O país vive um momento de extrema violência com dois de seus generais lutando por poder. Abdel Fattah al-Burhan chefe do exército e Mohamed Hamdan Dagalo líder do RSF (Forças de Apoio Rápido), estão em conflito desde a tentativa de implantar a RSF nas forças militares do Sudão, a fim, da volta de um governo civil. Antes, os líderes que trabalharam juntos para derrubar o então presidente, Omar al- Basir, em 2019 e foram essenciais no golpe de Estado em 2021, hoje, disputam o domínio e temem pela hierarquia do adversário.
Desde que a guerra se iniciou em 15 de abril, apoiada internacionalmente para eleições democráticas, diversas batalhas foram cravadas, preocupando a ONU. Com possíveis crises humanitárias, a organização intermeia no esforço frustrado de cessar- fogo. Embora, os rivais tivessem concordado em estender a trégua, foram localizados ataques de aéreos e de artilharia.
Imagem: reprodução/ AFP
Enquanto forças internacionais recuam e retiram suas tropas, as duas forças locais mantêm o combate, prejudicando a infraestrutura de eletricidade, água e telecomunicações das cidades. O conflito também ocorre na região de Darfur que sofreu com a guerra civil há 20 anos, e ameaça a situação de instabilidade na região que fica na África entre o Sahel e o Mar Vermelho.
Abdalla Hamdok, ex- primeiro- ministro do país afirma que o conflito no Sudão pode se agravar e ultrapassar os combates na Síria e no Líbano. Já que Cartum, a capital do país, enfrenta centenas de mortes e milhares de feridos. O conflito não parece ter solução, com cidades destruídas e a área industrial saqueada.
A disputa sobre a divisão de forças levou milhares de estrangeiros a deixarem o país, sendo que, 20 mil pessoas foram se refugiar no Sudão do Sul, país que vive crise humanitária. Número que, segundo a agência de refugiados da ONU pode chegar a 270 mil.
Foto destaque: Soldado ao lado da população. Reprodução/ Nações Unidas- Unmiss\Nektarios Markogiannis