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Quadrilha simula falsas entrevistas de emprego para roubar dado dos candidatos no Paraná

Uma mulher se apresentava como diretora de RH, pedia os dados da vitimas e, quando elas estavam distraídas, trocava os chips dos celulares para começar o golpe.

19 Ago 2023 - 13h52 | Atualizado em 19 Ago 2023 - 13h52
Quadrilha simula falsas entrevistas de emprego para roubar dado dos candidatos no Paraná Lorena Bueri

A Polícia Civil do Paraná investiga uma nova modalidade de golpe que já vitimou inúmeras pessoas no estado. De acordo com o departamento policial, os criminosos agora estão simulando entrevistas de emprego no intuito de roubar dados dos candidatos.

Em depoimento, as vítimas contaram que os golpistas agem via internet, pois as falsas propostas chegam no celular, em grupos que fornecem vagas de emprego.

Relato das vítimas 

Em entrevista ao G1, as pessoas que foram lesadas afirmaram que as reuniões eram marcadas em um coworking, espaço compartilhado por empresas e profissionais, geralmente em áreas nobres. 

As vítimas contaram ainda que, na sala onde supostamente aconteceria a reunião, uma mulher se apresentou como diretora de recursos humanos e caprichava no papel interpretado. Depois pedia os documentos dos candidatos, tirava foto deles para um suposto cadastro e aplicava uma prova de conhecimentos gerais.

Usando o argumento de que a prova era sem consulta, a mulher recolheu e guardou os celulares das pessoas em envelopes, dando início ao golpe.

 

As investigações 

Segundo a apuração policial, enquanto os candidatos realizavam o exame, a mulher rouba os chips dos telefones e coloca outros, comparados anteriormente, no lugar deles.

Eyrimar Bortot, investigador da Polícia Civil, esclarece que a corporação apura uma série de compras e financiamento de veículos, pedidos de empréstimos feitos em nome das vítimas e abertura de contas virtuais em bancos.


Farda e slogan da polícia civil do Paraná (Foto: reprodução/Tribuna/Fabio Dias/PCPR)


Ainda para o portal de notícias da TV Globo, o G1, Laryssa Nathyellee Ribas, de 20 anos, assistente administrativa e uma das vítimas, afirmou: "Eu desconfiei que era um golpe, a hora que eu peguei de fato meu telefone e meu WhatsApp caiu, saiu, não abria mais. Eu recuperei meu chip e já chegou uma mensagem de texto falando que já estava tudo aprovado e tudo certo e era só assinar o contrato [da compra do veículo]."

O delegado Wallace Brito é o responsável pelo caso e garantiu que as vítimas reconheceram a mulher que aplicou o golpe graças a imagem do cadastro dos locais que foram usados anteriormente no crime. 

A mulher usava o nome de uma das vítimas e as salas eram alugadas pelos comparsas dela.

Saiba como se proteger

1. Pesquise informações sobre a empresa;

2. Pesquise se a empresa está mesmo oferecendo a vaga de emprego;

3. Pesquise se a agência de emprego de fato existe;

4. Desconfie de ofertas com salários muito altos, muito acima dos valores de mercado, e que também não exijam experiência.

 

Foto destaque: Imagem ilustrativa de uma vítima. Reprodução/Donald Tong/Pexels

 

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