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Segundo Datafolha, há divergências sobre uso recreativo e medicinal da maconha entre brasileiros

Legalização para uso geral encontra resistência, com 72% dos entrevistados manifestando oposição, enquanto 76% se mostram a favor do uso medicinal

23 Set 2023 - 20h55 | Atualizado em 23 Set 2023 - 20h55
Segundo Datafolha, há divergências sobre uso recreativo e medicinal da maconha entre brasileiros Lorena Bueri

Segundo o recente levantamento do instituto Datafolha, publicado pelo jornal 'Folha de S.Paulo' neste sábado (23), a maioria dos cidadãos brasileiros se opõe ao uso recreativo da maconha, enquanto demonstra apoio ao seu uso medicinal. Eis os números:

Fins recreativos


Plantação de cannabis. (Reprodução: foto/Sudheir Kumar/Pixabay)


72% dos brasileiros se mostram contrários ao uso recreativo, enquanto 23% estão a favor. A parcela de indiferentes ou pessoas que não têm uma opinião definida representa 5% da população.

Fins medicinais

Em contrapartida, aqueles que demonstram apoio ao uso medicinal totalizam 76%, enquanto 26% se posicionam contra essa prática. Um percentual de 1% indica indiferença, e 2% não têm uma opinião formada a respeito.

A pesquisa, que consultou 2.016 pessoas em 139 municípios brasileiros nos dias 12 e 13 de setembro, apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, de acordo com o instituto.

O estudo revela que há um maior nível de informação sobre o uso medicinal na sociedade, com 85% dos entrevistados afirmando possuir algum grau de conhecimento sobre o tema. Deste grupo, 32% dizem estar bem informados, 42% se consideram parcialmente informados e 11% acreditam estar mal informados. Aqueles que têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto somam 11%, enquanto 2% optaram por não responder.

Entre esses entrevistados, 97% relataram nunca terem experimentado o canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC), dois componentes da cannabis frequentemente empregados em tratamentos medicinais à base da planta. Apesar disso, surpreendentemente, 67% dos brasileiros apoiam o cultivo de cannabis para a produção de medicamentos.

Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou regulamentações que permitem a importação de produtos à base de cannabis para uso medicinal sob prescrição médica. Isso permitiu o acesso a tratamentos de cannabis para condições médicas específicas, como epilepsia refratária e dor crônica. No entanto, o cultivo de maconha para fins medicinais ainda não é amplamente regulamentado no país.

 

Foto Destaque: cannabis medicinal sendo extraído em laboratório. Reprodução/ Profissão Repórter

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