O Ministério da Saúde divulgou, na última sexta-feira (26), o primeiro caso de morte por Febre Amarela do ano, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Com isso, o próprio ministério também divulgou um alerta incentivando o aumento de medidas protetivas contra a disseminação da doença e campanhas de imunização.
Alta letalidade
Dentre os quatro casos notificados nos últimos seis meses, três resultaram em óbito. Os casos estavam localizados em São Paulo, Roraima e Amazonas. Os casos do ano de 2024 foram o do homem de 50 anos, que acabou por falecer, e um jovem de 28 anos de Serra Grande, que já se recuperou.
A Febre Amarela é uma doença comum da região amazônica pelo clima propício, porém, caso esse clima se reproduza em outros locais, a ocorrência da doença pode aumentar em tal local. Com o calor extremo nos meses do verão, a umidade elevada e a reprodução de mosquitos desenfreada, os índices da doença vêm aumentando na região Sudeste.
Fêmea do Aedes aegypti, transmissora da Febre Amarela e da Dengue (Foto: reprodução/US Department of Agriculture)
Medidas de prevenção
O combate à Febre Amarela começa com os mesmos passos do combate à Dengue, uma vez que o transmissor de ambas as doenças é o mosquito Aedes Aegypti. Começa-se por eliminar os focos de água parada, cuidar de vasos de plantas e utilizar repelente.
Campanha pública de vacinação (Foto: reprodução/Walterson Rosa/MS)
Além disso, nota-se que os índices de vacinação no Brasil decaíram após a insurgência do movimento anti vacina durante a pandemia de COVID-19, que não só afetou a proteção da população brasileira e mundial contra o vírus mas também fez reaparecer no Brasil doenças há muito extinguidas, como Rubéola, Sarampo, Coqueluche e a própria Febre Amarela.
Espera-se que os governos locais lancem campanhas de vacinação e prevenção contra a doença, como a campanha de 2018.
Foto destaque: Vacina contra a Febre Amarela (Reprodução/Vagnerstos/Agência Brasil)