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Brasil mostra preocupação com civis afetados pela guerra na ONU

João Genésio de Almeida Filho representou o Brasil na sessão emergencial da Assembléia Geral da ONU e mostrou preocupação com civis e mais vulneráveis da guerra.

23 Mar 2022 - 19h14 | Atualizado em 23 Mar 2022 - 19h14
Brasil mostra preocupação com civis afetados pela guerra na ONU Lorena Bueri

O embaixador brasileiro João Genésio de Almeida Filho disse que a grande preocupação do Brasil no que diz respeito às guerras é o efeito do conflito "nos mais vulneráveis". A fala foi feita durante seu discurso na retomada da sessão emergencial da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (22).  

Ele pediu para que os outros países ajudem as pessoas, não só aquelas que estão neste momento em território ucraniano, mas também os refugiados.

“O Brasil está profundamente preocupado com o impacto do conflito nos mais vulneráveis, inclusive com os relatos de dificuldades para retirar pessoas com deficiências”, o embaixador relembrou a todos.


A guerra já dura quase um mês. (Foto: Reprodução/ Reuters/Carlos Barria/CNN)

Ele disse ainda que é necessário um atendimento e uma atenção aos civis que estão sendo prejudicados com o conflito. “Independentemente das causas de um conflito, uma vez que ele irrompe, os civis devem ser poupados, os feridos devem receber cuidados médicos, a assistência humanitária deve chegar aos necessitados e os detidos devem ser tratados com humanidade em todas as circunstâncias. As regras da guerra não são opcionais”, o embaixador  acrescentou.

Ainda durante seu discurso, ele fez questão de pontuar a necessidade do fim da guerra, pelo "impacto devastador" que ela pode causar, principalmente no que diz respeito à alimentação em países em desenvolvimento, já que os dois países são responsáveis pela exportação de vários produtos que fazem parte do dia a dia de muitas pessoas, como o trigo.

Dessa maneira, o país também se declarou preocupado com a “imposição indiscriminada de sanções”, onde os impactos negativos correm o risco de afetar economias de todo o planeta, que ainda estão se recuperando da pandemia. Sendo que os “mais vulneráveis” sofrerão com medidas que são “em sua maioria, ineficazes” para eles.

Genésio afirmou dizendo que: “Os civis que desejam fugir das hostilidades devem poder fazê-lo em segurança, e aqueles que decidem ficar não podem tornar-se alvos de ataques. Da mesma forma, as partes devem conceder passagem segura a remessas de socorro aos necessitados”.

Foto destaque: João Genésio de Almeida Filho durante pronunciamento. Reprodução/CNN

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