Segundo dados da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o mundo possui 114 milhões de refugiados. Os deslocamentos aumentaram devido aos conflitos, como a guerra na Ucrânia, guerras na África, mudanças climáticas e outros. Os dados foram recolhidos pelo Relatório de Tendências Semestrais e foram publicados nesta quarta-feira (25).
Além da Guerra na Ucrânia, os principais responsáveis desse deslocamento global são especificamente causados pelos conflitos no Sudão, República Democrática do Congo e Mianmar. Vale salientar que os eventos climáticos no mundo, principalmente na Somália, e a crise humanitária no Afeganistão estão entre os principais agentes que fazem as pessoas buscarem novos locais para se estabelecerem.
Muitos não conseguem asilo
Em comparação ao ano 2022, teve um aumento de aproximadamente 1,6 milhões de pessoas que cruzaram a fronteira em busca de uma vida melhor. Até o final de junho, 110 milhões de pessoas haviam deixado seu país. Já entre os meses de julho, agosto e setembro, foi estimado um aumento de 4 milhões de refugiados, totalizando 114 milhões.
De acordo com o relatório, nos últimos seis meses, 1,6 milhões de petições de asilos foram feitos de forma individual. Os países classificados como baixa e média renda pela ONU fazem parte de 75% dos refugiados. Vale ressaltar que o número de petição foi o maior registrado da história.
Ainda de acordo com relatório, mais da metade da população que é forçada a atravessar as fronteiras devido a guerras, perseguições, violação dos direitos humanos não consegue fugir de seu país. E mesmo aqueles que conseguem deixar seu país natal, muitos retornam. Segundo a Acnur, 404 mil refugiados retornaram ao seu país.
Número de refugiados é o maior da história (Foto: reprodução/Acnur)
O número de refugiado pode aumentar
Ainda neste ano, com a intensificação da guerra no Oriente Médio, especificamente entre o Hamas e Israel, o número de refugiados pode aumentar. Os dados passados nesta matéria foram realizados até o final de setembro, já o atual conflito iniciou dia 7 de outubro. Sendo assim, o relatório não contabilizou essas vítimas.
Foto Destaque: Reunião da ONU (Reprodução/Nationalgeographic)