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Retorno de famílias palestinas ao norte de Gaza após cessar-fogo

Em 19 de janeiro Israel e Hamas firmaram um acordo para encerrar a guerra após meses de negociações mediadas por EUA; Catar e Egito

28 Jan 2025 - 18h00 | Atualizado em 28 Jan 2025 - 18h00
Retorno de famílias palestinas ao norte de Gaza após cessar-fogo Lorena Bueri

Famílias palestinas que foram deslocadas devido ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas começaram a voltar para o norte da faixa de Gaza após a reabertura dos acessos por parte de Israel na manhã de segunda-feira (27). 

A reabertura das vias foi anunciada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em uma postagem no X no domingo (26) e aconteceu em um momento em que o Hamas concordou em libertar a refém israelense Arbel Yehud, juntamente com outras duas cativas até sexta-feira (31).

Travessia e abertura dos bloqueios

Imagens da agência de notícias Reuters mostram palestinos se deslocando a pé ou sendo transportados em carros, caminhões e carroças, carregando colchões, alimentos e tendas que serviram como abrigo por mais de um ano. Essa migração formou um "corredor humano" de dezenas de milhares de palestinos ao longo da orla de Wadi Gaza, próximo de uma praia. 


Milhares de palestinos formam 'corredor humano' ao voltarem para norte de Gaza (Vídeo: Reprodução/Folha de São Paulo/YouTube)


Apesar do cenário devastador devido ao conflito, o retorno à região foi celebrado pelas famílias, que se abraçavam e tiravam selfies. Segundo relatos de testemunhas da Reuters, as primeiras pessoas chegaram à Cidade de Gaza, no norte, nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (27), após dois dias aguardando a abertura dos bloqueios na estrada. 

Os primeiros pontos de travessia foram abertos por volta das 7h (horário local). A liberação das vias foi resultado de progressos nas negociações entre Israel e Hamas em relação ao cessar-fogo, com um acordo que inclui a libertação de mais seis reféns israelenses até sábado (1º). 

Antes desse entendimento, ambas as partes se acusavam de violar a trégua, e Netanyahu havia se recusado a abrir os pontos de travessia.

Negociações e cessar-fogo

Segundo informações confirmadas pelo serviço prisional israelense, no último sábado (25), Israel liberou 200 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo com o Hamas. 

Sendo que 120 indivíduos cumprem penas de prisão perpétua devido ataques fatais a israelenses. A maioria dos libertados foi encaminhada para hospitais no Egito antes de se deslocar para outros países, possivelmente Turquia, Catar ou Argélia, em razão da proibição de retorno à Faixa de Gaza ou à Cisjordânia, conforme relatado pela Qahera TV, a emissora estatal do Egito.

O Egito (principal mediador) desempenhou um papel fundamental nas negociações que se estenderam por mais de um ano em busca de um cessar-fogo, que resultou em diversas trocas de reféns e prisioneiros. 

Etapas do acordo

No dia 19 de janeiro - Israel e Hamas firmaram um acordo que pode encerrar a guerra, após mais de seis meses de negociações mediadas pelos Estados Unidos, Catar e Egito.

Após uma semana de acordo - foi possível que reféns capturados pelo Hamas retornassem para Israel. 

Israel libera as estradas ao norte de Gaza - permitiu que as famílias deslocadas pelo conflito retornassem as suas localidades de origem, com a condição de não portar armas. Com isso, as tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, a principal via de Gaza, e a travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, será gradualmente reaberta, permitindo que pessoas doentes possam ser atendidas fora do enclave.

Ajuda humanitária - a entrada de ajuda humanitária em Gaza será ampliada, com expectativa de que 600 caminhões possam entrar diariamente, triplicando o máximo registrado durante o conflito.

Nas próximas semanas - haverá liberações periódicas de reféns por ambas as partes, totalizando 33 israelenses (vivos ou mortos) e cerca de 2 mil palestinos, sendo 1.167 detidos em Gaza desde o início da guerra e 737 que já estavam presos antes de 8 de outubro de 2023.

Segunda fase do acordo - está prevista a liberação adicional de reféns e a retirada das tropas israelenses de Gaza.

Terceira e última fase - envolve negociações para a reconstrução de Gaza, um processo que pode se prolongar por anos. No entanto, existe uma discussão sobre quem deve governar a região, pois Israel não aceita que o Hamas, que atualmente controla o enclave, permaneça no poder. Além disso, há a questão da devolução dos corpos de todos os reféns.

Números Alarmantes

As intermediações pelo Catar e mediadores egípcios, permitirá que cerca de 650 mil palestinos da faixa central e sul da Faixa de Gaza voltem a suas residências no norte do enclave, embora a maioria esteja em escombros devido a 15 meses de ofensivas aéreas e terrestres israelenses. 

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relata que mais de 47 mil palestinos, sendo a maioria mulheres e crianças, morreram durante a guerra.


Foto Destaque: Palestinos retornam ao norte de Gaza como parte do acordo de cessar-fogo (Reprodução/Mahmoud Isleem/Anadolu/Getty Images Embed)

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