A Guerra na Ucrânia entrou em seu terceiro dia neste sábado (26). Explosões foram ouvidas na capital Kiev horas após o presidente ucraniano, Voloymyr Zelenskv, alertar sobre a possível tomada da capital. Ele garantiu que Kiev ainda está sob controle da Ucrânia. Segundo informações da prefeitura, haverá toque de recolher entre 17h e 8h até o dia 28 de Fevereiro.
"Nós resistimos e estamos repelindo os ataques inimigos com sucesso. A luta continua", afirmou o presidente em um vídeo. Zelenskv afirma também que o governo vai armar aqueles que quiserem ajudar os militares ucranianos. Ele recusou a oferta do governo dos Estados Unidos para deixar Kiev.
O Reino Unido informou que o maior volume de soldados da Rússia está a 30 quilômetros do centro da capital ucraniana e que o espaço aéreo da Ucrânia ainda não foi dominado. Houve relatos de um ataque a uma estação de eletricidade da capital, com o objetivo de tentar deixá-la no escuro e ainda de confrontos nos arredores da cidade.
Fumaça e chamas perto de Kiev, capital da Ucrânia, nesta sexta-feira (25) (Foto: Reproodução/ Gleb Garanich)
A agência russa Interfax divulgou que, segundo o Ministério de Saúde da Ucrânia, pelo menos 198 ucranianos morreram no conflito, entre eles três crianças. O número de feridos é de 1.115, incluindo 33 crianças.
Cerca de 100 mil ucranianos já cruzaram a fronteira para a Polônia desde o início dos ataques russos, segundo o vice-ministro polonês do Interior, Pawel Szefernaker.
Foto divulgada pela presidência da Ucrânia mostra Vlodymyr Zelensky no centro de Kiev (Foto: Reprodução/ Ukrainian Presidential Press Office via AP)
Há três dias a Rússia invadiu a Ucrânia. E o governo russo afirmou neste sábado (26) que a Ucrânia se recusou a negociar com seus inimigos para tentar interromper as agressões.
Rapidamente, a presidência da Ucrânia se manifestou através de um assessor que disse à agência Reuters que seu país não se recusa a negociar. Os ucranianos já haviam até preparado um plano de negociações e dentro dele o que iriam exigir e o que iriam ceder. Mas segundo ele a Rússia, inicialmente, impôs condições que inviabilizam o diálogo. Ele afirmou que essas ações são uma tentativa de derrotar seu país e impor condições que segundo os ucranianos são consideradas inaceitáveis.
Este embate entre os países está entre os maiores que ocorreram desde a Segunda Guerra Mundial, há 80 anos.
Foto Destaque: Prédio atingido por bombardeio em Kiev. Reprodução/ Genya Savilov.