Juliana Marins: governo atende pedido e corpo passa por nova autópsia
Corpo de brasileira está previsto para chegar na quarta-feira (02) e exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas após o desembarque

A solicitação de uma nova autópsia no corpo de Juliana Marins foi aceita voluntariamente pela Advocacia-Geral da União (AGU). A decisão foi informada nesta segunda-feira (30) à 7ª Vara Federal de Niterói, após pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU).
O avião com o corpo da brasileira está previsto para chegar até a próxima quarta-feira (02), e assim que corpo entrar no país o exame necroscópico deve ser realizado em até seis horas. O prazo para realização dos exames preservará eventuais evidências que podem explicar sobre as circunstâncias da morte da jovem.
Segundo a AGU, partiu do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão de atender às solicitações feitas pela família de Juliana para realização de nova autópsia.
Autópsia na Indonésia
O primeiro exame sobre a morte da brasileira aconteceu na ilha de Bali, no dia 26. O médico legista afirmou que a morte ocorreu 20 minutos após a queda, no dia 21, em virtude de um traumatismo grave. Porém, imagens captadas por um drone 3 horas após a queda da brasileira no vulcão colocaram dúvidas sobre a versão.
A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta não esclareceu o momento exato da morte, o que levou a DPU a solicitar a realização de um novo exame pericial no país.
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Última foto postada por Juliana antes da tragédia (Foto:Reprodução/instagram/@ajulianamarins)
Omissão de socorro
A maior dúvida entre quem acompanha o caso é se houve ou não omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, o que poderia levar à responsabilização civil e criminal. A brasileira só teve o corpo retirado de dentro do vulcão três dias após sua queda.
Uma nova autópsia que será feita no Brasil deverá solucionar esse caso, respondendo se o primeiro laudo esta ou não correta. Caso não esteja, a Indonésia pode responder criminalmente pelo ocorrido com Juliana Marins, já que a brasileira ficou sem nenhum auxílio por dias, gerando uma omissão de socorro.