A aposentada investigada por fazer ofensas racistas contra Eddy Junior está impedida pela justiça de se aproximar do humorista. Elisabeth Morrone precisa manter distância de no mínimo 300 metros do influencer, conforme determinado pela Justiça de São Paulo, sob pena de prisão preventiva.
Essa medida protetiva também proíbe que a agressora mantenha contato com o vizinho, mesmo por intermédio de outras pessoas. A solicitação foi feita pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP). A vizinha também está proibida de frequentar o mesmo ambiente que Eddy, principalmente as áreas comuns do Condomínio United Home & Work, onde moram.
Elisabeth Morrone é investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) depois do influencer ter prestado depoimento na última quarta-feira (19), por sofrer xingamentos racistas da aposentada ao usar o elevador do prédio onde moram. Toda a ação foi filmada por Eddy Junior que compartilhou nas suas redes sociais gerando uma onda de revolta e também solidariedade.
Vídeo gravado pelo humorista. Reprodução: Instagram
Outra moradora do Condomínio United Home & Work também afirma ter sofrido ofensas racistas da mesma agressora. Nayara Cruz, advogada, relatou ter sido vítima de discriminação, assim como o filho, uma criança. A defesa de Elisabeth Marrone não quis se pronunciar por não ter conhecimento sobre o caso.
Na última quinta-feira (20), manifestantes fizeram um protesto em frente ao prédio contra moradora acusada de ataques. Em apoio a Eddy Junior, artistas como Paulo Vieira e Astrid Fontenelle compareceram ao protesto, assim como ativistas e representantes da Uniafro e outras entidades de luta contra o racismo.
Segundo os advogados da acusada, as desavenças com o humorista não tiveram relação com racismo ou qualquer tipo de preconceito, e que a aposentada se incomodava com os barulhos feitos pelo vizinho do andar de cima. No vídeo, filmado por Eddy Junior, no entanto, a agressora o chama de macaco e imundo. “É importante frisar: delitos como esse eles não são toleráveis mais. É necessário que caso a pessoa sofra uma injúria racial, sofra racismo ou preconceito racial, façam as suas denúncias, procurem uma delegacia de polícia para que a gente possa apurar e que não tenhamos essa sensação de impunidade”, ressaltou Elisabete Sato, diretora do DHPP. A polícia reforça a importância de denunciar casos de injúria racial e preconceito como esse para que a justiça seja feita.
Foto destaque: Eddy Junior e a vizinha acusada de racismo. Reprodução/Montagem/G1