Em entrevista coletiva desta segunda-feira (16), o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) para a América, major Roni Kaplan, afirmou que o Exército israelense tem como prioridade libertar os 199 reféns levados pelo Hamas.
“Precisamos assegurar que os horrores que aconteceram [no dia 7 de outubro] nunca mais vão ocorrer. É uma guerra e o nosso povo está sob ataque (…) nós estamos atuando de acordo com o direito internacional e nossos ataques estão concentrados contra o Hamas. Nossa primeira prioridade é liberar os reféns”, explicou Kaplan
O porta-voz também evidenciou pedidos – feitos anteriormente por meio de panfletos, rádio e redes sociais – para que civis deixem o Norte da Faixa de Gaza. No entanto, Roni Kaplan afirma que o grupo extremista islâmico tem dificultado a saída.
Reféns israelenses como moeda de troca
Imagens mostram reféns sendo levados pelo Hamas. (Vídeo: Reprodução/CNN)
Para a AlAraby TV, o ex-líder do Hamas, Khaled Meshaal, afirmou que o grupo islâmico “tem o que precisa” para libertar 6.000 prisioneiros palestinos de Israel. A fala de Meshaal indica que os reféns do Estado Judeu serão utilizados como moeda de troca.
O Hamas diz que possui entre 200 e 250 reféns. Dentre eles estão estrangeiros que, segundo o ex-líder, são considerados “convidados” e serão soltos “quando as circunstâncias permitissem”. No entanto, outro integrante do grupo, Moussa Abu Marzouk, afirma que os detidos de outras nacionalidades ainda não podem ser libertos, em decorrência dos bombardeamentos de Israel à Faixa de Gaza.
Irã diz que Hamas está disposto a libertar reféns
Além dos participantes diretos do Hamas, o Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que o grupo estaria disposto a soltar os detidos, se o Estado Judeu deixasse de atacar o território palestino.
De acordo com o porta-voz do órgão, Nasser Kanaani, o irã teria recebido informações dos funcionários do grupo extremista afirmando que “estão prontos para tomar as medidas necessárias para libertar os cidadãos e civis detidos por grupos de resistência, mas o seu argumento é que tais medidas requerem preparativos que são impossíveis sob o bombardeamento diário dos sionistas contra várias partes de Gaza".
O Hamas, contudo, não confirmou se tais medidas estão sendo cogitadas.
Foto destaque: palestino armado conduz homem. Reprodução/AFP.