Nesta terça-feira (11), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou encerrar o cessar-fogo na Faixa de Gaza caso o grupo Hamas não libere os reféns ainda mantidos no território. A determinação é prevista até o meio-dia deste sábado (15). Caso não seja cumprido, as Forças de Defesa de Israel (IDF) voltaram ao conflito intensivo.
A decisão
Em meios às tensões do acordo de cessar-fogo, a decisão de Netanyahu surgiu após Hamas acusar Israel de violação da determinação. O governo israelense considerou que a não libertação dos demais reféns também configura descumprimento.
A ordem do primeiro-ministro durante a declaração é posicionar as tropas de defesa de Israel no entorno de Gaza. Segundo ele, a operação de retomada aos combates ocorrerá “se o Hamas não devolver os reféns até o meio-dia de sábado”.
Netanyahu compartilha quebra do acordo de cessar-fogo em seu perfil (Vídeo: reprodução Instagram/@b.netanyahu)
Influência de Trump
Durante assinatura de ordens executivas na Casa Branca, em Washington, o presidente Donald Trump (Republicanos) sugeriu ao premiê ignorar o acordo de cessar-fogo se o prazo for excedido. Sua recomendação é deixar o “inferno se instaurar”. A tensão entre palestinos e israelenses só se intensificou após as alegações.
Andamento do acordo
Apesar do Hamas se dizer comprometido com o cumprimento do trato, mesmo após declarações de Netanyahu, nesta segunda-feira (10) anunciou que haverá atrasos. Sua justificativa aponta consequência para Israel, visto que os termos da negociação, em vigor há três semanas, não foram cumpridos como deveriam.
O grupo acusou dificuldades na viabilização de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, demora no deslocamento dos reféns e bombardeios. Além disso, a “ajuda” de Trump não é bem-vinda. Segundo eles, “complica ainda mais as coisas”.
Até o momento, 16 dos 33 cativos foram libertos pelo Hamas. A liberação está na primeira fase de três, sendo a soltura gradual dos presos políticos. No entanto, com as complicações atuais, as demais etapas de negociações foram adiadas.
Foto destaque: palestinos retornado à Gaza (Reprodução Getty Images Embed/Eyad Baba)