Graças ao apoio do atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), seis ex-ministros de seu governo ganharam suas eleições e farão parte do Congresso Nacional em 2023. A maior surpresa foi Marcos Pontes (PL), ex-astronauta que ocupou o cargo de Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações de 2019 a 2022, ganhar a disputa pelo Senado contra Márcio França (PSB), favorito nas pesquisas. Damares, que foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, também ocupará o cargo de senadora a partir do próximo ano, ao derrotar a também bolsonarista Flávia Arruda (PL).
Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente, também será senador no próximo ano, pelo Rio Grande do Sul. Obteve 2,5 milhões de votos, representando 44% do total, contra 38% de Olívio Dutra (PT), ex-governador. Olívio é o fundador do PT.
Discurso comemorativo de Marcos Pontes. (Reprodução/Instagram)
Tereza Cristina (PP), antiga ministra da Agricultura no Governo Bolsonaro, recebeu 60,8% dos votos no Mato Grosso do Sul, derrotando o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil). Vale a lembrança que Mandetta e Bolsonaro divergiam em muitos aspectos durante a pandemia da covid-19, o que levou a sua saída do cargo.
Rogério Marinho (PL), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, também é mais um senador aliado a Jair Bolsonaro. Foi eleito pelo Rio Grande do Norte, ao ganhar a disputa com Carlos Eduardo (PDT). Jorge Seif Junior (PL), antigo secretário da Pesca também será senador em 2023, representando Santa Catarina.
Eduardo Pazuello, que virou ministro da Saúde após a demissão de Nelson Teich, foi o segundo político que recebeu mais votos (205 mil) como deputado federal no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente, recebeu 640 mil votos, sendo o quarto mais votado do estado, e garantiu sua vaga na Câmara. O mesmo é investigado por um possível contrabando de madeiras, além de ter sido muito criticado por sua gestão.
Foto destaque: Damares discursando. Reprodução/Instagram