Nesta sexta-feira (10), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, obteve "dispensa incondicional" e não será preso ou multado pelo caso de fraude envolvendo a ex-atriz pornô Stormy Daniels.
Em novo julgamento ocorrido hoje, em Nova York, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu por manter a condenação de Trump sob a acusação de fraude contábil envolvendo os pagamentos não declarados à atriz pornô, no valor de U$ 130.000. Entretanto, por obter dispensa, Trump não precisará cumprir qualquer pena e também está isento de pagamento de multa.
Faltando dez dias para assumir seu segundo mandato à frente da Casa Branca, o juiz responsável, Juan Merchan, levou em consideração a vitória do republicano nas eleições presidenciais e decidiu por dispensá-lo das penalidades, já que o cumprimento das mesmas atrapalharia o seu mandato. Vale lembrar que, mesmo com a sentença proferida, a condenação sofrida por Donald Trump seguirá em seu registro criminal, o que o tornará o primeiro presidente da história com ficha criminal a assumir a administração da economia mais importante do mundo.
Pronunciamento de Donald Trump
Em comunicado em sua conta na rede social Truth, Donald Trump novamente alegou inocência e afirmou que todo o processo foi injusto. Disse ainda que tudo não passou de perseguição política por parte daqueles que querem atrapalhá-lo em seu projeto de tornar a América grande mais uma vez.
Em outro trecho da postagem, Trump definiu o processo como um patético jogo de "caça às bruxas" por parte dos democratas e observou que a sentença prova que tudo sempre foi uma enorme farsa, deixando claro que pedirá a anulação da condenação.
Pronunciamento de Donald Trump à respeito de sua sentença na rede social Truth (Foto: reprodução/Truth/@realDonaldTrump)
Entenda o caso
Em maio de 2024, Donald Trump foi condenado nas 34 acusações relacionadas ao caso de fraude, por não omitir os pagamentos efetuados à ex-atriz pornô Stormy Daniels, efetuados na tentativa de silenciá-la sobre o caso extraconjugal ocorrido entre os dois em 2006.
Segundo a justiça estadunidense, os pagamentos foram realizados pouco antes das eleições presidenciais de 2016. Na ocasião, os responsáveis pela campanha política do então candidato republicano temiam que as revelações influenciassem negativamente o eleitorado de Trump, principalmente pelo fato do caso extraconjugal ter ocorrido logo após o nascimento de seu filho caçula com Melania Trump.
Ainda em 2024, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que ex-presidenciáveis não poderiam ser processados por atos cometidos durante seus mandatos, o que gerou esperanças de anulação de toda a condenação de Donald Trump. Em dezembro do mesmo ano, com base na decisão da Corte, os advogados do político entraram com um recurso pedindo a anulação de todo o processo. Entretanto, como o caso ocorreu antes do político assumir a Casa Branca, o juiz responsável, Juan Merchan, negou o pedido e afirmou que a imunidade conferida pela Corte não se aplicaria ao caso.
Foto Destaque: Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos (Reprodução/Scott Olsong/Getty Images)