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Após compra pela Nestlé, veja como fica a situação da fábrica de chocolates Garoto

O processo de compra da Garoto pela Nestlé foi finalizado na última semana. O acordo de aquisição conta com compromissos para preservar a concorrência no mercado brasileiro

12 Jun 2023 - 16h08 | Atualizado em 12 Jun 2023 - 16h08
Após compra pela Nestlé, veja como fica a situação da fábrica de chocolates Garoto Lorena Bueri

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na última quarta-feira (7) a conclusão da aquisição da Chocolates Garoto pela Nestlé, depois de 21 anos de impasse. O acordo está condicionado a uma série de medidas que visam preservar a concorrência no mercado brasileiro de chocolates.

Entre as cláusulas previstas no acordo, a Nestlé não pode adquirir ativos que representem, acumuladamente, uma participação superior ou igual a 5% do mercado durante o período de cinco anos. A condição não abrange aquisições internacionais.

Outra medida ainda obriga a Nestlé a comunicar ao Cade qualquer aquisição de ativos que caracterize ato de concentração no mercado nacional de chocolates, abaixo do patamar de 5%. O compromisso vigora por um prazo de sete anos.

O acordo elaborado pelo Cade também determina que a Nestlé está proibida de vender a fábrica da Garoto, localizada em Vila Velha. O processo estabelece que a fábrica capixaba seja mantida em funcionamento com investimentos durante um período mínimo de sete anos. 


Pessoa comendo uma barra de chocolate (Foto: Reprodução/Pexels.com)


Nos últimos anos, a unidade foi modernizada e, em maio de 2023, a empresa anunciou uma aplicação de R$ 430 milhões para aumentar a capacidade produtiva da fábrica.

Com a compra pela Nestlé da fabricante Garoto, a empresa irá manter os doces atuais, como o Serenata, no portfólio de venda da marca e também planeja começar a fabricação de novos produtos. Dentre as novidades esperadas, está uma linha de barras de chocolate.

Processo de aquisição

A aquisição da Chocolates Garoto pela Nestlé foi anunciada em fevereiro de 2002, no valor de R$ 1 bilhão. A compra, porém, foi vetada pelo Cade apenas dois anos depois, sob a justificativa de que a junção das empresas totalizaria aproximadamente 60% do mercado brasileiro de chocolates. 

Tentando contornar o veto, a Nestlé recorreu à Justiça. Em 2009, uma decisão judicial determinou que o Cade reabrisse o ato de concentração e realizasse um novo julgamento. A compra foi finalizada apenas em junho deste ano.

Foto Destaque: chocolate Serenata de Amor. Reprodução/Instagram/@garotochocolates

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