Devido à excessiva radiação eletromagnética, as vendas do iPhone 12 foram interrompidas na França. A Bélgica também planeja rever os riscos à saúde relacionados ao dispositivo. No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou na quinta-feira (14) a formação de equipe especializada para investigar o assunto.
Venda suspensa
Desde a última terça-feira (12), a organização determinou a retirada do dispositivo do mercado. Embora a versão 12 já não estivesse à venda na França e em outros países europeus, ainda era possível adquiri-la em plataformas de terceiros, como a Amazon França.
O órgão avaliou principalmente a Taxa de Absorção Específica (SAR), que representa a energia eletromagnética absorvida pelo corpo humano. Isso ocorre tanto em contato direto, como ao segurar o dispositivo, quanto a uma distância considerável, como dentro de uma bolsa.
A Apple foi instruída pelo órgão a tomar medidas imediatas para interromper a comercialização da linha e a corrigir os níveis de SAR emitidos nos dispositivos vendidos. Caso contrário, pode ser obrigada a recolher as unidades já vendidas.
Lançamento do iPhone15 (Foto: divulgação/Site Oficial Apple)
Apple
A Apple questionou as alegações das autoridades francesas, que apresentou o iPhone 15 na terça-feira, e afirma que não há riscos à saúde. A empresa afirma que seu modelo recebeu certificação de órgãos internacionais para conformidade com normas de radiação.
A companhia também comunicou que entregou à ANFR registros de diversas agências reguladoras globais — aquelas que validam a conformidade da Apple com os padrões de exposição preconizados em todos os lugares.
Ainda que questione os desfechos dos exames feitos pela AFNR, ela elucidou sua intenção de não cessar o diálogo com a agência, ao contrário, planeja "prosseguir na conversa para assegurar a não descontinuidade do modelo".
Foto destaque: Linha Pro do novo iPhone. Divulgação/Site Oficial Apple