Na última segunda-feira (17) uma aeronave Airbus A320 da companhia aérea colombiana Viva Air precisou realizar um pouso de emergência em Montería, capital do departamento de Córdoba, na Colômbia. O avião estava com combustível no tanque necessário para somente mais seis minutos de voo.
O voo 8332 da Viva Air decolou de Calí, Colômbia às 10h45, hora local, e tinha como destino a cidade colombiana de Riohacha. O caso do voo 8332 veio à tona depois que um passageiro fotografou o painel do avião, a foto mostrava que o campo FOB (sigla inglesa para “combustível a bordo”) apontava que restava apenas 200 kg de combustível no tanque, o suficiente para mais seis minutos de voo, considerando que um Airbus A320Neo consome 2.000 kg de combustível por hora.
Imagem do painel fotografado por passageiro e trajeto do voo 8332. Foto Reprodução: Notícias de Santa Luz
Por conta do mau tempo, a aeronave ficou voando em círculos próximo ao aeroporto aguardando o tempo melhorar, como a melhora não ocorreu, ela seguiu para o município de Rionegro, próximo à Medellín, capital da província de Antioquia, o mesmo aeroporto onde o avião que levava o time da Chapecoense pretendia pousar em 2016, a aeronave que levava a delegação caiu por falta de combustível - o acidente que deixou 71 mortos comoveu o mundo todo.
Quando o avião ficou com menos combustível do que é necessário para meia hora de voo, o piloto declarou emergência e seguiu para Montería, aterrissando 3 horas e 20 minutos após a decolagem em Calí.
Através de nota, a Viva Air atribuiu o ocorrido às condições meteorológicas e afirmou que cumpre o regulamento de aviação da Colômbia, confirmou que originalmente a aeronave do voo 8332 possuía combustível suficiente para todo o trajeto do voo. A companhia ainda disse que tem uma frota de aeronaves modernas e uma “trajetória impecável de segurança” e que irá colaborar com a apuração.
Comunicado em espanhol da companhia Viva Air. Reprodução: Twitter
De acordo com as regras, um Airbus A320Neo com capacidade para 188 tripulantes tem que ter combustível necessário para voar pelo menos mais 30 minutos antes de pousar, o que é chamado de “reserva final”. Essa exigência que está regulamentada na aviação civil colombiana, é similar à que é adotada no Brasil.
Segundo o jornal El Tiempo, a Aerocivil, autoridade de aviação da Colômbia, irá investigar o caso.
Foto Destaque: Avião da companhia aérea Viva Air. Reprodução: Gazeta do Povo.