A guerra entre Israel e Hamas acontece desde o dia 7 de outubro, e o grupo extremista ainda mantém em cativeiro o refém mais novo do conflito, sequestrado quando o caos estourou: um bebê de 10 meses, Kfir Bibas, que foi levado junto com outras 30 crianças. Ele já passou um quinto de sua vida como refém do Hamas.
Mesmo com a esperança de liderança de reféns recentemente, o bebê ainda não foi incluído nas listas, segundo a família, que relatou ao canal americano ABC News, assim como seu irmão, Ariel, de 4 anos. Uma manifestação em apoio à família de Kfir Bibas foi realizada em Tel Aviv, na última terça-feira (28).
Kfir e Ariel apareceram em um vídeo enrolados em um cobertor em volta da mãe, Shiri, enquanto homens armados gritavam em árabe a cercavam. O pai deles, Yarven Bibas, também foi sequestrado, e apareceu ferido em fotos.
Reconhecimento internacional
O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett levou a foto de Kfir para estúdios de mídia internacionais e a exibiu diante das câmeras. Yoav Gallant, ministro da defesa israelense, também citou Kfir em uma entrevista coletiva, e perguntou quem estaria cuidando dele.
Ofri Birbas Levy, irmã da mãe de Kfir falando com a imprensa na Cidade de Gaza (Foto: reprodução/Miriam Alster/Flash90)
80% dos palestinos soltos por Israel eram menores de idade
Em cinco dias de cessar-fogo, 150 palestinos foram liberados por Israel em troca da liberação de 240 reféns que estavam sob controle do Hamas. Por outro lado, a grande maioria dos palestinos liberados até agora tem de 14 até 18 anos de idade. Esse grupo corresponde a 80% das pessoas libertadas, e dois terços estavam presos sem nenhum tipo de acusação forma, sob a chamada “detenção administrativa”.
Esse é um modelo que autoriza a prisão de qualquer pessoa suspeita de ter cometido ou planejar cometer um crime no futuro. A prisão poderá ser estendida indefinitivamente caso "evidências secretas" sejam apresentadas, o que faz com que muitas pessoas passem anos ou até meses privadas de sua liberdade sem ter uma acusação formal ou sequer saber o motivo de estarem sendo punidas.
Segundo o estado israelense, é um procedimento para conter suspeitos enquanto reúnem evidências, mas organizações de direitos humanos classificam como uma violação ao devido processo legal.
Foto destaque: manifestante ao lado de um poster de Kfir Birbas. (reprodução/Athit Perawongmetha/ Reuters)