O Vaticano encerrou as visitas públicas à Capela Sistina nesta segunda-feira (28), iniciando os preparativos para o conclave que escolherá o próximo Papa.
Entre os ajustes na Capela, destaca-se a instalação da chaminé no telhado, usada para anunciar o resultado das votações: fumaça preta indica que não houve consenso, enquanto a fumaça branca sinaliza a eleição de um novo pontífice. Após cada sessão de votação, as cédulas dos cardeais são queimadas, e a fumaça torna-se o principal meio de comunicação com o público.
Além da chaminé, a Capela passa por adaptações internas para garantir o sigilo absoluto do processo. Equipamentos de segurança são verificados e dispositivos para impedir qualquer tipo de comunicação externa são instalados para garantir o isolamento dos cardeais.
Com o fechamento do local até a escolha do novo Papa, muitos turistas se consideraram privilegiados por terem conseguido visitar a famosa Capela no domingo (27), último dia de abertura. Para os responsáveis pelo turismo no Vaticano, esse fechamento marca um período especial, já que a Capela Sistina é uma das atrações mais procuradas do mundo.
Foto: Túmulo do papa Francisco (reprodução/Instagram/@vaticannews)
Para os responsáveis pelo turismo no Vaticano, o fechamento da Capela é sempre um momento de transição importante, já que ela é um dos pontos mais visitados do mundo.
Como funciona a eleição do novo papa
O conclave reúne cardeais com idade inferior a 80 anos, com origem de vários países. Durante o processo, eles ficam completamente isolados dentro da "zona de conclave" no Vaticano e assumem o compromisso de guardar absoluto sigilo sobre as deliberações. Cardeais impossibilitados por motivos graves de saúde podem ser dispensados da participação.
Para que um novo Papa seja escolhido, é necessário que o candidato obtenha dois terços dos votos. Com 133 cardeais eleitores previstos, pelo menos 89 votos serão exigidos para a eleição. O processo pode incluir até quatro votações por dia, sendo duas no período da manhã e duas no período da tarde. Caso não haja uma definição após três dias consecutivos de votações, será feita uma pausa de 24 horas dedicada à oração e reflexão. Se, mesmo após 34 votações, nenhum candidato alcançar a maioria necessária, a escolha ficará restrita aos dois cardeais mais votados, mantendo-se ainda a exigência de dois terços dos votos para a eleição.
Presença brasileira no conclave
O Brasil terá sete representantes entre os eleitores: Sérgio da Rocha, Jaime Spengler, Odilo Scherer, Orani Tempesta, Paulo Cezar Costa, João Braz de Aviz e Leonardo Ulrich Steiner. Eles ajudarão a definir o novo líder da Igreja Católica, em um processo que pode durar poucos dias ou se estender, a depender da rapidez do consenso.
O Vaticano confirmou que o conclave começará em 7 de maio, data que marca o início oficial do processo para definir o próximo líder da Igreja Católica.
Foto Destaque: Conclave para eleger um novo Papa começará em 7 de maio, de acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé (Reprodução/X/@vaticannews)