Na última quinta-feira (30), o ministro de relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou em entrevista a Agência de Notícias Russa (RIA) que pode adotar medidas de dissuasão nuclear, caso os Estados Unidos venham implantar armas na Europa, que é uma estratégia de segurança que envolve um potencial ou efetivo uso de armas nucleares para dissuadir um potencial adversário de tomar determinadas ações. Aumentando as preocupações da OTAN e o clima de tensão já existente entre o ocidente e a Rússia.
Durante a entrevista, Lavrov enfatizou que a presença de artefatos nucleares na Europa representa não só uma ameaça direta à segurança nacional, mas também com uma provocação do ocidente. “Eles estão tentando nos dizer que os Estados Unidos e a Otan não iriam parar diante de nada na Ucrânia” diz Lavrov.
A Doutrina Militar da Rússia
A Rússia sempre manteve aberta a possibilidade do uso de armas nucleares em respostas a ameaças, e a retórica de Lavrov só ressaltou que o país está pronto para tomar qualquer tipo de medida para se proteger e garantir a segurança dos cidadãos.
Ministro de relações exteriores Sergey Lavrov (Foto: reprodução/Alexander Zemlianichenko/viaReuters/CNN)
Guerra na Ucrânia e influências sobre a ex União Soviética
A invasão na Ucrânia pela Rússia levou a um aumento significativo de tensões geopolíticas, com o ocidente tentando fornecer apoio militar e econômico e a Rússia com ações vistas como uma forma de influenciar a Ucrânia para reconstruir uma nova República Soviética o que sempre foi repudiado em todo o mundo.
Com as declarações de Sergey Lavrov fica sublinhada a delicada situação de segurança na Europa e a importância de tratados para controle de armas nucleares e medidas de diálogos de confiança entre as grandes potências. A guerra acontece e o mundo observa com apreensão, esperando que a diplomacia prevaleça e a resposta de dissuasão possa garantir a paz e a estabilidade global.
Foto destaque: ministro de relações exteriores Sergey Lavrov (Reprodução/Alexandre zemlianichenko/pool/viaReuters/CNN)