Desde o dia (22) deste mês, indivíduos diagnosticados com papilomatose respiratória recorrente (PRR), ganharam o direito de serem considerados prioritários no esquema de vacinação contra o HPV, segundo o Ministério da Saúde. O procedimento para receber a vacina requer a apresentação de uma prescrição médica, assegurando que os beneficiários sejam identificados e orientados adequadamente.
Como se define a PRR
Papilomatose respiratória recorrente representa uma doença rara caracterizada pelo crescimento de tumores benignos nas vias respiratórias, podendo causar dificuldades respiratórias e outros sintomas significativos. É uma doença notória pela formação de verrugas, predominante na laringe.
Sua associação com o HPV sublima a importância da vacinação como meio de prevenção.
Como ocorre a Papilomatose respiratória recorrente (Vídeo: reprodução/YouTube/Otorrino Otávio- Voz e Deglutição)
A medida da vacinação será pioneira, não só amplia o escopo contra o Vírus do Papiloma Humano, mas também abre novas possibilidades de tratamento para os afetados pela PRR, uma condição pouco conhecida, mas com grandes impactos na qualidade de vida dos pacientes.
Tratamento da Papilomatose Respiratória Recorrente
O tratamento da Papilomatose respiratória recorrente (PRR) envolve, predominante, procedimentos cirúrgicos para a remoção das verrugas localizadas nas cordas vocais e na laringe. Essas intervenções, cruciais para mitigar os sintomas e impedir a progressão da doença, devem ser realizadas tantas vezes quanto necessário.
As repetidas intervenções cirúrgicas, embora sejam a melhor opção terapêutica disponível para combater a proliferação de lesões, trazem consigo desafios consideráveis. Um deles é o aspecto econômico, já que o custo para o tratamento pode se tornar caro para alguns pacientes. De acordo com informações da pasta da Saúde a eficácia do tratamento cirúrgico para PRR, apesar de ser a principal linha de tratamento, não está isenta de limitações, uma vez que não eliminam o risco de recidivas de verrugas.
Dose única
O Ministério da Saúde incorporou uma nova estratégia de vacinação contra o HPV, adotando o esquema de dose única em substituição ao modelo anterior de duas aplicações. Essa mudança duplica a capacidade de imunização com estoques disponíveis, visando intensificar a proteção contra o câncer de colo de útero e outras complicações vinculadas aos vírus.
Vacinação contra HPV, agora em única dose (Vídeo: reprodução/YouTube/@Band Jornalismo)
A transição para a dose única tem base em evidências robustas sobre eficácia, estando alinhadas às orientações recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (Opas).
Foto Destaque: pessoas portadoras de Papilomatose Respiratória Recorrente são o novo grupo para receber vacinação contra o HPV (Reprodução/José Cruz/Agência Brasil)