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Rússia e China reforçam laços militares durante encontro em Moscou

O ministro da defesa da China Li Shangfu reafirmou em visita à Rússia que as relações militares e diplomáticas entre os países vão além do período da guerra fria, são muito fortes e estáveis.

17 Abr 2023 - 11h51 | Atualizado em 17 Abr 2023 - 11h51
Rússia e China reforçam laços militares durante encontro em Moscou Lorena Bueri

Neste domingo (16) o ministro da defesa chinês Li Shangfu se encontrou em Moscou com o presidente da Rússia Vladmir Putin e reafirmou os fortes laços militares entre os dois países. Além do encontro com o presidente russo, o chinês também irá visitar bases militares russas juntamente do ministro da defesa russo.

Durante o encontro, Vladmir Putin aproveitou para trocar informações e combinar novas manobras militares conjuntas a serem feitas no Extremo Oriente e na Europa. Putin declarou que “Você [Li Shangfu] chegou à Rússia após a visita ao nosso país de nosso grande amigo, meu amigo, o presidente chinês, Xi Jinping. Gostaria de enfatizar mais uma vez que a visita foi muito produtiva”.

Essa é a primeira visita de um ministro da defesa chinês à Rússia desde o início da guerra com a Ucrânia. O ministro Li disse "Esta é minha primeira visita ao exterior desde que assumi o cargo de ministro da Defesa da China. Escolhi especificamente a Rússia para isso, a fim de enfatizar a natureza especial e a importância estratégica de nossos laços bilaterais".

O representante chinês também afirmou que a China está disposta a trabalhar e "fortalecer ainda mais a comunicação estratégica entre os dois países".  Em março o presidente chinês Xi Jinping visitou Moscou e se encontrou com Putin e propôs um acordo de paz, sem que haja retirada de tropas russas e ao qual a Rússia prometeu avaliar, porém até o presente momento não foi feito.


Foto: Ministro da Defesa Chinês em sua posse em janeiro (Foto: Reprodução/Twitter)


Putin afirmou que “As relações estão se desenvolvendo dinamicamente em todas as áreas. Na economia, nas esferas social, cultural, educacional. E entre os ministérios de Defesa”.

Moscou atualmente tem com Pequim como seu maior apoiador comercial desde o início da guerra com a Ucrania. A China, assim como a índia, tem comprado petróleo e gás da Rússia, após o embargo da Europa aos produtos russos.

Com o que os Estados Unidos se preocupam?

Em janeiro, o secretário de Estado estadunidense Antony Blinken, acusou a China de fornecer equipamentos não letais de dupla utilização para a Rússia, o que foi prontamente negado pelo governo chinês. A China diz que não vende equipamentos militares a países que estão envolvidos em conflitos.

Joe Biden, presidente estadunidense disse “Se você está envolvido no mesmo tipo de brutalidade, de apoiar a brutalidade que está acontecendo, você pode enfrentar as mesmas consequências”, ameaçando países que apoiassem com envio de armas para a Rússia na guerra com a Ucrânia.

Alguns dias depois o presidente estadunidense Joe Biden se reuniu com seu par chinês, Xi Jinping e alertou em tom de ameaça, que para caso armamentos fossem enviados para a Rússia, os Estados Unidos responderiam de forma concreta, através de sanções. EUA e China atualmente são as maiores economias globais.

Foto Destaque: Vladmir Putin. Reprodução/Twitter.

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