Ronaldinho Gaúcho enfim compareceu à CPI das pirâmides financeiras após outras duas tentativas frustradas para ir prestar depoimento em Brasília. O ex-jogador optou por ler um depoimento, que foi escrito pelo seu grupo de advogados, no início de sua fala e depois, por conta de um habeas corpus, ficou em silêncio na maior parte das perguntas feitas pelos deputados.
A leitura do depoimento inicial
O ex-atleta começou lendo o depoimento redigido pelos seus advogados, se dizendo vítima dos donos da empresa 18K por conta de ter sua imagem utilizada de forma ilegal como propaganda, e negou envolvimento com os sócios da empresa. Ele afirmou que o Ministério Público e a Polícia Civil investigam o caso e que ele já foi ouvido por essas duas instâncias na condição de testemunha.
Ainda nas alegações iniciais, o ex-atleta afirmou que não havia recebido carta de intimação de convocação para a CPI e que, por conta disso, ele não se apresentou antes para depor.
No último dia 25, houve um pedido para que seu passaporte fosse apreendido para que ele não saísse do país, o que deixou Ronaldinho e sua defesa irritados, pois ele informou que participou de dois eventos no último fim de semana em Minas Gerais e essa medida não era necessária.
Ronaldinho afirmou que seu irmão e empresário, Roberto Assis, que também foi ouvido pela CPI na última semana, é quem cuida de seus contratos de licenciamento de imagem e negou estar envolvido com a empresa 18K.
Ronaldinho Gaúcho na CPI que investiga fraudes financeiras relacionadas à criptomoedas (Foto: Reprodução/Twitter/X/@CNNBrasil)
Tristeza pelos que foram enganados
Ao lembrar das pessoas que foram enganadas pela empresa, o ex-jogador disse que fica muito triste por todos que foram lesados por ela e pede para que os responsáveis sejam presos e paguem o que devem, pois sujaram o seu nome e seria um motivo de alegria vê-los presos.
Perguntas dos deputados
Ronaldinho Gaúcho conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus que o autorizava a ficar em silêncio em questões que pudessem incriminá-lo e, por conta disso, optou por permanecer calado em maior parte delas.
Foto destaque: Ronaldinho na CPI das criptomoedas. Reprodução/Twitter/X/@CNNBrasil