O governo do México informou, nesta sexta-feira (24/05), que devido às temperaturas elevadas que assolam o país desde o mês de março, 48 pessoas vieram a óbito. Em resposta à informação, cientistas alertaram que a onda de calor intensa pode fazer com que os recordes de temperatura subam excessivamente em solo mexicano nos próximos dias.
A previsão é de que a temporada de calor, que começou em 17 de março deste ano, permanecerá até o mês de outubro. De acordo a Secretaria de Saúde, 48 pessoas já foram mortas vítimas do fenômeno e 956 pessoas sofreram reações e efeitos diversos.
Vítimas
“Esta situação de calor é excepcional” declarou o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante a conferência de imprensa em que apresentou as informações e complementou que este é um fenômeno natural lamentável, porque tem a ver com as alterações climáticas, reforçando que as altas temperaturas e o pouco índice de vento está tornando ainda maior o problema de poluição do país.
O estado que apresenta o maior número de mortes é Veracruz, no leste, com 14 vítimas, logo em seguida, San Luís Potosí, que fica no norte do país; Tabasco (sul); e Tamaulípas (nordeste), com 8 pessoas cada. Os dados mostram como a onda de calor envolveu todo o país.
Macacos morreram por conta do calor
No sul do país, em Tabasco e Chiapas, as temperaturas foram superiores a 45°C e ocasionou a morte de dezenas de bugios, macacos em extinção. Em vídeos feitos pelos moradores da região, alguns macacos já estavam caídos mortos no chão, enquanto outros estavam claramente abatidos e fracos. O biólogo Gilberto Pozo, alegou que a sensação térmica chegou a 51°C e que a fauna mexicana está sofrendo pela falta de água.
Biólogos e veterinários socorrem macacos em situação precária devido ao calor, enquanto registram a morte de outros (Vídeo: reprodução/Youtube/Folha de São Paulo)
O país também recebeu alerta de que nas próximas duas semanas há uma grande probabilidade do indicie de temperatura atingir recordes jamais vistos na história. O aviso foi dado pelos Cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México.
Foto destaque: imagem ilustrativa de termômetro e cidade mexicana no plano de fundo (Reprodução/Meteored/José Martins Cortes)