Após prestar depoimento, o motorista da carreta suspeito de provocar um grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, que ocasionou a morte de 41 pessoas na madrugada de sábado, 21 de dezembro, foi liberado. Foragido desde o acidente, Arilton Bastos Alves se entregou à polícia nesta segunda-feira (23), ao comparecer à sede do 15º Departamento de Polícia Civil, no município, acompanhado de advogados.
Em nota, a polícia civil de Minas Gerais afirmou que foi solicitada a prisão do suspeito, mas não foi aceito, pois o motorista não se encontrava em condição de flagrante, ou seja, quando a pessoa é presa no ato do crime ou da infração, conforme determina o artigo 302 do Código Penal.
Em entrevista coletiva concedida no último domingo (22), a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou que o motorista da carreta estava com a Carteira de Habilitação (CNH) suspensa há 2 anos, quando não quis fazer o teste do bafômetro em uma blitz da Lei Seca em Mantena, próximo à divisa com o Espírito Santo.
Local do acidente BR-116 (Foto: reprodução/Corpo de Bombeiros MG)
O acidente
O acidente envolvendo um ônibus, uma carreta e um carro, aconteceu no último sábado (21), durante a madrugada. A polícia contou 14 vítimas até o fim da tarde da última segunda-feira, cinco desses corpos foram retirados por familiares. O IML confirmou a morte de 36 pessoas no ato da batida, outras duas vítimas após atendimento médico tiveram as mortes confirmadas. Mas tarde, a polícia de Minas atualizou o número de vítimas fatais e confirmou um total de 41 corpos.
A tragédia aconteceu na BR-116 e envolveu um carro, uma carreta e um ônibus que fazia a linha São Paulo/Elísio Medrado–BA. Todas as vítimas estavam dentro do ônibus, incluindo o motorista.
A possível causa do acidente
A suspeita principal para o acidente é de que tenha ocorrido a queda do semirreboque da carreta, que transportava o bloco de granito, e, assim, o ônibus com 45 passageiros colidiu com essa estrutura e pegou fogo. Em seguida, um carro, que vinha logo atrás, não conseguiu frear e também bateu na carreta, deixando os três ocupantes gravemente feridos.
As vítimas dos carros de passeio afirmaram que o pneu do ônibus teria furado, informação dada por Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil.
Lamentando a tragédia, a empresa responsável pelo coletivo publicou uma nota alegando que o ônibus "trafegava em condições legais". A empresa está colaborando com as investigações. A polícia rodoviária federal já está com as imagens para uma investigação mais detalhada.
Foto destaque: Sede policia civil minas Gerais (Reprodução/CBMMG)