Nesta terça-feira (5), uma reportagem publicada pelo jornal nova-iorquino "The Wall Street Journal” revelou que o governo israelense está construindo bombas d’água para alagar os túneis sob a Faixa de Gaza, utilizados pelo grupo Hamas para planejar ataques.
Segundo o jornal, a informação foi confirmada por fontes ligadas ao governo dos Estados Unidos, que afirmaram já ter recebido o esquema montado por Israel para levar a água do mar Mediterrâneo da costa de Gaza até os túneis subterrâneos. O jornal também afirma que a operação pode levar semanas.
Guerra entre Israel e Palestina já dura meses (Foto: reprodução/ GZH)
Labirinto de caminhos subterrâneos
O grupo Hamas já afirmou, em 2021, que cerca de 500 quilômetros de túneis subterrâneos se estendem sob a região. Este número supera o metrô de Londres, considerado um dos maiores metrôs do mundo.
Israel pretende inundar túneis subterrâneos de Gaza para atacar o grupo Hamas (Foto: reprodução/ BBC News)
Os túneis seriam usados para contrabandear mercadorias do Egito e para lançar ataques contra Israel, além de servirem como depósitos de foguetes e munições. Segundo relatos de reféns libertados, eles também podem abrigar pessoas mantidas em cativeiro devido ao conflito entre Israel e Palestina.
Os túneis também ficam escondidos de aeronaves, drones e olhares, sendo frequentemente difíceis de localizar.
As bombas d’água que podem inundar em semanas os túneis
Segundo fontes da reportagem, as Forças Armadas de Israel já iniciaram a construção das cinco bombas planejadas.
Cada bomba terá capacidade de extrair milhares de metros cúbicos de água, podendo provocar a inundação dos túneis em questão de semanas.
Túneis subterrâneos chegam a ter mais de 500 quilômetros de extensão (Foto: reprodução/ Estadão)
Contudo, o governo dos Estados Unidos expressou preocupações com algumas questões em relação aos impactos ambientais que a ação causaria e o risco para vidas inocentes de reféns que estejam nos túneis.
As fontes da reportagem relataram que ainda não sabem quando Israel implementará o plano. O governo israelense também se absteve de comentar as informações.
Foto Destaque: Conflito Israel-Palestina (Reprodução/Jornal do Comércio)