Felipe Simas revela diagnóstico de neurite óptica; entenda sobre a doença

A neurite óptica é uma inflamação do nervo do olho e é associada, na maioria das vezes, à neuromielite óptica (NMOSD), podendo ainda ser um diagnóstico precoce da doença, que é autoimune. Após ficar com a visão turva e embaçada, o ator Felipe Simas, juntamente com sua esposa Mariana Simas, compartilharam em suas redes sociais, nesta segunda-feira (29), um vídeo relatando o diagnóstico de neurite óptica, em que ambos alertam para a gravidade da doença.

No vídeo, o ator fala: “hoje vim compartilhar com vocês um momento que afetou nossas vidas de forma inesperada. Eu, Felipe Simas, fui diagnosticado e enfrentei a neurite óptica, uma condição que pode ser um dos primeiros sinais da doença do espectro da neuromielite óptica (NMOSD), uma doença autoimune rara que afeta o sistema nervoso central, principalmente o nervo óptico e a medula espinhal”.

Sintomas

Os sintomas principais são a visão turva, dor ocular, perda temporária ou total da visão. Porém, se trata de situações reversíveis, ou seja, a pessoa pode voltar a enxergar com um tratamento. Mas ainda assim, é importante o diagnóstico precoce, pois há possibilidade de danos irreversíveis, alertam médicos.

Diagnóstico e tratamento precoce

O tratamento consiste na utilização de esteroide, pois a neurite óptica geralmente melhora com o tempo e por conta própria, porém existem alguns casos que os medicamentos esteroides são utilizados somente para reduzir a inflamação.


Ilustração do olho humano (Foto: reprodução/Harpreet Singh/Unsplash)


É uma doença que afeta principalmente na fase adulta, após os 20 anos e principalmente as mulheres que já tenham uma pré-disposição para doenças autoimunes, explicam os médicos.

Portanto, a neurite óptica pode ser compreendida como um prelúdio para algo ainda mais grave, e que com diagnóstico preciso e tratamento precoce, pode-se evitar algo ainda pior e consequentemente irreversível.

Foto destaque: Felipe Simas (Reprodução/Instagram/@joaomigueljr_photos/@felipessimas)

Brasil registra primeira morte por Febre Amarela e acende alerta para prevenção

O Ministério da Saúde divulgou, na última sexta-feira (26), o primeiro caso de morte por Febre Amarela do ano, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Com isso, o próprio ministério também divulgou um alerta incentivando o aumento de medidas protetivas contra a disseminação da doença e campanhas de imunização.

Alta letalidade

Dentre os quatro casos notificados nos últimos seis meses, três resultaram em óbito. Os casos estavam localizados em São Paulo, Roraima e Amazonas. Os casos do ano de 2024 foram o do homem de 50 anos, que acabou por falecer, e um jovem de 28 anos de Serra Grande, que já se recuperou.

A Febre Amarela é uma doença comum da região amazônica pelo clima propício, porém, caso esse clima se reproduza em outros locais, a ocorrência da doença pode aumentar em tal local. Com o calor extremo nos meses do verão, a umidade elevada e a reprodução de mosquitos desenfreada, os índices da doença vêm aumentando na região Sudeste.


Fêmea do Aedes aegypti, transmissora da Febre Amarela e da Dengue (Foto: reprodução/US Department of Agriculture)


Medidas de prevenção

O combate à Febre Amarela começa com os mesmos passos do combate à Dengue, uma vez que o transmissor de ambas as doenças é o mosquito Aedes Aegypti. Começa-se por eliminar os focos de água parada, cuidar de vasos de plantas e utilizar repelente.


Campanha pública de vacinação (Foto: reprodução/Walterson Rosa/MS)


Além disso, nota-se que os índices de vacinação no Brasil decaíram após a insurgência do movimento anti vacina durante a pandemia de COVID-19, que não só afetou a proteção da população brasileira e mundial contra o vírus mas também fez reaparecer no Brasil doenças há muito extinguidas, como Rubéola, Sarampo, Coqueluche e a própria Febre Amarela.

Espera-se que os governos locais lancem campanhas de vacinação e prevenção contra a doença, como a campanha de 2018.

Foto destaque: Vacina contra a Febre Amarela (Reprodução/Vagnerstos/Agência Brasil)

Brasil atinge número recorde de Dengue

O Brasil registrou seu maior número de casos confirmados de Dengue nas primeiras 16 semanas do ano vigente. O algarismo supera quatro milhões, ultrapassando inclusive a expectativa especulada pela secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, que era de 4 milhões e 200 mil casos da doença para todo período do ano de 2024. 

Números Assustadores 

O Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizou o número nessa segunda-feira (29) e registrou 4.127.571 casos, como já dito este número é inédito no país tropical. A maior contagem da doença aconteceu em 2015, quando o Brasil registrou 1.688.688 de casos. 

Nessa mesma altura do ano de 2023, o país contava com 902.174 infecções de Dengue. O número assusta, pois, se comparado ao deste ano, é cerca de quatro vezes menor. Ademais, até o momento foram confirmadas 1.937 mortes registradas por Dengue desde janeiro, no mesmo período do ano passado, o número era de 620 óbitos confirmados. 

Sorotipos de Dengue e número de casos 

A Dengue possui quatro sorotipos diferentes que causam também diferentes formas de como a doença pode afetar o corpo humano, o DENV-1, DENV-2, DENV-3 e o DENV-4. O mais comum no Brasil é o tipo um, que possui registro de infecção em todos os 26 estados brasileiros além do Distrito Federal. Já o segundo sorotipo mais registrado é o 2, que está presente em 24 estados e na capital do país. O único local que indicou a contaminação dos quatro sorotipos da Dengue é o estado de Minas Gerais. 

Uma vez contaminado por determinado sorotipo de Dengue, o corpo fica imune a tal variação, portanto cada ser humano pode chegar a ser contaminado pela doença quatro vezes ao longo de sua vida. 

Características do mosquito e sintomas 

O Aedes aegypti é um pernilongo originário da África que tem seu nome, “odioso do Egito”, derivado do Latim e do Grego. Possui manchas brancas bem visíveis na perna, tem cerca de 5 a 7 mm e ao sugar o sangue do nosso corpo fica com sua barriga vermelha. Além da Dengue o mosquito também transmite a Zika, Chikungunya e Febre-amarela. 


Doutor comenta sobre o contagio e a prevenção da Dengue (Vídeo Reprodução/YouTube/Dr Juliano Teles)


Os principais sintomas que podem indicar a infecção por Dengue são; alta temperatura corporal, dores musculares, manchas vermelhas, dor atrás do olho, náuseas, vômitos e fortes dores de cabeça. 

 

Foto Destaque: Mosquito da Dengue o Aedes aegypti (Reprodução/minhavida/João Paulo Burini)

Portadores de papilomatose respiratória (PRR) são novo grupo a receber vacinação contra HPV

Desde o dia (22) deste mês, indivíduos diagnosticados com papilomatose respiratória recorrente (PRR), ganharam o direito de serem considerados prioritários no esquema de vacinação contra o HPV, segundo o Ministério da Saúde. O procedimento para receber a vacina requer a apresentação de uma prescrição médica, assegurando que os beneficiários sejam identificados e orientados adequadamente. 

Como se define a PRR

Papilomatose respiratória recorrente representa uma doença rara caracterizada pelo crescimento de tumores benignos nas vias respiratórias, podendo causar dificuldades respiratórias e outros sintomas significativos. É uma doença notória pela formação de verrugas, predominante na laringe.

Sua associação com o HPV sublima a importância da vacinação como meio de prevenção.


Como ocorre a Papilomatose respiratória recorrente (Vídeo: reprodução/YouTube/Otorrino Otávio- Voz e Deglutição)


A medida da vacinação será pioneira, não só amplia o escopo contra o Vírus do Papiloma Humano, mas também abre novas possibilidades de tratamento para os afetados pela PRR, uma condição pouco conhecida, mas com grandes impactos na qualidade de vida dos pacientes.

Tratamento da Papilomatose Respiratória Recorrente 

O tratamento da Papilomatose respiratória recorrente (PRR) envolve, predominante, procedimentos cirúrgicos para a remoção das verrugas localizadas nas cordas vocais e na laringe. Essas intervenções, cruciais para mitigar os sintomas e impedir a progressão da doença, devem ser realizadas tantas vezes quanto necessário.

As repetidas intervenções cirúrgicas, embora sejam a melhor opção terapêutica disponível para combater a proliferação de lesões, trazem consigo desafios consideráveis. Um deles é o aspecto econômico, já que o custo para o tratamento pode se tornar caro para alguns pacientes. De acordo com informações da pasta da Saúde a eficácia do tratamento cirúrgico para PRR, apesar de ser a principal linha de tratamento, não está isenta de limitações, uma vez que não eliminam o risco de recidivas de verrugas.

Dose única 

O Ministério da Saúde incorporou uma nova estratégia de vacinação contra o HPV, adotando o esquema de dose única em substituição ao modelo anterior de duas aplicações. Essa mudança duplica a capacidade de imunização com estoques disponíveis, visando intensificar a proteção contra o câncer de colo de útero e outras complicações vinculadas aos vírus.


Vacinação contra HPV, agora em única dose (Vídeo: reprodução/YouTube/@Band Jornalismo)


A transição para a dose única tem base em evidências robustas sobre eficácia, estando alinhadas às orientações recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

Foto Destaque: pessoas portadoras de Papilomatose Respiratória Recorrente são o novo grupo para receber vacinação contra o HPV (Reprodução/José Cruz/Agência Brasil)

 

Vacina contra reaparecimento de câncer de pele entra em última fase de teste

Nesta sexta-feira (26), médicos britânicos divulgaram as primeiras fotografias de um homem recebendo um imunizante que pode diminuir a recorrência do melanoma, um tipo de câncer, em pacientes que já lutaram contra a doença. A vacina também teve resultados positivos na prevenção do reaparecimento do câncer no pulmão, rins e bexiga. 

O paciente que se voluntariou para testar a última fase do imunizante se chama Steve Young, um músico de 51 anos que descobriu ter melanoma nível II no ano passado. A vacina pode ser a solução contra o retorno da doença no organismo do músico. 

“Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. É claro que não me senti tão sortudo quando fui diagnosticado com câncer de pele; na verdade, foi um grande choque, mas agora que fiz tratamento, estou ansioso para garantir que não volte a ocorrer. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer”, diz o paciente em comunicado.

Método diferente


A nova vacina utiliza método semelhante aos imunizantes contra a Covid-19 (Foto: reprodução/National Cancer Institute/Unsplash)


“Esta é uma terapia individualizada e muito mais inteligente, em alguns sentidos, do que uma vacina”, disse Heather Shaw, oncologista e coordenadora nacional do ensaio clínico de fase 3 da mRNA-4157 (V940), ao jornal britânico The Guardian, mostrando grande expectativa com os resultados. “É absolutamente personalizado para o paciente – você não poderia dar isso ao próximo paciente na fila porque não esperaria que funcionasse.”.

O imunizante tem o diferencial de “treinar” o sistema imunológico do paciente contra a doença antes presente no corpo. “A ideia por trás desta imunoterapia é que, ao estimular o corpo a produzir essas proteínas, ele pode preparar o sistema imunológico para identificar e atacar rapidamente quaisquer células cancerígenas que as contenham, com o objetivo de prevenir a recorrência do melanoma

A doença 


O melanoma é o tipo mais raro da doença (Foto: reprodução/freestocks/Unsplash)


O câncer de pele é um dos mais mortais no mundo por conta da facilidade maior do tumor em se espalhar pelos demais órgãos, a chamada metástase. No Brasil, é o mais frequente entre todos os diagnósticos de tumores malignos, mas o melanoma, o mais agressivo, corresponde apenas a 4% dessa porcentagem.

Especialistas ainda afirmam que a vacina não busca prevenir a doença, mas evitar que volte a se manifestar em pacientes já curados.

Foto Destaque: Nova vacina que pode revolucionar o tratamento do cancer entra em última fase de testes (Reprodução//Instagram/@steveyounguk)

Câncer inguilar é a causa da morte do cantor do “Molejo”

Faleceu hoje, sexta-feira (26), com 51 anos, o vocalista e compositor do grupo de pagode “Molejo”, Anderson Leonardo. O artista foi diagnosticado em 2022 com câncer e já havia passado por várias internações. Ele sofria de um tipo raro de câncer que atinge a área da virilha: o câncer inguinal. Este tipo, pode ser ocasionado por metástase (que é quando os tumores se espalham para outras partes) de outros tipos de cânceres, como o de bexiga, próstata, útero, bexiga e até melanoma.

O que dizem os médicos


Ver no Instagram

Anderson Leonardo tocando em show com a banda “Molejo” (Foto: reprodução/Instagram/@cantorandersonleonardo)


O membro do Comitê de Tumores Geniturinários da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e médico oncologista, Denis Jardim, explicou que o câncer inguinal tem seu nome em referência a região anatômica o qual ocupa, que é popularmente conhecida como virilha e que carrega estruturas importantes como linfonodos, pele e tendões. De acordo com o médico, os sintomas incluem dor local e o aparecimento de um nódulo na região, que pode ser doloroso e até gerar sangramentos.

O líder do Centro de Referência de Tumores Urológicos, médico Stênio Zequi, diz que “a região inguinal não costuma ser a sede de um câncer, não existe câncer inguinal. Essa região, a virilha, é rica em linfonodos, em gânglios linfáticos, popularmente chamados de ínguas. Nesse local tem uma grande concentração de células de defesa do corpo, de glóbulos brancos”.

O doutor também salienta que é raro um câncer nascer na região da virilha. “É uma neoplasia que pode ter nos membros inferiores, na pele, nas pernas, pés, por exemplo, e também na região genital, tanto masculina quanto feminina, como tumores de vulva (na mulher) e tumores do pênis e da uretra (no homem)”, comentou.

Como é o tratamento e diagnóstico 

O diagnóstico desse tipo de câncer geralmente é feito por uma biópsia, que é a coleta de uma pequena amostra de tecido retirada do paciente com uma agulha, ou por meio de uma incisão cirúrgica, que será analisada em um laboratório para identificar o tipo de tumor que afeta o paciente. O tratamento é decidido após o resultado da biópsia, podendo incluir cirurgia, radioterapia e até quimioterapia, podendo variar se a doença estiver avançada, se existe a possibilidade de remoção do nódulo e da sensibilidade do câncer ao tratamento.

 

Foto destaque: Anderson Leonardo em uma performance (Reprodução/Instagram/@cantorandersonleonardo)

“Burnon”: entenda a síndrome de quando a paixão pelo trabalho leva à exaustão

Na corrida incessante da vida moderna, um novo fenômeno psicológico surge, chamado “burnon”. Diferente da conhecida síndrome de burnout, onde o indivíduo entra em colapso por causa do estresse crônico, o burnon descreve aqueles que continuam a se esforçar incansavelmente mesmo estando exaustos.

Este termo foi criado pelos psicólogos Timo Schiele e Bert te Wildt, de uma clínica psicossomática na Alemanha, após que observaram essa tendência em pacientes tratados por burnout.


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Os pacientes com burnon continuam se esforçando mesmo após ultrapassarem seus limites de bem-estar mental (Foto: reprodução/ Oleg Breslavtsev/GettyImages Embed)


Entenda as causas

O “burnon” é caracterizado por um estado de engajamento intenso no trabalho, impulsionado pela paixão e pela constante conectividade digital, deixam um estado de hiperatividade contínua. Profissionais dedicados enfrentam um acúmulo de responsabilidades, buscando excelência em todas as esferas, inclusive no lazer e na vida social. Contudo, a sobrecarga crônica pode resultar em sintomas físicos como dores musculares, cefaleias e distúrbios psicológicos, incluindo depressão e ansiedade.

O estilo de vida moderno, que valoriza o sucesso e o reconhecimento, e fatores como a competição e crises econômicas intensificam o estresse. Aqueles que almejam a perfeição, estão especialmente suscetíveis ao burnon, com o perfeccionismo exacerbando a pressão interna.

Psicologicamente, pode levar ao desespero, perda de felicidade e questionamentos existenciais. Comorbidades como depressão, ansiedade e vícios podem surgir, além de condições psicossomáticas como hipertensão, aumentando o risco de complicações cardíacas e derrames cerebrais.

Como lidar com a Síndrome

É essencial encontrar um equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal, reconhecendo a importância do descanso. Mudanças são necessárias quando o trabalho sobrepõe o autocuidado. Atividades como caminhadas e meditação são vitais para mitigar o estresse. A assistência de terapeutas proporciona estratégias adaptadas. Ainda que burnon não seja uma doença mental oficial, sua identificação é fundamental para a busca de apoio e a descrição de sintomas.

É crucial buscar um equilíbrio, valorizando o descanso e a desconexão para preservar a saúde mental e física a longo prazo. Pessoas apaixonadas pelo trabalho tendem a negligenciar suas próprias necessidades.

Foto Destaque: psicólogos de Munique criam o termo “burnon” para pessoas que dão o seu melhor mesmo estando exaustas (Reprodução/FG Trade/GettyImages Embed)

Wegovy: conheça o novo medicamento contra a obesidade da Novo Nordisk

Novo medicamento para obesidade chegará ao Brasil no próximo semestre. A Novo Nordisk, grande empresa farmacêutica dinamarquesa, anunciou na última quinta-feira (25) que Wegovy, um tratamento inovador para a obesidade, chegará em breve às farmácias brasileiras. O Wegovy é similar ao Ozempic, outro medicamento à base de semaglutida. Enquanto o Ozempic tem as licenças necessárias para o tratamento de diabetes tipo 2, o Wegovy foi especificamente desenvolvido para combater a obesidade e o sobrepeso.

O Wegovy é a base de semaglutida 2,4 mg. Ele é administrado por meio de uma caneta injetora semanalmente. Estudos clínicos comprovam que os pacientes normalmente perderam 17% do peso corporal. O Wegovy também ajuda contra diabetes e doenças cardiovasculares.


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Empresa que fabrica Ozempic, que visa o controle da diabetes, lança novo medicamento focado na perda de peso (Foto: reprodução/Bloomberg/GettyImages Embed)


Alta demanda do medicamento

No Brasil, espera-se uma alta procura pelo medicamento, mas é importante lembrar que seu uso deve ser feito somente com acompanhamento profissional.

Quanto ao custo, a expectativa é que o tratamento com Wegovy custe um pouco mais de R$ 2 mil. Além disso, outra medicação para excesso de peso, a tirzepatida, também foi aprovada pela Anvisa e aguarda lançamento oficial no país.

Lucro da farmacêutica

Em 2023, o lucro da Novo Nordisk, empresa que fabrica Ozempic e Wegovy, aumentou impressionantes 51%. Essa performance estimulou um aumento de quase 60% no valor das ações da empresa em apenas um ano. A  Novo Nordisk é a empresa mais valiosa do mercado europeu e a 14ª do mundo. O impacto da Novo Nordisk vai além das finanças. Na Dinamarca, o crescimento do PIB em 2023 teria sido negativo sem a participação do setor farmacêutico local.

A semaglutida, não é apenas uma substância controladora de açúcar no sangue. O medicamento que usa este princípio ativo se tornou uma sensação no tratamento da obesidade, prolongando a saciedade e retardando o esvaziamento do estômago.

Foto Destaque: Wegovy, medicamento simular ao Ozempic, chegará ao Brasil no próximo semestre (Reprodução/NurPhoto/GettyImages Embed)

Restrição calórica pode prolongar a vida

Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, apontou que a restrição de calorias em humanos reduz o processo de envelhecimento genético, ou seja, prolonga a vida. 

A princí­pio foi descoberto que a restrição de calorias acelerou o encurtamento dos telômeros (elementos protetores do DNA). As consequências desse encurtamento são: aceleramento da morte celular e envelhecimento. Inicialmente, foram utilizados ratos para realizar o estudo que durou cerca de dois anos.

Posteriormente, cerca de um ano depois dos testes iniciais, foi detectado que a restrição das calorias começou a postergar o processo de envelhecimento. Ao final da pesquisa, conclui-se que o grupo dos animais com restrição calórica teve um encurtamento dos elementos protetores do DNA menor do que o grupo sem restrições alimentares. A pesquisa foi publicada na revista Aging Cell. 

Estudo em humanos

Além dos ratos, os humanos também participaram da pesquisa em uma etapa posterior. O resultado obtido foi similar ao obtido com os testes em ratos. Ao todo foram 175 participantes humanos com idades entre 21 e 50 anos. Cerca de 117 foram submetidos a restrições alimentares, enquanto os outros seguiram com a rotina alimentar inalterada.


Prática de atividade física (Reprodução/Getty Images Embed/Morsa Images)


Paralelamente a restrições alimentares, o grupo também foi orientado a realizar atividades físicas pelo menos cinco vezes na semana. Nos dias iniciais da pesquisa, as refeições necessárias foram fornecidas ao grupo com as devidas especificações necessárias para o estudo.

Resultados 

Os participantes submetidos a dieta, perderam peso e os telômeros de forma mais rápida do que o grupo não participante das restrições alimentares no primeiro ano. Posteriormente, no segundo ano da pesquisa, os elementos protetores do DNA foram perdidos mais lentamente pelo grupo participante da dieta. Além dos resultados obtidos inicialmente, o grupo com restrições alimentares será acompanhado pelos próximos 10 anos a fim de detectar o que acontece com os telômeros a longo prazo – já que houve uma variação entre o primeiro e segundo ano de pesquisa. 

O autor principal do artigo,  Waylon Hastings, reconheceu que o tema proposto ainda está em estudo, mas existe muitas razões para acreditar que a restrição calórica pode prologar a expectativa de vida humana. 

Foto destaque: Alimentação saudável (Reprodução/Getty Images Embed/Kseniya Ovchinnikova)

Pesquisa revela que creatina pode ajudar com o processamento cerebral e a memória

Cientistas do Instituto de Neurociências e Medicina de Forschungszentrum Jülich, na Alemanha, fizeram uma pesquisa recentemente que foi divulgada na renomada revista científica Scientific Reports. O estudo mostra que uma alta dose de creatina pode ajudar com o processo cerebral de pessoas fadigadas mentalmente e privadas de sono.

Esta substância ganhou espaço em academias ao redor do mundo. Seu uso pode oferecer uma melhora temporária no metabolismo para um melhor desempenho.


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A creatina é muito usada por pessoas que aderem ao exercício físico e estilo de vida saudável (Foto: reprodução/bymuratdeniz/GettyImages Embed)


Entenda a pesquisa

O estudo contou com a participação de 15 pessoas que ficaram privadas de sono durante uma madrugada. Estes voluntários realizaram diversos testes cognitivos neste período e após receberem altas doses de creatina, foi observado que o desempenho cognitivo melhorou nos testes apesar da fadiga.

O maior desempenho da substância no organismo dos participantes foi observado quatro horas após o uso e durou por nove horas. Os testes mostraram que a creatina também ajudou na memória de curto prazo. A creatina é encontrada naturalmente no corpo humano, e é importante para produzir energia energia para as células musculares. 

Benefícios e malefícios

A suplementação com creatina tem sido associada a diversos benefícios para a saúde e o desempenho físico. Em destque está o aumento de massa muscular, a recuperação muscular e melhorando a densidade óssea, decorrente do aumento da massa magra, que pode contribuir para a prevenção de doenças crônicas como a osteoporose.

Embora a creatina seja considerada segura para a maioria das pessoas quando usada por recomendação profissional, seu consumo excessivo pode levar a efeitos colaterais, como o desconforto gastrointestinal, cãibras, desidratação e sobrecarga renal.

Não é recomendável que indivíduos consumam altas doses de creatina sem supervisão médica, devido aos riscos potenciais à saúde dos rins. Pesquisas futuras podem revelar benefícios cognitivos  para melhorar o foco e a concentração em maiores períodos de tempo.

Foto Destaque: estudo revela que creatina ajuda no processamento cerebral é na memória (Reprodução/Djavan Rodriguez/GettyImages Embed)