Neste domingo (16) o ministro da defesa chinês Li Shangfu se encontrou em Moscou com o presidente da Rússia Vladmir Putin e reafirmou os fortes laços militares entre os dois países. Além do encontro com o presidente russo, o chinês também irá visitar bases militares russas juntamente do ministro da defesa russo.
Durante o encontro, Vladmir Putin aproveitou para trocar informações e combinar novas manobras militares conjuntas a serem feitas no Extremo Oriente e na Europa. Putin declarou que “Você [Li Shangfu] chegou à Rússia após a visita ao nosso país de nosso grande amigo, meu amigo, o presidente chinês, Xi Jinping. Gostaria de enfatizar mais uma vez que a visita foi muito produtiva”.
Essa é a primeira visita de um ministro da defesa chinês à Rússia desde o início da guerra com a Ucrânia. O ministro Li disse "Esta é minha primeira visita ao exterior desde que assumi o cargo de ministro da Defesa da China. Escolhi especificamente a Rússia para isso, a fim de enfatizar a natureza especial e a importância estratégica de nossos laços bilaterais".
O representante chinês também afirmou que a China está disposta a trabalhar e "fortalecer ainda mais a comunicação estratégica entre os dois países". Em março o presidente chinês Xi Jinping visitou Moscou e se encontrou com Putin e propôs um acordo de paz, sem que haja retirada de tropas russas e ao qual a Rússia prometeu avaliar, porém até o presente momento não foi feito.
Foto: Ministro da Defesa Chinês em sua posse em janeiro (Foto: Reprodução/Twitter)
Putin afirmou que “As relações estão se desenvolvendo dinamicamente em todas as áreas. Na economia, nas esferas social, cultural, educacional. E entre os ministérios de Defesa”.
Moscou atualmente tem com Pequim como seu maior apoiador comercial desde o início da guerra com a Ucrania. A China, assim como a índia, tem comprado petróleo e gás da Rússia, após o embargo da Europa aos produtos russos.
Com o que os Estados Unidos se preocupam?
Em janeiro, o secretário de Estado estadunidense Antony Blinken, acusou a China de fornecer equipamentos não letais de dupla utilização para a Rússia, o que foi prontamente negado pelo governo chinês. A China diz que não vende equipamentos militares a países que estão envolvidos em conflitos.
Joe Biden, presidente estadunidense disse “Se você está envolvido no mesmo tipo de brutalidade, de apoiar a brutalidade que está acontecendo, você pode enfrentar as mesmas consequências”, ameaçando países que apoiassem com envio de armas para a Rússia na guerra com a Ucrânia.
Alguns dias depois o presidente estadunidense Joe Biden se reuniu com seu par chinês, Xi Jinping e alertou em tom de ameaça, que para caso armamentos fossem enviados para a Rússia, os Estados Unidos responderiam de forma concreta, através de sanções. EUA e China atualmente são as maiores economias globais.
Foto Destaque: Vladmir Putin. Reprodução/Twitter.