos extremos, problemas circulatórios. Ficar em pé por muitas horas também pode causar dores nos pés, calos e outros problemas podológicos. Além dos problemas físicos, o cansaço geral pode afetar o desempenho cognitivo e a produtividade.

Como minimizar os efeitos negativos 

O médico recomenda fazer pausas, tirar pequenas pausas para se sentar, alongar e descansar as pernas. Utilizar calçado adequado: escolher calçados confortáveis e adequados para a atividade que está realizando.

Mantenha uma boa postura: Certifique-se de manter uma postura adequada para evitar o estresse desnecessário na coluna. Faça exercícios de alongamento: Pratique exercícios de alongamento para aliviar a tensão muscular.

Utilize tapetes ou amortecedores: Se possível, use tapetes ou superfícies mais suaves para ficar em pé, reduzindo o impacto nas pernas.

Dr Maurício Martelletto – Ortopedia e Traumatologia: Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Foto destaque: participantes do BBB em prova de resistência (Reprodução/Globo)

Saiba o que é a rara doença do divertículo gigante do cólon descoberta em hospital do Rio

No Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF) no Rio de Janeiro, médicos se depararam com uma raridade médica: um caso de divertículo gigante do cólon (DGC). Com apenas cerca de 200 registros em todo o mundo desde sua primeira identificação há 78 anos, esta condição torna-se um ponto de destaque na área da saúde.

O divertículo, uma pequena bolsa em formato de balão, pode se projetar em diferentes partes do trato gastrointestinal. No caso do cólon, a condição é conhecida como divertículo gigante quando ultrapassa os usuais 4 cm, chegando a até 9 cm. As causas desse crescimento excessivo ainda não são completamente compreendidas, mas em muitos casos, a dor abdominal intensa leva à necessidade de intervenção cirúrgica.

Emergência do HMSF

O paciente, um homem de 62 anos, procurou a emergência do HMSF com queixas de dores abdominais persistentes e perda de peso ao longo de dois meses. A confirmação diagnóstica veio por meio de uma tomografia computadorizada, revelando a presença do divertículo gigante do cólon. A resposta médica foi rápida, levando à realização de uma cirurgia que envolveu a ressecção do divertículo, a remoção de parte do intestino grosso e uma técnica para restaurar a continuidade intestinal.

Segundo o registro de relato de caso da Sociedade Brasileira de Hepatologia, a raridade do divertículo gigante do cólon fica evidente ao considerar que menos de 150 casos foram descritos na literatura inglesa. A primeira menção a essa condição foi feita pelos franceses Bonvin e Bonte em 1946. Afetando igualmente homens e mulheres, essa condição é mais comumente encontrada no cólon sigmoide, entre os 35 e 90 anos.

Apresentações clínicas

A apresentação clínica do DGC pode variar desde casos assintomáticos até quadros agudos de abdômen, frequentemente exigindo uma suspeição clínica aguçada para um diagnóstico diferencial. Exames de imagem, como raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética, são fundamentais, enquanto a colonoscopia oferece pouco benefício nesse contexto. O tratamento cirúrgico emerge como a opção mais eficaz diante desse tipo de quadro clínico.


Mesa de cirurgia. (Foto: reprodução/Pexels/Anna Shvets)


A doença diverticular do cólon, com prevalência variando entre 12% a 49%, é comum nos países ocidentais. Sua incidência aumenta com a idade, sendo menos comum em jovens até 40 anos e presente em cerca de 50% a 66% dos indivíduos com 80 anos ou mais. A redução na ingestão de fibras na dieta ocidental é apontada como um fator contribuinte para o aumento dos casos.

Divertículo gigante do cólon

O divertículo gigante do cólon, caracterizado por divertículos com mais de 4 cm, representa uma complicação rara dessa doença. Sua apresentação pode incluir desde casos assintomáticos até quadros agudos de peritonite secundária à perfuração. O diagnóstico requer exames de imagem, enquanto o tratamento cirúrgico é crucial para evitar complicações graves.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Hepatologia, o tratamento varia de acordo com a apresentação clínica da patologia. Para casos não complicados, a diverticulectomia, ressecção da área afetada e anastomose primária, é mais indicada. Para situações mais complexas, procedimentos como a cirurgia de Hartmann ou drenagem percutânea de abcessos podem ser considerados. A conduta expectante é reservada para pacientes sem condições clínicas para procedimentos cirúrgicos.

 

Foto destaque: Em um caso raro no Rio de Janeiro, um divertículo gigante, com diâmetro superior a 10 cm, foi removido. (Reprodução/Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF)/Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Anvisa aprova vacina Covovax para Covid-19 com tecnologia de proteína recombinante

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta segunda-feira (8), a aprovação da vacina Covovax (NVX-CoV2373) contra a Covid-19 desenvolvida pela Novavax. A vacina é considerada o primeiro imunizante a adotar a tecnologia de proteína recombinante no Brasil, oferecendo uma abordagem distinta às vacinas já em uso no país.

A vacina Covovax é produzida pelo Instituto Serum, na Índia, considerado o maior fabricante de vacinas do mundo. A solicitação para a autorização foi feita pela representante brasileira do instituto, a Zalika Farmaceutica. A Anvisa enfatizou que a aprovação foi respaldada por extensos dados de eficácia, imunogenicidade e segurança provenientes de dois estudos clínicos principais.

Diferencial tecnológico

Diferentemente de outras vacinas como Pfizer/BioNTech, CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, que empregam diferentes tecnologias, Covovax é inovadora ao utilizar proteína recombinante. Tal tecnologia vacinal envolve apenas uma parte do vírus, conhecida como proteína S (Spike), associada a uma adjuvante à base de saponina, um extrato vegetal. O objetivo é induzir uma resposta imunológica mais eficaz.

Embora a Novavax tenha desenvolvido a Covovax, a versão produzida em colaboração com o Instituto Serum recebe a denominação Covovax. A Anvisa autorizou a aplicação da vacina como esquema primário para indivíduos a partir de 12 anos, com a administração de duas doses e um intervalo de 21 dias corridos entre elas. Adicionalmente, recomenda-se um reforço aproximadamente 6 meses após a última aplicação, especialmente para indivíduos com 18 anos ou mais.

Formulação original

Apesar da aprovação, a Covovax pode enfrentar desafios na implementação efetiva no Brasil. A formulação aprovada é direcionada à variante original do Sars-CoV-2, enquanto a campanha nacional já oferece doses atualizadas para variantes mais recentes. Embora os estudos clínicos tenham demonstrado uma eficácia notável de 90,4% entre adultos, conduzidos entre dezembro de 2020 e abril de 2021, a Anvisa destaca a necessidade de atualização da vacina conforme a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).


Seringa e ampola de vacina. (Foto: reprodução/Agência Brasil/Tomaz Silva)


A Novavax já desenvolveu uma formulação adaptada para a variante XBB, recomendada pela OMS, aprovada em diversos países. A Anvisa espera receber os dados complementares necessários para essa atualização no início de 2024, conforme o Termo de Compromisso firmado entre a agência e a empresa.

Aprovação da vacina

A Anvisa concedeu registro à Vacina Covid-19 (recombinante), representando um avanço significativo na resposta à pandemia. Aprovada para indivíduos a partir de 12 anos, a vacina monovalente utiliza proteína S recombinante com adjuvante à base de saponina. Fabricada pelo Instituto Serum, aguarda avaliação pelo Ministério da Saúde para possível inclusão no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A abordagem inovadora da Covovax, aliada à sua eficácia comprovada, oferece perspectivas promissoras para a continuidade da luta contra a Covid-19 no Brasil. A Anvisa reforça a importância da atualização da vacina para garantir a eficácia contra variantes mais recentes do vírus, seguindo as diretrizes da OMS.

 

Foto destaque: O técnico em enfermagem, João Victor Pinho durante visita a paciente com vacinação em atraso, em Irajá, na zona norte da capital fluminense. (Reprodução/Agência Brasil/Tomaz Silva.

Estudo mostra que ibogaína é eficiente no tratamento de traumas em veteranos

Divulgado pela revista Nature Medicine, estudo realizado pela Universidade de Stanford mostra que drogas psicoativas apresentam um resultado eficiente no tratamento de sequelas causadas pelo traumatismo craniano em veteranos. 

A lesão é provocada pelo impacto ou pancada na cabeça. O trauma pode causar sangramentos, edemas ou formação de coágulos. Dependendo da gravidade da lesão, o traumatismo craniano pode desencadear ansiedade, depressão, perda de memória, apatia, paralisia, entre outros.

A Universidade de Stanford realizou os estudos no México e contou com a participação de 30 veteranos de operações especiais, em que todos sofreram em qualquer momento traumatismo craniano. 

O que é Ibogaína

Derivada das raízes da iboga, a ibogaína é uma substância que causa mudanças físicas e psíquicas. Ao ser ingerida, ela estimula a criação de neurotransmissores, que possuem como objetivo controlar a compulsão. O hormônio produzido pela ibogaína no corpo não é criado de forma voluntária na fase adulta, uma vez que, o corpo deixa de fabricá-lo aos 13 anos de idade. Ela é muito utilizada para o tratamento de dependentes de cocaína, crack e outros vícios.


Fruto da Iboga que também pode conter a ibogaína (Foto: reprodução/Rachel Nuwer/National Geographic Portugal)


A iboga é um arbusto que cresce no centro-oeste da África e foi muito usada para rituais religiosos ao longo da história. Contudo, o uso de ibogaína pode causar problemas cardíacos e no sistema gastrointestinal.

Tratamento contra sequelas de trauma

Para a realização do estudo, os pesquisadores precisaram ir ao México, visto que, nos Estados Unidos o uso de ibogaína é proibido. O professor Nolan Williams, contou em entrevistas, que os resultados obtidos no tratamento surpreenderam e que pretendem continuar a estudar a substância.

Todos os participantes do estudo tinham uma pontuação média no Cronograma 2.0 de Avaliação de Incapacidade da Organização Mundial da Saúde (WHODAS-2) superior a 30. Essa avaliação busca medir a incapacidade e saúde em vários aspectos. Após o tratamento, os sintomas dos participantes apresentaram uma grande melhora, sendo confirmada em uma nova avaliação do WHODAS-2, em que o resultado caiu para menos de 20. 

A avaliação indicou que o processamento cognitivo dos veteranos estava demonstrando muita melhora e após um mês do tratamento, os resultados ainda estavam caindo. Com isso, os pesquisadores ficaram entusiasmados com o estudo, mas disseram que é necessário mais algumas pesquisas para confirmar a ação da substância.

A ibogaína no Brasil não é liberada, mas a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) permite a sua importação para alguns tratamentos.

Foto Destaque: soldados em um campo de batalha (Reprodução/Mega Curioso)

Paxlovid, antiviral da Pfizer, recebe aprovação da Anvisa

Desenvolvido pela farmacêutica Pfizer, o antiviral Paxlovid foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de forma definitiva no último dia 29 de dezembro. Embora seja utilizado no Brasil desde 2022, inicialmente estava disponível apenas em farmácias particulares, ao custo de R$ 4,5 mil (uma cartela com 30 comprimidos), porém agora é distribuído no Sistema Único de Saúde (SUS).

Nota da diretora médica da Pfizer Brasil

Adriana Ribeiro, diretora médica da farmacêutica Pfizer Brasil, afirmou em nota sobre a aprovação do registro: “Esse é mais um avanço importante no tratamento da doença, especialmente para pacientes com problemas cardíacos, renais, diabetes, idosos, tabagistas, com obesidade ou que tratam câncer, ou outras condições que afetam a imunidade”. De acordo com ela, uma em cinco pessoas no mundo possui um fator de risco responsável por aumentar as chances de desenvolver a forma grave do coronavírus. Com isso, o registro definitivo do Paxlovid reafirma a qualidade, segurança e eficácia do medicamento.

Estudos realizados pela Pfizer para desenvolver a pílula antiviral apontaram que os riscos de agravamento do estado de saúde e o óbito podem reduzir em até 89% em pacientes com comorbidades.

Princípios ativos do Paxlovid

O medicamento Paxlovid pertence à classe dos inibidores de protease, o qual exerce sua ação, inibindo uma enzima (protease) que o SARS-CoV-2 utiliza para se replicar. 


Pílula antiviral Paxlovid (Foto: reprodução/AP Photo/Stephanie Nano)


No dia 14 de dezembro de 2021, a Pfizer divulgou os resultados do estudo de Fase 2/3 (EPIC-HR) desse antiviral para uso oral em pacientes de alto risco para COVID-19, assim como os resultados da análise interina do estudo de Fase 2/3 para pacientes de risco padrão para COVID-19 (EPIC-SR). Considerando os resultados do primeiro estudo, a agência regulatória dos Estados Unidos da América (U.S. Food and Drug Administration) autorizou, em 22 de dezembro de 2021, o uso emergencial desse antiviral em pacientes adultos e pediátricos (a partir de 12 anos ou com mais de 40kg) de alto risco para COVID-19.

O uso do medicamento 

Paxlovid contém as substâncias ativas nirmatrelvir e ritonavir. O nirmatrelvir é ativo contra o vírus que causa a COVID-19. O ritonavir prolonga o efeito terapêutico do nirmatrelvir. A dose recomendada é de 2 comprimidos de nirmatrelvir com 1 comprimido de ritonavir por via oral duas vezes ao dia (de manhã e à noite).

Foto destaque: Remédio antiviral Paxlovid da farmacêutica Pfizer (Reprodução/Pfizer/Site Poder 360).

 

Longevidade: veja dicas de como viver mais e melhor

Na prática, sabemos que envelhecer não é uma experiência igual para todos. A longevidade tem como referência processos biológicos que são universais, além de questões que, nas sociedades atuais, passaram a ser pensadas como problemas sociais. Ela é marcada por características bem diversas.

Para muitos da geração de cabelos brancos, da qual faço parte, o envelhecimento passou a ser um período de realizações individuais e sociais. À medida em que envelhecemos, desconhecemos nossos limites e potencialidades, e acabamos criando o mito de que velho é sempre o outro, passando a ser algo que não se realiza para a maioria das pessoas. Desse modo, sem assumirmos nossa senectude, não podemos pensá-la. Nem sequer representá-la em sua totalidade”, esclarece a especialista Neide Magalhães.

A seguir, a psicóloga Neide Magalhães pontua cinco aspectos essenciais da longevidade.

Positividade

É preciso encarar a vida com bom humor e trazer sempre alguma coisa que seja positiva.

Propósito

Traçar metas, se envolver em projetos, ter algum propósito para seguir, isso nos mantém ativos. 

Atenção à saúde mental

Você cuida da sua mente? Uma simples conversa pode ajudar a dar sentido para a sua vida. Uma dica é continuar socializando com gente da sua idade e de outras gerações. Se preciso, procure grupos de apoio. “A conversa é o que dá sentido à existência”, pontua Neide Magalhães.

Movimento

Faça atividades que você goste, seja ativo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física moderada por semana para adultos. Portanto: mexa-se.

Hábitos saudáveis

Além de manter o corpo e a mente em movimento, não podemos esquecer de outros fatores essenciais para a nossa existência, como uma alimentação balanceada e ter o sono em dia.

Fonte:

Nadando contra a maré, a psicóloga Neide Magalhães, no auge dos seus 79 anos, resolveu colocar no papel todo o seu estudo sobre longevidade. Dedicou anos de pesquisas na área de psicologia do desenvolvimento humano e envelhecimento saudável, até chegar à conclusão de que é preciso viver a velhice.

Foto destaque: casal de idosos felizes no parque (Reprodução/Wirestok/Freepik)

Impressão digital pode revolucionar diagnóstico do câncer de mama

Pesquisadores da Universidade Sheffield Hallam, na Inglaterra, investigam a substituição da mamografia, um exame caro e doloroso, pela análise de impressões digitais em pacientes suspeitos de terem câncer de mama. A nova técnica promete aumentar significativamente o número de testes realizados e o número de vidas salvas pelo diagnóstico precoce.


Laboratório para exames de câncer de mama (Foto: reprodução/Thinkstock/Veja) 


Das investigações criminais para o diagnóstico do câncer de mama

As impressões digitais são bastante utilizadas na investigação forense, já que permitem traçar um perfil do suspeito, podendo incriminá-lo (ou não) por meio das informações levantadas sobre seu estilo de vida.

A identificação se dá pela análise da composição molecular do suor contido nas digitais, e o exame é feito por meio da espectrometria de massa, um sistema que mede o peso atômico das partículas e moléculas.

Simona Francese, professora de espectrometria de massa forense e bioanalítica na Sheffield Hallam University, explica como a descoberta aconteceu.

A maior parte da minha pesquisa tem sido, há quase 15 anos, em ciência forense, mas descobri há alguns anos a possibilidade de passar do diagnóstico forense para o diagnóstico médico usando o suor”.

A descoberta do novo método na Inglaterra 

Traçando perfis de supostos criminosos, Francese percebeu que o mesmo procedimento poderia ser usado para identificar marcadores cancerígenos.

O suor contém muitas moléculas diferentes, mas o que nos interessa são as proteínas […] Essas proteínas, os diferentes níveis de expressão e diferentes fatores de expressão dessas proteínas nos dizem se um paciente tem uma patologia benigna, se tem câncer em estágio inicial ou se é metastático. Usamos inteligência artificial para dar sentido a esses dados de espectrometria de massa”, afirma Francese.

Segundo o Dr. Jim Langridge, membro científico da Waters Corporation, é a partir das manchas das impressões digitais que se pode identificar, por meio da diferenciação, as amostras cancerígenas.


Mulher segurando símbolo do Outubro Rosa, mês de combate ao câncer de mama (Foto: reprodução/Angiola Harry/Unsplash)


A esperança é de que, no futuro, a detecção do câncer de mama seja possível pela simples análise da impressão digital, um procedimento não invasivo que substituiria a mamografia, exame doloroso e que obriga os pacientes a se dirigirem a centros especializados cujas consultas levam, no mínimo, 20 minutos.

Simona Francese lembra que, atualmente, apenas a mamografia e a biópsia são exames capazes de identificar o câncer de mama e finaliza dizendo: “Eu vou continuar a encorajar as mulheres para fazerem esses exames, porque eles ainda salvam vidas”.

Foto destaque: impressão digital, usada em investigações forenses, pode ajudar na luta contra o câncer (Reprodução/Imago Images/Science Photo Library)