Segundo as palavras de Jean Paul Prates, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18), a empresa está de olho no mercado e por enquanto não alterará os preços dos combustíveis. O preço do petróleo, conhecido no mercado global como Brent, chegou a passar dos US$ 90 por barril durante alguns dias da semana passada. "Nós estamos avaliando o cenário internacional e, por enquanto, não há nada que faça a gente mudar, e o próprio preço do petróleo indica isso", acrescentou Prates.
Em abril, o preço do Brent teve altos e baixos. No dia 5, chegou a US$ 91,17, o maior valor desde outubro do ano passado, devido a preocupações com conflitos que se estendem pelo Oriente Médio.
Prédio Central da Petrobras, Rio de janeiro (Foto: reprodução/AtlantidePhototravel/Getty Images Embed)
O que é o Brent
Brent é uma sigla, que indica a origem do óleo e por onde se baseia a cotação de mercado quando é comercializado na Bolsa de Londres. O petróleo Brent é mundialmente chamado assim porque saía de uma refinaria denominada Brent Spar — uma instalação de reserva de petróleo operada pela Shell, no Reino Unido. Atualmente, Brent se refere basicamente ao petróleo do Mar do Norte.
Por que o preço sobe?
No total deste ano, o preço subiu cerca de US$ 10 por barril, o que representa um aumento de cerca de 13%. Além da variação do preço do petróleo, o dólar está mais forte em relação ao real, o que também influencia nos preços dos combustíveis pagos pelo consumidor brasileiro. A Petrobras não aumentou o preço da gasolina e do diesel este ano, mas alguns sinais no mercado sugerem que os preços estão ficando defasados. A majoração terá de vir qualquer hora. O presidente-executivo da empresa assegura, pelo menos por enquanto, que não mexerá nos valores que chegarão às bombas.
Foto destaque: Jean Paul Prates, presidente-executivo da Petrobras (Foto: reprodução/PedroKirilos/Estadão)