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Presidente venezuelano afirma que pode haver “guerra civil” se não for reeleito

Eleição é confirmada para o dia 28 de julho e regime de Maduro vive pressão de outros países para garantia do voto livre; oposicionistas foram barrados por tribunal

18 Jul 2024 - 21h30 | Atualizado em 18 Jul 2024 - 21h30
Presidente venezuelano afirma que pode haver “guerra civil” se não for reeleito Lorena Bueri

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse em discurso na última quarta-feira (17) em uma região a oeste da capital, que o país poderá enfrentar “derramamento de sangue” e “guerra civil” caso não seja reeleito nas eleições marcadas para 28 de julho. 

O que disse

Afirmou ainda que quanto mais claro fosse a vitória, mais demonstrações de paz teria o povo: “Se não quiserem que a Venezuela caia em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo.”


Discurso de Maduro sobre eleições na Venezuela (Vídeo: Reprodução/Poder360/YouTube)


Favorita nas eleições e maior opositora de Maduro, María Corina Machado, no entanto, fez chegar ao público nesta quinta-feira (18) que ela e sua equipe de apoiadores sofreram um atentado em que delinquentes destruíram os veículos e cortaram os tubos do sistema de frenagem. 

Corrida eleitoral

Maduro concorre novamente e conquistará o terceiro mandato consecutivo, se for eleito. O grande adversário, do momento, é Edmundo Gonzalez, antigo líder diplomata. Gonzalez foi anunciado pela Plataforma Democrática Unida (PUD) depois que Corina foi proibida de concorrer à presidência.

As eleições venezuelanas de 28 de julho sofrem acusações da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não conseguirá garantir o voto livre e democrático, contrariando o compromisso legal assinado em outubro de 2023. Naquele mês, o governo Maduro e a oposição firmaram o Acordo de Barbados, significando eleições limpas e democráticas na Venezuela.

Anteriormente, a opositora María Corina Machado, candidata capaz de derrubar Maduro, foi eliminada da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, aliado do governo chavista. O governo brasileiro expressou apoio, e o regime de Maduro respondeu que a nota brasileira parecia ter sido redigida pelo Departamento de Estado norte-americano.

Pelo menos outros onze países se pronunciaram, preocupados com a eleição na Venezuela (Estados Unidos, Uruguai, Peru, Argentina, Colômbia, Paraguai, Chile, Equador, Guatemala, República Dominicana e Costa Rica).

Foto Destaque: Nicolás Maduro é candidato ao terceiro mandato (Reprodução/Adem Altan/Getty Images Embed)

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