O governo chinês anunciou nesta sexta-feira que enviará uma representante especial à Ucrânia, Rússia e outros países europeus em busca de uma "solução política" para a guerra que já dura mais de um ano.
"A partir de 15 de maio, o embaixador Li Hui, representante especial do governo chinês para a região Ásia-Europa, viajará para a Ucrânia, Polônia, França, Alemanha e Rússia para discutir com as partes uma solução política para a crise ucraniana", declarou Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China em comunicado oficial.
Li Hui se tornará o diplomata chinês de maior escalão a visitar a Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022, demonstrando a posição neutra da China em relação ao conflito, apesar de ter a Rússia como uma de suas principais parceiras comerciais.
A viagem de Li demonstra "o compromisso da China com a promoção da paz", destacou Wang. "A China está firmemente ao lado da paz", insistiu o porta-voz, acrescentando que Pequim deseja "evitar uma escalada da situação".
Essa iniciativa vem após a conversa entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensk, há quase um mês. Na ocasião, Pequim anunciou que Li, ex-embaixador da China na Rússia de 2009 a 2019, lideraria a visita de uma delegação à Ucrânia e outros países europeus em busca de uma solução pacífica para a guerra.
Recentemente, o presidente ucraniano foi impedido de fazer um discurso durante a final do Eurovision que ocorre hoje na Inglaterra. A European Broadcasting Union (EBU), que organiza anualmente o festival de música, explicou que o pedido de Zelensk foi negado devido às regras do evento.
O Festival Eurovisão da Canção ocorre hoje, com a Ucrânia sendo a atual campeã (Reprodução/Instagram).
"O pedido do Sr. Zelensky para se dirigir ao público do Festival Eurovisão da Canção, embora tenha intenções louváveis, infelizmente não pode ser aprovado porque seria contrário às regras do evento", explicou um representante da European Broadcasting Union (EBU).
Foto Destaque: Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, teve conversa recente com o presidente chines. Reprodução/Instagram