Países sem acordo comercial serão notificados até meia-noite, diz Casa Branca

Porta-voz informou sobre atuação da equipe comercial do governo; nações que não receberam carta tarifária também serão avisados até o final do dia

31 jul, 2025
Casa Branca, em Washington | Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed
Casa Branca, em Washington | Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed

Nesta quinta-feira (31), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, comunicou à imprensa que os países que não firmaram um acordo comercial com os Estados Unidos ou que não foram notificados com uma carta tarifária receberão informações até o final do dia. 

Essas nações serão informadas dos termos das suas relações comerciais com os EUA. O valor exato das tarifas a serem impostas sobre esses países não foi comunicado no anúncio. Apesar disso, declarações recentes do presidente americano, Donald Trump, apontam para uma possível tarifa universal de 15% a 20%. 

Comunicado oficial 

Na coletiva de imprensa, Leavitt delimitou que os países serão notificados até a meia-noite desta quinta-feira. “A equipe comercial tem trabalhado 24 horas para tentar estar em correspondência com a maior quantidade de países possível, mas se eles não receberam notícias nossas ainda, eles receberão na forma de carta ou de decreto até a meia-noite de hoje“, explicou a porta-voz da Casa Branca.


Karoline Leavitt em coletiva nesta quinta (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)

Acordo com outros países 

Desde os primeiros anúncios tarifários, em abril, várias nações têm tentado dialogar com a Casa Branca e negociar as taxas impostas, que entrarão em vigor amanhã, dia primeiro de agosto. Alguns acordos já foram firmados, como, por exemplo, com a União Europeia (UE), Japão e Reino Unido.


Donald Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em anúncio de acordo comercial 
(Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Para o Brasil, não houve uma negociação. Trump decretou, na quarta-feira (30), uma sobretaxa de 40% (acumulada com a de 10% anunciada em abril) sobre a importação de produtos brasileiros. Na ordem executiva há, porém, uma lista de 694 exceções que estariam de fora da elevação na tarifa – o que alivia a pressão sobre alguns setores como o da aeronáutica, energia e algumas partes do agronegócio. 

Entre a lista de países que foram notificados com cartas tarifárias por Trump, o Brasil lidera com a maior tarifa imposta, de 50%. Vêm seguida os países de Laos e Myanmar, ambos com 40%, Camboja e Tailândia, com 36% e Bangladesh e Canadá, com 35%.

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