Notícias

Índia vira notícia global com o seu módulo lunar Chandrayaan-3

Missão de sucesso faz com que a Índia vire destaque entre seus concorrentes Estados Unidos, Rússia e China ao conseguir o feito de pousar na Lua.

23 Ago 2023 - 16h40 | Atualizado em 23 Ago 2023 - 16h40
Índia vira notícia global com o seu módulo lunar Chandrayaan-3 Lorena Bueri

Em uma missão histórica, o módulo lunar da Índia, Chandrayaan-3, fez pouso em uma região pouco explorada na manhã desta quarta-feira (23). A descida começou cerca de 9h15min e foi concluída às 9h30min, segundo a Organização de Pesquisa Espacial Indiana – ISRO –. É a primeira vez que um módulo espacial terrestre pousa no polo sul lunar (fica ao lado escuro do satélite).

A missão espacial não-tripulada foi lançada dia 14 de julho e entrou em órbita lunar em 5 de agosto. A façanha indiana repete o feito da China, único país a atingir a superfície do satélite terrestre neste século, validando ainda mais como um protagonista da nova corrida espacial.


Transmissão ao vivo do pouso lunar (Reprodução/YouTube/ISRO Official)


Ao decair, a Chandrayaan-3 entrou em um estado que alguns cientistas chamam de “15 minutos de terror” – pois é a mesma etapa em que a missão anterior havia falhado –. A complexidade da missão, de acordo com os cientistas, é a transição de uma posição horizontal em alta velocidade para uma posição vertical, além do estorvo de pousar em uma superfície irregular.

Água na lua

A superfície lunar é um terreno aleivoso por possuir grandes crateras e encostas íngremes. Além de não receber luz, há temperatura extremamente baixa, que chegam a -203ºC. Com esses obstáculos, torna-se difícil operar os equipamentos de exploração. Dessa maneira, um pouso suave não destruiu o módulo.

Segundo Akash Sinha, “ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada". Akash é professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University.

A Chandrayaan-3 – nave lunar –, possui um módulo de pouso chamado Vikram, que significa coragem e um rover chamado Pragyan que significa sabedoria. O objetivo da missão, que deve durar aproximadamente 14 dias, é explorar a superfície e transmitir dados e imagens de volta à Terra.

População indiana e políticos celebram

Na África do Sul para o encontro do Brics, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, interrompeu suas atividades e entrou em uma transmissão ao vivo para acompanhar o momento insigne: “Nesta feliz ocasião, gostaria de me dirigir às pessoas do mundo. O sucesso da missão lunar da Índia não é apenas da Índia. Este sucesso pertence a toda a humanidade”, disse ele.

Este desafio chamou a atenção do público desde sua decolagem, há 6 semanas, diante de milhares de espectadores entusiasmados. Não somente a população, como também políticos locais celebraram e realizaram rituais de oração hindus para desejar sucesso à missão. Nas escolas, os alunos acompanharam aos últimos momentos do pouso, transmitidos ao vivo.


População celebrando o lançamento da Chandrayaan-3

Indianos sacodem bandeiras durante lançamento da Chandrayaan-3 (Foto: Reprodução/Satish Babu/AFP R)


Os custos da operação

A missão teve um gasto em torno de US$ 74,6 milhões, que equivalem aproximadamente a 365 milhões de reais. Dona de um programa aeroespacial de baixo custo – em comparação com as demais potências globais –, os sucessos recentes a aproximaram ao nível da Rússia, Estados Unidos e China, os únicos a conseguirem até agora um pouco controlado na Lua.

Chandrayaan-3 levou muito tempo para chegar à Lua do que as missões tripuladas Apollo das décadas 60 e 70 que chegaram em questão de dias. O foguete indiano, apesar de ser menos potente comparado ao Saturn V dos Estados Unidos (que orbitou a Terra 5 ou 6 vezes de forma elíptica para ganhar velocidade antes de ser enviado em uma trajetória lunar de um mês), não os impediram de conquistar a vitória.

O Sreedhara Somanath, chefe da ISRO, afirma que seus engenheiros estudaram minuciosamente cada dados da última missão fracassada e fizeram o possível para consertar tais falhas. Em 2014, a Índia tornou-se o primeiro país asiático a colocar um satélite em órbita ao redor de Marte. Três anos depois, lançou 104 satélites em uma única missão.

Planos futuros

O plano para o próximo ano é realizar uma missão tripulada de três dias em órbita ao redor da Terra. Ela também está tentando expandir sua participação, atualmente em 2%, no mercado especial comercial mundial. Isso tudo graças a custos muito mais baixos do que de seus concorrentes.

 

Foto destaque: Representação artística do pouso em solo lunar. Reprodução/Raymond Cassel/Shutterstock

VEJA TAMBÉM

Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo