Após o aviso de evacuação feito por Israel, os palestinos se deslocam para o sul do país. O alerta foi emitido depois de Israel impor um cerco a Gaza, em resposta aos ataques terroristas do Hamas contra o seu território e população. Ao menos 1.300 pessoas foram mortas em Israel pelo Hamas, enquanto cerca de 2.215 civis perderam suas vidas em Gaza, de acordo com o Ministério de Saúde palestiniano.
Falta de suprimentos
Apesar da evacuação para evitar estarem em áreas bombardeadas, os palestinos seguem sobrevivendo em situações precárias. Falta de luz, acesso à internet, comida e água estão se tornando problemas cada vez mais comuns, enfrentados por todos na Faixa de Gaza.
Palestino lava as mãos em poça de água em meio aos escombros deixados pelos ataques israelenses. (Foto: reprodução/CNN).
Em entrevista para a CNN, Mohamed Hamed, morador de 36 anos da Cidade de Gaza que fugiu para um campo de refugiados no sul, em Nuseirat, contou como é a situação que ele e a família enfrentam:
“Não há eletricidade, não há água. As padarias estão funcionando, mas estão em suas últimas horas, pois o combustível de que necessitam está acabando. A comida que temos pode durar um ou dois dias.”
Ainda segundo Hamed, Nuseirat é pequena demais para as multidões de refugiados que está recebendo. A água potável, disponível somente em garrafas, está se esgotando, assim como outros suprimentos.
Temor dos palestinos
De acordo com Hamed, um dos medos dos palestinos é de serem empurrados para o Egito. O povo de Gaza já havia sofrido exílio de suas terras anteriormente, quando Israel absorveu seus territórios durante a guerra árabe-israelense em 1948.
Com esses temores, muitos palestinos se recusam a deixar o norte de Gaza, que segue sob bombardeio intenso, com ruas totalmente destruídas.
Foto Destaque: edifícios em Gaza destruídos por ataques aéreos israelenses. Reprodução/CNN.