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Estudo revela crise de afundamento nas cidades chinesas

Cerca de 67 milhões sofrem com afundamento acelerado de 10mm/ano, devido à extração descontrolada de águas subterrâneas, provocando inundações

19 Abr 2024 - 18h11 | Atualizado em 19 Abr 2024 - 18h11
Estudo revela crise de afundamento nas cidades chinesas Lorena Bueri

Nesta quinta-feira (18), um estudo publicado aponta que a terra está cedendo sob os pés de milhões de habitantes das principais cidades da China, o que aumenta a probabilidade de inundações e elevação do nível do mar nas áreas costeiras do país.

Alerta na China

Segundo uma pesquisa recém-publicada na revista Science, quase metade das regiões urbanas da China, abarcando 29% da população total, está afundando a uma taxa superior a 3 milímetros por ano. Isso significa que aproximadamente 270 milhões de pessoas residem em áreas afetadas por esse fenômeno. Concomitantemente, cerca de 67 milhões de indivíduos vivem em locais onde o afundamento é ainda mais acelerado, ultrapassando os 10 milímetros anuais. Os pesquisadores apontam que a extração descontrolada de águas subterrâneas na China é um dos principais impulsionadores desse problema.

Nas cidades, a retirada de água dos aquíferos subterrâneos supera a capacidade de reposição, especialmente devido às condições de seca intensificadas pelas mudanças climáticas. Esse bombeamento excessivo leva à diminuição do lençol freático e contribui para o afundamento da terra. Além disso, o crescimento urbano exerce uma pressão adicional sobre o solo. O solo naturalmente se compacta ao longo do tempo devido ao acúmulo de sedimentos e ao peso dos edifícios, resultando em um afundamento contínuo da terra.

Afundamento do solo além da China

O declínio do solo não é apenas uma preocupação na China. Nos EUA, diversas cidades costeiras, incluindo Nova York, enfrentam problemas semelhantes. Na Holanda, um quarto de suas terras já afundaram abaixo do nível do mar. Na Cidade do México, possivelmente a mais afetada globalmente, o solo está cedendo a uma velocidade impressionante, chegando a até 50 centímetros por ano. O afundamento combinado com o aumento do nível do mar ao longo das costas amplifica o risco de inundações devastadoras para a terra, as pessoas e as propriedades.


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O tufão Doksuri desencadeou uma precipitação extrema que inundou Pequim, marcando a pior tempestade em 140 anos na capital chinesa (Foto: reprodução/Kevin Frayer/Getty Images Embed)


Cerca de um quarto das costas da China está previsto para ficar abaixo do nível do mar devido à subsidência e ao aumento do nível do mar, representando um perigo significativo para a vida e a propriedade. Tianjin, Xangai e áreas próximas a Guangzhou são particularmente vulneráveis a esses problemas, conforme o estudo. Algumas áreas costeiras na China já implementaram medidas de proteção contra o crescente risco de inundação, embora o estudo não leve essas medidas em consideração.

Diques contra o afundamento

Em Xangai, foram construídos sistemas de diques impressionantes, com vários metros de altura, para mitigar os riscos. Shengli Tao, coautor do estudo e professor da Universidade de Pequim, afirmou que esses sistemas de diques costeiros reduzirão consideravelmente o risco de inundação, mesmo diante do afundamento da terra e do aumento do nível do mar. Ele também destacou não haver conhecimento de outros países que tenham construído sistemas de diques tão massivos quanto os da China. Por último, Tao afirmou que o governo chinês está combatendo o problema do afundamento da terra com leis rígidas sobre a extração de águas subterrâneas. 

Em Xangai e arredores, as restrições nas retiradas de água subterrânea ajudaram a reduzir a subsidência. Além disso, um projeto de bombeamento de água do rio Yangtze para o norte da China interrompeu a subsidência em Pequim. Tao acredita que esses esforços abordarão o problema, mas recomenda continuar monitorando as retiradas de água subterrânea e manter sistemas de diques nas áreas costeiras.

Foto destaque: rua inundada após fortes chuvas no distrito de Mentougou, em Pequim (Reprodução/Getty Images Embed)

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